Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Sobre largar (quase) tudo e ir morar na Nova Zelândia

Última atualização do post:

Nova Zelândia
Sky Tower e Ferry Boat

Você sonha em morar fora do país? Eu nunca tive esse sonho e jamais achei que fosse possível ser feliz morando longe da minha família. Em suma, nunca imaginei criar meus filhos longe dos avós, bisavós e demais familiares, até o dia em que meu marido recebeu uma proposta de trabalho do outro lado do mundo. Fomos para a Nova Zelândia.

Mudar ou não para Nova Zelândia?

Era dezembro de 2018 quando meu marido recebeu a carta-proposta da empresa. Tínhamos cinco dias para decidirmos se ele aceitaria ou não, e também o futuro da nossa família. Certamente, acredito que tenha sido a decisão mais difícil que tomamos: escolher entre um futuro melhor e mais seguro para nossos filhos e a convivência diária com a família e amigos. 

Foram cinco dias de muita pesquisa (qualidade de vida, preços, aluguéis, escolas e segurança) e conversas, até que decidimos arriscar e aceitar a proposta de emprego e de uma vida nova. Quantas vezes eu escutei: “Morar fora do país com três filhos? Vocês são loucos!”, “Admiro a coragem de vocês!”, e assim por diante.

Fomos muito corajosos em arriscar a nossa estabilidade para ir em busca de algo melhor, porém, desconhecido. Hoje, depois de quase dois anos de Nova Zelândia, agradeço pela nossa coragem e ousadia, por não termos nos amedrontado diante do incerto. Valeu à pena!

Se adaptando à nova realidade

Em agosto deste ano completamos dois anos morando em Auckland, onde abrimos nosso coração para o novo e acordamos com saudade de quem deixamos no Brasil. Fácil? Que nada! Só quem é expatriado sabe a mistura de sentimentos que é gostar do local onde mora, mas sempre sentir que falta algo, ou melhor, alguém.

Nunca estamos totalmente completos. As festas de aniversários, os almoços de domingos, as festividades, jamais serão os mesmos. O que fazer então? Temos de nos reinventar, criar nossas histórias, nossos costumes, nossas lembranças, enfim, aprendermos a vivermos incompletos. 

Meu maior medo era a nossa adaptação em um país com costumes e idioma tão diferentes do nosso, além de temer não conseguirmos dar conta de criarmos os meninos longe da nossa rede de apoio. Posso dizer, até o momento, que estamos de parabéns.

Descobrimos que, com amor, rotina e companheirismo, conseguimos dar conta de uma casa, filhos de idades e fases diferentes e das adversidades do dia a dia. E o mais importante, percebemos que tínhamos um novo núcleo familiar: NÓS

A vida nova

Arquivo pessoal – Parque Kauri Point Domain

Acredito que esse tenha sido o motivo de termos nos adaptado tão rápido a Nova Zelândia. No primeiro mês já nos sentíamos em casa aqui. A liberdade de poder andar na rua sem medo a qualquer hora do dia aliado às paisagens e parques públicos, foram o que mais nos cativaram.

Viemos em busca de uma melhor educação e encontramos novos hábitos, como por exemplo: fazer piqueniques. Antigamente, para nós, passear significava ir ao shopping ou lugares fechados com brinquedos. Hoje, não me imagino indo em qualquer lugar fechado em um dia de sol. Adotei o tênis como fiel escudeiro e os finais de semana são em parques com amigos. 

Descobrimos que trabalhar mais de oito horas por dia não nos satisfazia mais e que nosso objetivo não era ficarmos ricos ou comprarmos a melhor casa e o melhor carro, mas sim aproveitarmos o máximo de tempo com os nossos filhos. Que a felicidade, para nós, estava em buscá-los mais cedo na escola e curtirmos uma pracinha, tomando um chimarrão (gaúcha, que fala né?). E que luxo era passear e colecionar lembranças.


A vida aqui é mais simples, o famoso “menos é mais”. Nossos valores e ambições mudaram. Com certeza, não somos mais os mesmos que saíram do Brasil há dois anos. No entanto, uma coisa jamais mudará: a saudade que sentimos da família e amigos que deixamos para trás. O jeito é seguirmos assim: felizes, porém, incompletos.

Gostou deste artigo?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe por E-mail
Compartilhe no Pinterest
Compartilhe no Linkedin
Paula Oliboni

Paula Oliboni

Me chamo Paula, tenho 33 anos, sou casada e tenho 3 filhos. Atualmente resido em Auckland, Nova Zelândia. Viemos para cá em razão de uma oferta de trabalho que meu marido recebeu e, desde então, tenho me dedicado à adaptação da nossa família. Sou advogada e atualmente trabalho em uma Agência de Aplicação de Vistos e Intercâmbio, voltada ao público Latino Americano. Estou muito feliz em poder compartilhar minhas experiências de expatriada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

15 + dezoito =

LEIA TAMBÉM

plugins premium WordPress

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Clique aqui para saber mais.