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Adaptação das crianças em outro país

Última atualização do post:

Adaptação das crianças em outro país

Uma das minhas maiores preocupações quando decidimos morar fora do país e nos mudarmos para os Estados Unidos foi a adaptação do meus filhos. Principalmente com o meu mais velho, Luca, na época com 8 anos. No entanto, o menor, Noah, com apenas 2 anos, eu sabia que não iria estranhar.

Arquivo pessoal.

Essa adaptação me tirava o sono. E se ele não gostar, e se sentir muita falta dos amigos, e se ficasse triste?

Deixando os amigos no Brasil

No Brasil, Luca já tinha seus amigos da escola. Amigos que passavam a tarde na minha casa e Luca passava a tarde na casa deles brincando. Iam ao cinema e ao clube juntos.

Perguntava para ele se ele queria morar fora do Brasil, ele sempre empolgado dizia que sim. Perguntava quantos dias faltava para irmos embora. De todas as vezes que falamos a respeito, o único dia que ele ficou triste, mas triste mesmo, foi quando vendemos o PS4. De resto, todos os dias, ele se comportou normalmente.

No fundo, eu sabia que ia ficar tudo bem, mas coração de mãe gosta de sofrer. Marcamos a data da mudança perto do início do ano letivo (aqui é em agosto), exatamente para ele começar as aulas junto com todo mundo, quando as turminhas ainda não tinham sido formadas. Chegamos dia 08 de agosto e as aulas começaram dia 26. 

Primeiro dia de aula

Tensão!!!! No primeiro dia de aula, estava muito nervosa. Outro país, como serão as aulas? Outro idioma, será que vão entender ele? Outros costumes, será que vão fazer bullying? Claro que não comentei nada com ele, nem com meu marido falei. 

Luca (esq) e seu amigo Jack. Arquivo pessoal.

Por outro lado, nesse mesmo dia, o Luca estava o oposto.  Absolutamente normal. Um pouco triste, mas me confessou depois que era porque queria mais férias.

No final da aula eu já não me aguentava de nervoso. Queria saber como tinha sido. Metralhei um monte de perguntas na direção dele. Como resposta, o de sempre: – “Foi bom!” “Foi legal”. Nada de anormal, é assim desde pequeno. Ele é igual ao pai, homem de poucas palavras. 

Para mim, confesso, foi um pouco frustrante. Afinal, queria saber tudo. Como foi o dia, se tinha algum brasileiro, se a professora era legal, como era a escola…enfim, tudo! Mas, conhecendo a prole como eu conheço, iria ter que pegar as informações aos poucos. Paciência!

Antes de se desesperar, converse com a professora

Marquei uma reunião com a professora para saber como estavam indo as coisas um mês após o início das aulas. Ela me contou que os colegas, no início, acharam que ele não falava e ficavam perguntando prá ela quando ele ia falar. Até que um dia um deles veio todo contente até ela dizendo que ele falava. Depois disso, disse ela, ele não parou mais de falar (parece que é só em casa mesmo a economia de palavras)  e que todos gostavam dele e o achavam muito engraçado.

Ufa!!! Que alívio senti. Não demorou muito e ele já apareceu com um melhor amigo, o Jackson (Jack para os íntimos). Todo dia iam brincar no parque ao lado da escola depois da aula. 

Uma vez Jack surpreendeu a sua mãe e a mim falando português. O Luca tinha ensinado, me contou. Elogiei, me despedi e quando me afastei um pouco vi sua mãe perguntar o que nós tínhamos falado.

Tudo que nossos filhos precisam é tempo e amigos

Que coisa linda! Ele estava aprendendo a língua do melhor amigo. Nem preciso dizer que naquele momento, todas as minhas preocupações com a adaptação dele acabaram.

Enquanto isso, meu mais novo, hoje com quase 4 anos, regrediu na fala quando chegamos, e quando voltou, voltou falando inglês e o português dele está com sotaque. O mais interessante é que ele nem vai na escolinha, aprendeu sozinho, de ouvido, na TV.

Como pode??? Resumindo, as crianças sempre nos surpreendem. Cada um no seu jeitinho e o mais importante, cada um no seu tempo. Mas todos se adaptam mais rápido e melhor do que a gente.

Para mais textos sobre os EUA, clique aqui.

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Fernanda

Casada, mãe do Luca e do Noah, empresária, moro em Miami e amo viajar. Trabalho em home office e minha agência ajuda pessoas a transformarem suas paixões em infoprodutos.

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