Começar a estudar uma língua estrangeira não é tarefa fácil, principalmente quando não somos crianças. E por que os adultos encontram essas barreiras e dificuldades no momento em que precisam aprender uma nova língua, como o inglês?
Desafio: superar traumas antigos
Muitas vezes, trazemos crenças, traumas e questões que nos limitam intelectualmente e, de certa forma, bloqueiam nossas capacidades de aprendizado, de estar aberto ao novo. O que escuto de muitos alunos que atendo é que foram vários os problemas anteriores vividos por eles, desde a época da escola.
É claro que naquela época não se denominava bullying ou qualquer coisa semelhante, mas, ainda assim, muitos adultos carregam essas imagens de colegas ou professoras que faziam chacota, ou implicavam com alguma coisa, ou até mesmo de maneira inconsciente, achando que estavam ajudando, acabavam tornando o processo de aquisição da língua uma tortura.
Alunos tímidos, sempre foram os mais atingidos. O medo e a vergonha de se expor, de falar errado, de se expressar de modo incorreto…. esses e tantos outros fatores psicológicos e intelectuais contribuem para esse tipo de bloqueio no aprendizado, tão comumente visto nos alunos.
Como aprender inglês?
O que é preciso, então, para trabalhar em um adulto que carrega consigo tantos traumas, bloqueios e inseguranças?
Bem, não é um trabalho fácil e de fato requer muita paciência. O professor aqui tem um papel importante pela frente, a de um psicólogo ou coach. O aluno pode estar numa fase em que precisa de incentivo, motivação e um empurrão positivo para adquirir a autoconfiança que se perdeu ao longo do caminho.
Sendo assim, é sempre bom ouvir o aluno e saber as reais intenções que tem acerca da língua. Não adianta ter um plano de aula preparado se não preencherá as necessidades primordiais daquele aluno.
É o que sempre gosto de fazer num primeiro momento, quando trabalho individualmente com alguém que me busca para aprender inglês. Fazemos uma consultoria linguística, onde traço o que o aluno precisa para aprender, passamos por uma entrevista em que o aluno expõe suas necessidades com relação a língua e, a partir daí, trabalhamos com a metodologia que melhor preenche o que o aluno deseja alcançar.
Existe solução para todos os alunos?
Eu costumo dizer que todos nós temos capacidade de aprender uma língua estrangeira. Claro que, para uns, isso será mais fácil do que para outros, pois somos dotados de múltiplas habilidades e desenvolvemos melhor uma ou outra ao longo da vida.
No entanto, o que pode vir a variar é a fluência obtida, até porque o tempo exposto a língua não é o mesmo entre os alunos, já que cada um dedica o quanto quer e o quanto pode aos estudos.
Sendo assim, é importante ter em mente que esses fatores relacionados acima também tem a ver com os resultados obtidos durante o processo de aprendizado. Não basta eliminar a raiz do problema quando não se trabalha para ir além. Ou seja, é preciso ter compromisso e dedicação quando se fala de aprender uma língua estrangeira.
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Sou Debora, carioca de Niterói e moro na Croácia. Trabalho como produtora de conteúdo e redatora em redes sociais, sites e blogs. Sou também professora de línguas (inglês e português para estrangeiros) e tradutora EN-PT).
Antes dessa mudança total em minha vida de expatriada, trabalhei como professora de inglês em diversas escolas de línguas no Brasil e também em empresas com a Petrobras e Vale do Rio Doce. Fui recepcionista bilíngue em eventos voltados a plataformas de petróleo e gás. Viajei o mundo e conheci os 5 continentes e mais de 60 países, a bordo de navios de cruzeiro da empresa Royal Caribbean, onde era recreadora infantil.