Uma das maiores conquistas na vida de uma mulher expatriada são as novas amizades que surgem ao longo do caminho. Tão importante quanto chegar do outro lado do mundo e começar uma nova vida do zero, é saber que temos alguém com quem podemos contar, alguém que nos entende e que passa pelas mesmas coisas que estamos passando.
E quem melhor do que a nossa melhor amiga para ocupar esse lugar tão especial? Contudo, vida de expatriado é um eterno vai-e-vem. Mas, como responder à seguinte pergunta: Minha melhor amiga foi embora, o que eu faço agora?
Encarando a despedida
Se você já passou por isso, você pode imaginar o quanto é difícil se despedir da sua melhor amiga. Parece que um pedacinho da gente vai embora junto com ela. Mas o que podemos fazer para evitar que esse momento seja doloroso? Ou ainda, como ver o lado bom nisso?
Na literatura do ajustamento de famílias expatriadas podemos ter uma visão geral das evidências empíricas sobre esses desafios que enfrentamos e encontrar recursos que podem nos ajudar na adaptação à nível social.
De acordo com alguns desses estudos os desafios também incluem saúde física (ganho de peso), estresse físico, sentimentos de solidão, luta para manter uma sensação de estabilidade e conforto na unidade familiar, bem como tentativas de fazer novos amigos e manter contato com os antigos (Rosenbusch and Cseh, 2012).
Entendendo nossas emoções
O sofrimento emocional (isto é, ansiedade ou depressão) pode resultar de tentativas malsucedidas de ajuste da família expatriada ao novo país. Esse sofrimento pode se tonar ainda maior quando sua melhor amiga, amizades em geral ou quando alguém com quem nos identificamos no novo país se muda.
Isso acontece porque, dentre outros fatores, quando nos mudamos para outro país nossa família passa a ser representada pelos novos amigos que fazemos. E nada mais natural, do que elegermos uma melhor amiga nesse transcurso. Isso faz parte do processo de identificação social.
Virando o jogo
Uma das formas de amenizar esse sentimento de perda, é manter o contato através das diferentes formas de comunicação eletrônica. A internet e as mídias sociais nos proporcionam cada vez mais novas formas de comunicação social com os amigos e a família e, portanto, nos possibilitam o apoio emocional que necessitamos.
Dessa forma, evitamos a solidão e os estados depressivos na nossa vida de expatriados, comuns em casos como a mudança da nossa melhor amiga, por exemplo.
Usando recursos internos
Portanto, é essencial que você procure recursos pessoais e psicológicos, como por exemplo manter a mente aberta, a estabilidade emocional e o alto nível de iniciativa social. O Coaching para expatriadas pode lhe ajudar a ter uma visão mais clara de como utilizar seus recursos internos.
Essas iniciativas juntamente com recursos familiares, como flexibilidade, adaptabilidade e união são alguns dos recursos que os expatriados podem utilizar em seu favor (Lazarova et al., 2015). Contudo, não ignore as suas emoções.
Vendo o lado positivo
Logo, ter uma vida social mais ativa, participar de eventos com amigos ou participar de atividades em grupos também pode ajudar a ampliar sua rede social e evitar o sentimento de perda e isolamento com a mudança da sua melhor amiga.
O lado bom disso tudo é saber que você terá a chance de visitar a sua melhor amiga. Além disso é possível conhecer novos lugares, novas amizades, novas culturas. Fortaleça essa amizade que a vida de expatriada pode lhe proporcionar.
Adriana Meyer é consultora em Psicologia Empresarial e Coaching Executivo. Mestrado em Ciências Sociais – MSc in Business Psychology – pela Universidade Heriot-Watt (Dubai). Trabalhou em diversos setores para organizações públicas e privadas. Contribuiu com projetos sociais para a comunidade, tanto no Brasil quanto em Portugal. Sua jornada como expatriada a levou a criar um programa de “Coaching para mulheres expatriadas”, ajudando nesse processo de mudança pessoal e emocional. Email: [email protected] Twitter: AdrianaMeyer11 LinkedIn: Adriana Meyer
