Agora que já sabemos melhor sobre a depressão, vamos direcionar a conversa para pequenas atitudes, que podem nos ajudar, quando começamos nossa jornada como expatriados e, evitar este estado que dificultará, e muito, todo esse processo de vida nova, que teremos que passar. Muito melhor começar um novo ciclo alertas para o que pode ocorrer e, cientes do que podemos fazer.
Assim que a mudança de país se tornar algo efetivo, real, você precisará tomar posse dela. Mesmo com medo e ansiedade, aceitá-la e ficar amiga dessa situação.
Como? Planejando. Comece a procurar grupos de expatriados no país ou cidade que você vai, interaja com as pessoas mesmo antes de ir, tire dúvidas, peça indicações de coisas básicas que você já sabe que vai precisar.Procure saber o máximo possível sobre a cultura que irá encontrar e ache pontos do seu interesse.
Não mantenha pontos negativos na cabeça, pois os teremos em qualquer lugar e o foco é ser algo novo e construtivo. Se for possível, comece a estudar o idioma ou a praticar mais aquele que você já sabe. Analise bairros de moradia que combinem mais com você. Tudo isso te ajudará a se sentir mais integrada e segura na chegada.
Tenha em mente que realmente será uma avalanche de emoções. Não adianta acharmos que tudo irá ser organizado e perfeito. Não será, ainda mais se tiver filhos. É muita coisa para resolver e é extremamente importante que você aceite que, possivelmente, terá um período conturbado. Mudar de casa já é considerado um dos fatores de maior estresse para um indivíduo. Imagina quando essa casa é em outro pais?
Isto não é permanente
Aceitar um período complicado na vida, não é ser pessimista, e sim saber que vai passar e sua vida vai entrar nos eixos. Para isso, passando o momento da mudança, você vai precisar se mexer de outra forma, ainda num esforço para adaptação. Será a hora de utilizar todo aquele conhecimento que você adquiriu antes de chegar.
Colocar em prática seu planejamento inicial, suas descobertas pela internet e grupos virtuais. Hora do trabalho de campo. Descubra seu bairro a pé, esteja aberta a falar as frases de cordialidade do novo idioma e evite os pensamentos como “eu não sou daqui”.
Você realmente não é e ponto. Muitas vezes é nossa cabeça que transforma essa diferença entre nós e os locais num big deal . Todas essas pequenas formas de pensamento fazem com que altere nossa confiança e humor.
A vida anda…
Aos poucos a sua vida vai caminhando de forma mais confortável e você pode avançar em novas investidas como entrar em um curso, numa academia, em um grupo religioso ou de alguma atividade qualquer. Seu papel é investir na sua nova vida. Reclamar continuamente não te dará soluções e pode te transformar numa pessoa que você não era e validar que essa mudança nunca dará certo!
Se abra! Se cair um dia, levante no outro e ponha suas ações em prática. Peça ajuda da sua família. Uns ajudam os outros nessa fase, basta saber se comunicar e ser um pedido de ajuda positivo e não de vítima.
Existe dificuldade? Certamente! Porém, também existe tanta coisa boa à sua espera! Você poderá encontrar bem estar, mas para isso tem que deixar uma porta aberta, deixar o rio fluir, não colocar barreiras e, principalmente, no início, se forçar a fazer algo.
Nada na nossa vida é permanente. Fases difíceis passam, novas fases se iniciam, basta querermos de verdade e nunca esqueça que é impossível controlarmos tudo ao nosso redor. Sair fora do planejado também é normal.
Faça exercícios de respiração diariamente. Eles oxigenam o cérebro e nos ajudam a pensar e a manter equilíbrio emocional. Segue link para conhecer a respiração diafragmática.
Finalmente, porém não menos importante, você pode pedir ajuda profissional. Se a coisa estiver ruim dentro de você, sem conseguir sair deste estado por si só, procure ajuda! Tem momentos que não conseguimos sozinhos e está tudo bem! Um auxílio psicológico não é sinal de fraqueza e sim de que você é forte para olhar para dentro e tem força de vontade para alterar seu estado. De novo… nada é permanente.
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Psicóloga clínica, especializada em Terapia Cognitiva Comportamental, carioca, mãe de 2 amores de 4 patas.
Deixei meu consultório no Rio de Janeiro e vim morar na Capital da Croácia, Zagreb.
Hoje atuo com atendimentos online.
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