Ana Santos é profissional da área de Marketing e Branding, atuando como mercadóloga, estrategista, consultora e mentora de marcas. Nossa entrevistada da vez é natural do sul de Minas, mas atualmente vive em Criciúma. Com uma ampla experiência profissional, não só já transitou por agências de marketing e eventos, como também, já foi barista. Apaixonada por cafés e cafeterias, teve a oportunidade de gerenciar uma cafeteria durante seu intercâmbio na Austrália.
Com especialização em Marketing Digital, Branding e Marca Pessoal pela Brandster School, Ana cursou também Neuromarketing pelo IBN e, entre outras formações, Storytelling pela ESPM. Além disso, tem uma história incrível, é uma profissional talentosa e muito competente no que faz. Tem muito carisma e uma energia maravilhosa!
Com vocês Ana Santos!
Boa leitura.
KB – Quem é a Ana Santos?
Olá, me chamo Ana Carolina, mais conhecida como Ana Santos. Sou natural de Minas Gerais, de uma cidadezinha pequena no sul de Minas. Sou filha, dos também mineiros, Sr. Marco Antônio e D. Claudia. Tenho também um irmão chamado Leonardo. Hoje tenho 28 anos e moro em Criciúma, Santa Catarina.
Atualmente, estou trabalhando como head de marketing numa empresa de aluguel de imóveis para temporadas, e em paralelo, gerencio a minha empresa. Faço consultoria e projetos de branding, tanto para marcas pessoais como institucionais.
Sou mãe de pet, um Golden Retriever cujo nome traz uma memória afetiva para mim: MATE! O nome vem de uma gíria australiana, que significa “parceiro”. Morei um ano e meio na Austrália – e foi muito marcante, uma virada de chave em minha vida!
A Austrália não só foi uma virada de chave profissional para mim, como me mostrou muito sobre a minha essência, valores e princípios. Foi lá que eu entendi o quanto a liberdade de ser quem somos, geograficamente e financeiramente falando, são importantes para mim!
KB – Quando e como surgiu a ideia de empreender no mercado digital?
A ideia surgiu ainda no final do meu intercâmbio na Austrália. O mundo estava um caos, início da pandemia, tudo fechado, e a única forma das empresas manterem seus negócios era pela internet. Eu não tinha ideia do quão potente era o mercado digital na época, mas eu sabia que era uma oportunidade para voltar ao mercado de trabalho e somar os meus conhecimentos a essa avalanche de oportunidades.
Comecei a fazer minha especialização em marketing digital naquele momento, e foi a decisão mais assertiva que fiz. Assim, quando retornei para o Brasil, em setembro de 2020, comecei a trabalhar na área novamente e gerar resultados para meus clientes através de estratégias digitais.
KB – Você morou na Austrália e trabalhou como barista, conta mais para a gente dessa experiência como expatriada?
Antes de tudo, arrisco dizer que ter morado na Austrália foi o período mais especial que eu já vivi até hoje. Evoluí muito, não só como pessoa, mas também profissionalmente. Voltei muito mais forte para tomar minhas decisões e conquistar meus sonhos.
Ter trabalhado como barista foi mais um dos pequenos sonhos que realizei! Desde o dia em que pensei em morar fora, fui me preparando e realizando cursos aqui no Brasil, sempre de olho em uma oportunidade para trabalhar na área.
O momento do café da manhã é importante para mim e tem significado até hoje. Lembro da liberdade de poder me sentar em um dos cafezinhos da Degraves Street, uma famosa ruazinha de Melbourne, e tomar o meu cafezinho e brunch com tranquilidade. Além disso, me faz lembrar também a satisfação de ver o sorriso de cada cliente ao ser atendido.
KB – Conta pra nós como você organizou sua vida profissional quando regressou para o Brasil? Valeu a pena, ou está pensando em morar fora novamente?
Voltei para o Brasil pensando que seriam apenas alguns meses até as fronteiras reabrirem e eu me reorganizar para voltar a morar na Austrália. Mas como o destino costuma nos surpreender, ao voltar para o Brasil, entendi que o meu lugar era aqui e que minhas conquistas e sonhos se consolidariam aqui também. Portanto, o destino se encarregou de me direcionar para o melhor caminho que eu poderia trilhar! Hoje, reconheço que amadureci mais do que poderia imaginar e sou imensamente grata por isso.
Não sei se voltaria a morar fora! Isso, porque minha família se tornou mais primordial no momento. E, mesmo que eu não more na mesma cidade, as coisas se tornam mais viáveis, devido ao contato e à proximidade, permanecendo no Brasil.
Costumo dizer que não devemos dizer “nunca mais”. Quem sabe o que a vida guarda para mim…?!
KB – Como nasceu a ideia do seu projeto pessoal, “Sua Marca Insubstituível” de mentoria, consultoria e estratégia?
Quando comecei a trazer resultados digitais para meus clientes, fiquei satisfeita, porém parecia que faltava algo, como se eu não estivesse realmente vivendo o meu propósito e aquilo que nasci para ser. Nesse momento, em razão de uma inquietação pessoal e pesquisa, eu conheci o Branding Pessoal e descobri a minha satisfação em poder ser fonte de transformação na vida das pessoas. Saiba mais sobre Sua Marca Insubstituível
KB – O que o Branding traz de tão especial e diferenciado para a marca pessoal?
