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Estados emocionais e datas comemorativas: desafios para expatriadas

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Cuidar da saúde emocional é essencial - Acervo Pessoal
Cuidar da saúde emocional é essencial - Acervo Pessoal

Datas comemorativas têm um papel especial em nossas vidas. São momentos que conectam passado e presente, reunindo memórias, tradições e pessoas queridas. No entanto, para nós, expatriadas, essas datas podem assumir um significado ainda mais profundo — ou doloroso. A ausência da família, dos amigos ou mesmo das tradições do país de origem pode trazer à tona uma montanha-russa de emoções. Como lidar com isso de forma saudável e encontrar maneiras de criar significado mesmo longe de casa? Vamos explorar esse tema.

A importância das datas comemorativas

Datas comemorativas como aniversários, Natal, Ano Novo ou mesmo feriados locais carregam consigo uma carga simbólica. Elas representam pertencimento, continuidade e rituais que fortalecem laços e identidade. Quando estamos em nosso país de origem, esses momentos são frequentemente associados a encontros familiares, compartilhamento de refeições especiais e tradições que nos conectam às nossas raízes.

Mas, para quem vive longe, essas datas podem ser acompanhadas de saudade, solidão ou até mesmo a sensação de desconexão. A forma como nos relacionamos com esses momentos pode mudar drasticamente, gerando uma necessidade de resignificação.

Estados emocionais comuns durante as datas comemorativas

As emoções que surgem em datas comemorativas podem variar amplamente dependendo da experiência de cada pessoa. Aqui estão alguns estados emocionais frequentes entre expatriadas:

  1. Saudade: A saudade costuma ser uma das emoções mais presentes. Sentimos falta das pessoas, do ambiente familiar, dos cheiros, sabores e até mesmo de pequenos detalhes que compõem essas celebrações.
  2. Solidão: Mesmo rodeadas de pessoas, é comum sentir um vazio. Esse sentimento pode ser intensificado quando as conexões no novo país ainda não foram totalmente estabelecidas.
  3. Frustração: Por vezes, tentamos recriar as tradições do nosso país de origem, mas nos deparamos com desafios, como a ausência de ingredientes ou o pouco interesse de quem está ao nosso redor.
  4. Gratidão: Apesar dos desafios, muitas expatriadas também relatam sentimentos de gratidão pelas novas experiências e pelas oportunidades de criar memórias diferentes.
  5. Culpa: Sentir-se feliz ou adaptada em outro país pode, às vezes, vir acompanhado de culpa por não estar perto da família ou de quem amamos nessas datas.
  6. Melancolia: Há um misto de alegria e tristeza que surge ao relembrarmos o passado, especialmente através de fotos, mensagens ou memórias que resgatamos nessas ocasiões.

Leia também meu artigo: A terapia no processo de adaptação de expatriadas.

Como as datas comemorativas podem ser ressignificadas

Resignificar datas comemorativas é uma maneira poderosa de lidar com os estados emocionais que surgem. Aqui estão algumas ideias que podem ajudar:

  1. Crie novas tradições: Aproveite a oportunidade para reinventar essas datas. Que tal combinar elementos do seu país de origem com aspectos da nova cultura? Por exemplo, introduzir uma receita brasileira no jantar de Natal em um país europeu ou misturar músicas locais com as suas preferidas.
  2. Celebre com sua “família escolhida”: Amigos que você fez no novo país podem se tornar parte importante das suas celebrações. Reunir pessoas queridas é uma forma de criar novos laços e aliviar a solidão.
  3. Planeje uma conexão virtual: Com as tecnologias atuais, é possível estar presente de alguma forma, mesmo a distância. Planeje videochamadas com familiares e amigos e compartilhe momentos juntos, mesmo que de forma virtual.
  4. Pratique a autocompaixão: Dê-se espaço para sentir. Se você estiver triste ou nostálgica, acolha essas emoções sem julgamentos. Reconheça que elas são parte da experiência de viver longe de casa.
  5. Participe de eventos locais: Explore como o país onde você vive celebra essas datas. Participar de tradições locais pode ser uma maneira enriquecedora de se conectar com a nova cultura e, ao mesmo tempo, criar memórias positivas.
  6. Planeje algo especial para você: Caso você não se sinta conectada às celebrações, transforme a data em um momento de autocuidado. Planeje um dia com atividades que você goste, como ler um livro, cozinhar algo especial ou fazer uma caminhada.
Encontrar meios de manter contato com familiares e amigos é essencial – Imagem Canva

Como lidar com os sentimentos de culpa ou desconexão

É comum que expatriadas sintam culpa por não estarem presentes em momentos importantes com a família. Para lidar com esse sentimento, é importante lembrar:

  • Você está construindo uma nova vida: Isso não significa que você valorize menos sua família ou suas raízes, mas sim que você está crescendo em outras direções.
  • A comunicação é essencial: Explique aos seus familiares como você se sente. Muitas vezes, compartilhar sua experiência pode criar compreensão e reduzir a cobrança.
  • Lembre-se de que você pode visitar ou criar novos momentos: Mesmo que você não esteja presente em uma data específica, outras oportunidades surgem para fortalecer os laços familiares.

Transformando desafios em crescimento pessoal

As datas comemorativas são, muitas vezes, um convite ao autoconhecimento. Elas nos desafiam a olhar para dentro, identificar nossas emoções e encontrar maneiras saudáveis de lidar com elas. Embora possam ser momentos de dor ou desconforto, também são oportunidades para ressignificar nossas experiências e fortalecer nosso senso de identidade.

Como expatriadas, temos a chance de construir pontes entre culturas, criando uma vida que reflete não apenas nosso passado, mas também nosso presente e futuro. Cada celebração, seja ela compartilhada ou solitária, é uma oportunidade de honrar quem somos e quem estamos nos tornando.

Por fim, lembre-se: você não está sozinha. Muitas mulheres ao redor do mundo compartilham desafios semelhantes, e juntas podemos encontrar força, apoio e inspiração para seguir em frente.

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Beatriz Setto Godoy

Olá! Eu sou Beatriz Setto Godoy, mais conhecida como Bia, e vivo no Brasil. Uma ítalo-brasileira, apaixonada pelo mundo: por conhecer lugares, pessoas e culturas diferentes. Tenho formação em Administração, Psicanálise, em Comunicação Não-Violenta e em Programação Neurolinguistica. Sou uma arquiteta de pessoas especialista em comunicação assertiva. Facilito treinamentos na área de comunicação, atendimento, liderança com o foco em criar conexões e melhorar o clima organizacional adquirido nos meus 20 anos de CLT. Com minha experiência de vida ajudo pessoas do mundo todo a se conhecerem para viverem com leveza e sentido. Realizo atendimentos psicoterapêuticos em português e inglês. Criei o Podcast Conecte-se com a sua Jornada, escrevo como colunista de um Blog para expatriadas e para uma revista Espanhola sobre bem estar, a Therapies Magazine e também, sou escritora de livros. Contem comigo!

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