Mudar de país é uma experiência transformadora e, ao mesmo tempo, desafiadora. Desde o momento em que decidi promover a minha mudança do Brasil e recomeçar na Europa, acabei por escolher a Irlanda. Passei por um turbilhão de emoções, que variavam entre empolgação, medo e ansiedade. Cada etapa dessa jornada — da decisão à chegada no destino — trouxe aprendizados que vou compartilhar aqui.
As expectativas com a mudança do Brasil e o sonho de recomeçar
A ideia de viver na Europa, confesso que nunca esteve nos meus planos. Mas pesquisando vi que era um continente cheio de história, culturas distintas e oportunidades. Porém, enquanto planejava a mudança do Brasil, percebi que as expectativas poderiam ser uma faca de dois gumes. Por um lado, havia a motivação de começar uma nova fase, explorar lugares incríveis e crescer pessoalmente. Por outro, existia o receio de enfrentar os desafios de adaptação, principalmente por estar longe da família e dos amigos.
Eu fui sem expectativas, acreditando que tudo que eu viveria seria novo e então fui com o coração aberto em relação a tudo que iria viver.
O processo de imigração e a papelada – o lado B da mudança do Brasil
Se existe algo que pode testar sua paciência, é o processo de imigração. Desde a busca por um visto até a organização de documentos, cada detalhe precisa ser minuciosamente planejado. No meu caso, precisei reunir uma quantidade impressionante de papéis: comprovantes financeiros, passagens, reservas de acomodação e, claro, o desgaste de achar que ainda faltava documentos.
O dia da entrevista na imigração foi um momento de nervosismo. Tentei me preparar com todas as respostas possíveis, mas sempre fica aquele medo de que algo dê errado. Felizmente, consegui superar essa etapa. Essa vitória inicial me deu confiança para enfrentar os próximos desafios.
O dia da viagem: vôos, aeroportos e a emoção da partida
Chegar ao aeroporto com as malas prontas foi como uma despedida simbólica, pois naquele momento estava tendo início a minha mudança do Brasil . Enquanto me dirigia para o check-in, percebi que estava deixando para trás tudo o que era familiar para mergulhar no desconhecido.
Os voos foram longos e cansativos. Além de enfrentar filas intermináveis na imigração, precisei lidar com minha ansiedade sobre a comunicação. Meu inglês básico parecia insuficiente, e a cada interação no aeroporto, sentia meu coração acelerar.
Ao chegar ao destino final, encarei um dos momentos mais tensos: passar pela imigração. O oficial me fez algumas perguntas básicas, mas, para mim, parecia um interrogatório completo. Consegui explicar o motivo da minha viagem e apresentar todos os documentos necessários. Quando finalmente carimbaram meu passaporte, senti um alívio indescritível.
O desafio de falar outro idioma
Um dos maiores desafios ao se mudar para outro país é, sem dúvida, a barreira do idioma. Apesar de ter estudado o básico antes da viagem, percebi rapidamente que falar no dia a dia é completamente diferente de aprender na sala de aula.
Pedir informações, fazer compras e até mesmo cumprimentar as pessoas no início parecia uma maratona. Muitas vezes, fiquei frustrada por não conseguir me expressar completamente. Porém, aos poucos, fui aprendendo a lidar com isso. Descobri que a maioria das pessoas é compreensiva e está disposta a ajudar.
Além disso, comecei a encarar cada interação como uma oportunidade de aprender. O uso de aplicativos de tradução foi essencial no começo, mas com o tempo, passei a me arriscar mais no idioma local.
Primeiras impressões: cultura e adaptação
Viver na Europa é um aprendizado constante. Desde entender os costumes locais até me adaptar ao clima (que é bem diferente do Brasil), tudo exige tempo e paciência. No início, senti uma mistura de fascínio e estranheza. E dá-lhe frio, pois estava 4°.
Por exemplo, aqui as pessoas têm um senso de pontualidade a que não estava acostumada no Brasil. Além disso, a cultura de refeições, transporte público e até as interações sociais são diferentes. Com o tempo, percebi que essa diversidade é o que torna a experiência enriquecedora.
Outro ponto importante foi lidar com a saudade. Estar longe da família e dos amigos é um desafio emocional. Descobri que manter contato frequente por videochamadas ajuda bastante, mas nada substitui o abraço físico de quem amamos.
Reflexões e aprendizados
Hoje, olhando para trás, vejo o quanto essa mudança do Brasil me transformou. Cada obstáculo superado me tornou mais resiliente e confiante. Aprendi que é normal sentir medo e insegurança, mas que a adaptação vem com o tempo e a prática.
Minha maior lição foi perceber que a mudança de país é muito mais do que uma nova localização geográfica. É um convite para sair da zona de conforto, ampliar horizontes e descobrir novas versões de si mesmo.
Se você está pensando em se mudar para outro país, minha dica é: planeje o máximo que puder, mas esteja aberto ao inesperado. Cada experiência, boa ou ruim, será parte da sua história e contribuirá para seu crescimento.
Um abraço, e até a próxima!
Eliza
Olá, somos Daniela Pescuma e Eliza Ferreira, co-fundadoras do Clube das EUpreendedoras. Cada mês uma de nós vai aparecer por aqui. O Clube das EUpreendedoras é uma comunidade dedicada a mulheres empreendedoras solo, oferecendo mentoria, apoio, recursos e uma rede de suporte para impulsionar o crescimento pessoal e profissional.