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Durante o luto é recomendado ter uma “personal organizer”

Última atualização do post:

luto e a personal organizer
Um olhar mais leve sobre o luto - Imagem: Freepik

O tema que escolhi para este artigo pode gerar algum desconforto. Afinal, falar sobre o luto não é exatamente um assunto que as pessoas gostam de conversar. Aliás, isso me trouxe a memória quando eu trabalhava no mundo corporativo e o produto do mês era o seguro de vida. A conversa mal começava e já se notava o mal estar emocional com os clientes. Entretanto, a minha intenção é trazer leveza e algum alento para a questão. Vamos falar sobre alguns tipos de luto, inclusive quando nós expatriadas vivenciamos, e como podemos superar.

Luto por definição

Segundo Sigmund Freud, o luto é um processo lento e doloroso, que tem como característica uma tristeza profunda. É uma reação à perda de uma pessoa amada ou uma ruptura de um elo importante entre o indivíduo e seu objeto. Assim, vivenciar um luto, não é necessariamente lidar diretamente com a morte física. Ele é um processo também experimentado por aqueles que sofrem um rompimento amoroso, a perda de um emprego, a saída dos filhos de casa, a aposentadoria. Da mesma forma como, a perda de um animal de estimação, as perdas financeiras, além de mudanças no padrão de vida. Sem esquecer, das mudanças de país.

Todos nós, sem dúvida, passamos por perdas ao longo da vida. Há pessoas que lidam bem, mas, na maioria dos casos, estes eventos podem ser de grande relevância emocional, com consequências que podem desestabilizar a saúde.

A morte física

Na perda de um ente querido, quase sempre por questões práticas, a primeira ação é encontrar os documentos importantes, tratar de assuntos burocráticos imediatos. Além de ter que comunicar o falecimento, organizar velório e sepultamento, lidar com procedimentos bancários e o inventário. Não apenas isso, como também enfrentar o delicado momento de se desfazer dos pertences de alguém que partiu. Tarefa, por vezes, nada fácil.

Então, por onde começar? Mais adiante, falarei sobre esse processo e a recomendação de ter um profissional para ajudar.

Perdas

No rompimento amoroso, quando um dos pares sai de casa, independente do tempo que o casal esteve junto, ver o outro esvaziar o armário e levar seus pertences pode causar um choque. Da mesma forma, a sensação de tristeza e algum sofrimento surgem com a tal síndrome do ninho vazio. Ela acomete os lares na ocasião em que os filhos deixam a casa dos pais. Assim também é com as perdas financeiras e as consequências que uma mudança de padrão de vida traz para as famílias. Adaptar-se a uma nova realidade e readequar o orçamento: mudar de casa, trocar a escola, rever todas as atividades.

Expatriada

Quando decidimos mudar de país, sabemos em parte que, muito daquilo que nos cerca na vida atual não seguirá conosco no próximo destino. Em termos de objetos e pertences, quase sempre chegamos leves. Muitas expatriadas, assim como eu, trouxeram consigo poucas malas, carregando apenas o essencial para recomeçar: roupas, sapatos, documentos e alguns itens de valor sentimental. Por outro lado, deixamos para trás a família, os amigos e todas as pessoas que amamos sem saber o que encontraremos à frente. Estamos cientes de que nossa ausência será sentida, seja em datas importantes ou no tradicional almoço aos domingos. Diferente de outros lutos, este é, quase sempre, uma escolha, uma mudança planeada. Ainda que nem sempre as coisas aconteçam como pensamos – e elas podem ser ainda melhores que o esperado – o processo de assimilação do novo causa certo medo, certa ansiedade.

O luto e a personal organizer

luto e a personal organizer
A ajuda de uma profissional pode fazer a diferença- Imagem: Freepik

Então, como a organização profissional pode trazer mais leveza para cada uma destas perdas? Em termos práticos, na perda de uma pessoa por morte, a personal organizer pode ajudar no processo de desapego e destino dos pertences, de forma amorosa, com muita empatia, respeitando a vontade e as necessidades de cada família.

Para amenizar o ninho vazio e a separação amorosa, é comum que as pessoas queiram repaginar um espaço, dar uma nova função ao am­biente, mudar um móvel de lugar, trocar a cor das paredes. Suaves mudanças trazem frescor para o lar e, juntamente com a organização, mais conforto, equilíbrio e bem estar. Com os espaços preenchidos, a casa volta a ter vida, a ser mais feliz.

Para nós expats, começar um novo capitulo, num país onde se conhece pouco ou quase nada do que está por vir, requer coragem! São tantos desafios e quantas superações! Morar fora é ter saudade, é estar distante, é lidar com novas burocracias, é chorar sozinha e respirar fundo mais uma vez, é adaptar-se à nova rotina. Quantas dores vivenciadas em cada fase!

Um recomeçar com a casa organizada, mais do que dar um lugar para cada objeto, é proporcionar à família a sensação de pertencer, de acolhimento e aconchego. Uma vida mais organizada tem inúmeros benefícios, inclusive para a saúde. Organizar espaços organiza pensamentos, diminui a ansiedade e traz ganho de tempo. Quem não gostaria de ter mais tempo para desfrutar das experiências que estão por vir?

Para concluir, eu espero que este artigo traga calmaria e lhe ajude a recomeçar. Se sentir que não consegue fazer o que precisa ser feito sozinha, não sinta vergonha e peça ajuda. Conte comigo. Um forte abraço, Aline.

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Aline Ceron

Sou a Aline Ceron, 47 anos, Personal Organizer. Sou paulista e expatriada desde 2021, quando me mudei para Lisboa, Portugal. Amo viajar, pedalar, reunir amigos, conhecer novos lugares e pessoas. Eu acredito que a organização proporciona bem estar, mais saúde e equilíbrio para a vida de cada um. Como profissional, meu propósito é simplificar rotinas através de organização e encontrar as melhores soluções para espaços e ambientes. Vamos juntos? Me siga também no Instagram @alineceron.eu

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