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Nova Zelândia: exemplo no combate ao Covid-19

Última atualização do post:

Covid Nova Zelandia
Arquivo Pessoal

O ano de 2020 não está sendo fácil para ninguém. Estamos vivendo um ano de incertezas, medos e distanciamentos. Mesmo aqui na NZ, país considerado exemplo no combate ao Coronavírus, estamos passando por adaptações.

1- Primeiras medidas adotadas

Arquivo Pessoal – Nossa primeira semana em casa

A Nova Zelândia foi um dos primeiros países a fechar as fronteiras para voos vindos da China, decisão essa considerada de extrema importância para o controle da doença no país. Outra medida adotada foi exigir que pessoas vindas de viagens internacionais ficassem em isolamento social por quinze dias.

Além disso o estudante que tivesse viajado nos dois últimos meses, durante as férias de verão, somente poderia retornar à escola quinze dias após o início do ano letivo, procurando desta forma evitar a transmissão do vírus .

O primeiro caso de Covid-19 na Nova Zelândia foi em final de fevereiro e, com o aumento de casos por transmissão comunitária, as fronteiras foram fechadas em março. Em seguida, entramos no nível 4 do Programa de Combate ao Coronavírus elaborado pelo Governo da Nova Zelândia.

2 – “Lockdown” e Isolamento Social

O nível 4 consistia no fechamento total do país, exceto os serviços essenciais, e no isolamento social. Ficamos em “lockdown” por quatro semanas e meia, saindo somente para ir ao mercado ou farmácia.

Neste nível, foi solicitado que ficássemos apenas na área em que morávamos (sem trânsito entre bairros) e saídas para praticar exercícios, como caminhadas e corridas, somente de forma individual ou com pessoas da nossa convivência (a chamada bolha).

O plano do Governo providenciou, aos comerciantes afetados com o fechamento do seu estabelecimento, o pagamento de um auxílio monetário. Esta foi uma medida adotada para evitar o desemprego e o fechamento do comércio.

Muitos trabalhadores, assim como eu, receberam seus salários mesmo estando em casa. Algumas empresas, as que não se enquadrassem nos requisitos para receberem o auxílio, foram autorizadas a reduzirem em até 20% os salários de seus empregados, desde que não houvesse demissões.

Crianças em idade escolar passaram a ter aulas online, mantendo o horário habitual (9 am às 3 pm , com intervalo para almoço), através do aplicativo Zoom. Para aquelas que não possuíssem computador a escola os forneceu, assim como o modem de internet.

Os alunos do nível infantil tiveram suas aulas temporariamente interrompidas, mas, no nosso caso, as professoras postavam diariamente sugestões de atividades através do aplicativo da escola. Isso tudo sem custo algum, já que não tínhamos como pagar as mensalidades, uma vez que estávamos administrando nossas despesas apenas com o auxilio dado pelo Governo.

2 – Mudança de nível

Com a diminuição dos casos, fomos para o nível 3. Ainda tínhamos que manter a nossa bolha e sem aglomerações, porém alguns serviços voltaram a funcionar (como os deliverys, ouvi um Amém? kkk). Alguns estabelecimentos puderam reabrir, desde que trabalhando sem contato com o cliente (somente entregas ou retiradas).

Arquivo Pessoal – Era recomendando fazer os pedidos e pagamentos de forma online e ir ao estebelcimento somente para retirar.

As escolas reabriram para filhos de trabalhadores essenciais, ocasião em que somente estes tinham a obrigação de pagar mensalidades. O ramo da construção também retornou às atividades, mantendo os cuidados necessários e o distanciamento de 1 metro.

3 – A atuação do governo da Nova Zelândia

A partir disso, os números só caíram, passamos pelos níveis 2 e 1, até ficarmos sem nenhum caso ativo na NZ. E assim ficamos por 100 dias!

A atuação do atual Governo, chefiado pela Primeira Ministra Jacinda Ardern, foi elogiada pelo mundo inteiro, considerada a mais eficaz no combate à doença. Inclusive, o programa Fantástico, da Rede Globo, fez uma matéria sobre como a Nova Zelândia esmagou a curva de contágio. https://globoplay.globo.com/v/8528202/

A rapidez e a forma como lidaram com a situação gerou segurança a todos que vivem no país. Diariamente o governo nos informava os números de infectados, os planos para o combate e os próximos passos a serem dados. Sabíamos exatamente o que estava ou iria acontecer. A informação e transparência foi louvável, a meu ver.

Foram 100 dias de vida normal, sem restrições e distanciamentos, até que o vírus voltou a afetar o país. Mas isso é assunto para o próximo texto.

Dúvidas ou curiosidades, é só deixarem nos comentários que prometo responder!

Para mais textos da autora, clique aqui

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Paula Oliboni

Me chamo Paula, tenho 33 anos, sou casada e tenho 3 filhos. Atualmente resido em Auckland, Nova Zelândia. Viemos para cá em razão de uma oferta de trabalho que meu marido recebeu e, desde então, tenho me dedicado à adaptação da nossa família. Sou advogada e atualmente trabalho em uma Agência de Aplicação de Vistos e Intercâmbio, voltada ao público Latino Americano. Estou muito feliz em poder compartilhar minhas experiências de expatriada.

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