O Branding potencializa a forma como você quer ser percebido pelo seu cliente e, por outro lado, também permite aumentar a conexão com o público correto. Ao fazer a gestão de marca, seja ela institucional ou pessoal, potencializamos as forças de cada marca; tirando-as do ponto A e levando-as até o ponto B. Sem dúvida, o Branding é um processo de descobertas que é iniciado de forma interna para ser comunicado de forma externa.
KB – Poderia dar algumas dicas especiais para quem quer começar ou melhorar o Branding Pessoal?
Com certeza! A primeira delas é: conheça a si mesmo, suas forças, habilidades e, principalmente, entenda qual o lugar que você quer ocupar na mente de seu cliente. Esse é o princípio para que possamos esboçar isso de forma correta e traçar estratégias de comunicação. Seja através do design, do tom de voz, da marca e de forma imagética também, ou seja, tudo precisa estar alinhado.
KB – Ana, ocorreu algum episódio importante, no começo da sua vida profissional, durante o período do colegial?
Uau! Amei essa pergunta! Certamente, essa foi uma das melhores fases da minha vida, e eu nem sabia de tudo que eu iria aprender e como isso me impulsionaria até hoje. Durante o colegial, no último ano do ensino médio, eu tinha acabado de ser despedida de um trabalho de jovem aprendiz no qual minha função era fazer fechamento de planos numa escola de idiomas. Naquela época, eu tinha 16 anos, mas já tinha a vontade de conquistar minha independência financeira. Uma vez que na minha escola não tinha cantina, ouvi alguns colegas comentando nos corredores, que seria legal se alguém vendesse alguns lanches.
Então, na mesma semana, pedi dinheiro para o meu pai emprestado, fui ao mercado e comprei: peito de frango, cenoura, maionese, pão de forma, chocolate em pó e leite condensado. E no dia seguinte, lá estava eu, na escola, vendendo sanduíches naturais e brigadeiros. Lembro-me, que aos 16 anos, meu faturamento era em torno de R$ 2.500 por mês! Naquele mesmo ano, comprei meu primeiro notebook, um Sony Vaio, minha câmera profissional, reformei meu guarda-roupa, entre outras conquistas. Aquilo foi sem dúvida uma vitória gigantesca para uma adolescente recém despedida de um trabalho no qual ganhava R$ 500 por mês.
E qual foi o aprendizado que você carrega até hoje sobre essa época?
Aprendizados que tirei com essa experiência:
- Esteja atento às demandas dos seus clientes. Quando atentos aos detalhes, conseguimos identificar oportunidades e aumentar a nossa entrega e satisfação.
- Seja forte e corajoso. Muitas vezes não sabemos porque algo nos acontece e podemos até desanimar. Mas, e se soubéssemos que o sucesso chegaria no dia seguinte? Estaríamos preparados?
- Ninguém cresce sozinho, e você precisa de incentivadores do seu lado. Nessa época, escalei dois amigos para me ajudarem a vender. Além disso, quando eu não conseguia vender tudo, tinha colegas de classe que compravam o resto dos brigadeiros.
- Nunca deixe ninguém te dizer que não é capaz, porque você é! E ainda que não tenha a habilidade que gostaria no momento, você pode desenvolvê-la. O sucesso é possível e pode ser conquistado!
Hoje, aos 28 anos, depois de 12 anos aproximadamente do ocorrido, e depois de muitas vezes ter pensado que não trabalharia mais com Marketing, tenho contratos de 40, 50, 60 mil reais por cliente. Fecho nove de cada dez contratos que apresento, e os clientes costumam renovar novos contratos comigo.
KB – Ana, você acha que o Instagram e as redes sociais, de modo geral, além de terem se tornado uma forte fonte de renda, também têm passado a ser ,cada dia mais, o portfólio e o currículo digital das pessoas?
Sem dúvida nenhuma. E para ser bem assertiva nessa resposta, me diga: o que você procura primeiro quando ouve falar de um profissional? Seja ele médico, jornalista, profissional de marketing, entre outros.
Duvido muito que a sua resposta tenha sido diferente da minha: eu procuro o Instagram para gerar conexão com esse profissional, e nesse caso, a primeira impressão é a que vale. Por isso a importância da gestão de marca. É ela que faz o elo entre quem você realmente é, o que almeja que seja percebido a seu respeito, e o seu cliente ideal. Eu mesma passei por um rebranding da minha marca quando percebi que estava transmitindo a mensagem errada para um público equivocado. Só a partir daí, consegui fechar grandes contratos.
KB – E para finalizar nossa entrevista, qual o teu “mantra”, o que te guia pela vida?
Se você quer, então você pode conquistar. Esteja preparado para quando o sucesso chegar!
Casada há 21 anos, 39 anos, Mãe da Zoe (5 anos) e do Hiram (9 anos). Ex bancária, formada em Contabilidade, ex-sócia e proprietária da empresa Brazil Country Boots, fui por 3 anos Travell Planer na agência de viagem hm miles and tour e atualmente estou em transição de carreira em Dublin na Irlanda.
Com experiência e memórias de 5 países onde morei e tenho na bagagem: Itália, Inglaterra, Austrália, Portugal e atualmente Irlanda. Venho compartilhar com vocês experiências de mãe para mãe e a vida de uma expatriada pelo mundo.