São tantas as exigências e cobranças (na maioria das vezes de nós mesmas), que se tornam diversos os sentimentos da mulher expatriada. Por vezes bate uma sensação de frustração, unido a uma sensação de impotência.
Nem sempre o caminho é fácil e bonito, a nova realidade põe à prova quase todos os dias as nossas fraquezas. Na minha expatriação, eu tive recaídas, momentos de tristeza, de dúvida sobre minha escolha e acredito que boa parte das mulheres expatriadas, já passaram por isso em algum momento.
São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que nos sentimos inferiores ou incapazes, comparando a outras pessoas que “parecem” plenamente felizes e adaptadas.
O que fazer para se adaptar
A primeira coisa a fazer é não se comparar a ninguém. Todos nós temos o nosso tempo e reagimos de forma diferente aos acontecimentos da vida. Tudo bem ainda não ter se adaptado, tudo bem não falar a língua local fluentemente e não ter amigos nativos. Tudo tem a hora certa para acontecer!
Depois que isso acontecer, você estará pronta para ficar ali, fazer amizades, encontrar um novo trabalho e dominar a língua, e quando menos esperar já se sente livre do passado e capaz de seguir em frente, mais leve e mais feliz. Pois é aos poucos que vamos nos desfazendo, jogando fora, desapegando, e de repente quando você olha para trás tudo parece ter sido efêmero.
Em seguida, tira um tempo para si, para respirar, descansar a mente, sentir novos ventos, observar ao redor e ver o quanto você já conquistou. E, então tomar fôlego e impulso para começar, ou melhor, recomeçar. Sabemos que recomeços não são fáceis, não é mesmo?
É preciso tempo para acalmar e recomeçar nessa nova vida. (aquivo pessoal)
Recomeçando uma nova vida
Recomeçar significa mudar, ter uma nova postura diante dos desafios, voltar a fazer as mesmas coisas, mas de uma nova e diferente perspectiva. É sempre tempo para recomeçar, e você não vai começar do zero, vai recomeçar com toda a sua experiência, dos 20, 30, 40 anos, e a vida vai se encarregar de colocar as coisas no seu devido lugar.
Nessa nova vida, a melhor alternativa é dar um passo de cada vez e isso vai te levar a percorrer grandes distâncias. Temos que ir com calma, aceitar que estamos num processo de mudança, pois é importante também curtir o passo a passo da nossa adaptação, e toda vez que pensar em desistir, pensar em voltar, lembre dos motivos que te fez chegar até aqui.
O meu conselho
Se eu pudesse dar um conselho às mães e esposas expatriadas pelo mundo, diria: cuide de sua saúde física, mental e espiritual, pois existem momentos que somente você saberá o que está acontecendo com você mesma.
A expatriação é um grande desafio, e independente de qual seja a situação, se organize, se programe e tente planejar a melhor forma de encarar esse caminho. A nova vida exige muito de nós, mas a seguir você irá entender que tudo o que você passou era apenas a preparação para o início da melhor fase da sua vida.
E não esqueça que ser feliz nessa jornada só depende de você!
E a saúde da mulher expatriada? Se quiser saber, clique aqui.
Olá, sou a Evandra Carreira, brasileira, vivendo na Europa desde 2008. Foram 10 anos em Portugal, e agora estamos há 13 meses em Estocolmo, na Suécia. Esposa do português Manuel há 10 anos e 2 filhos: o Halison (26 anos) e o João (6 anos).
Serei aqui uma ajuda virtual, um apoio para outras mulheres que, assim como eu, vivem esse mundo da expatriação. No meu perfil vocês irão encontrar dicas, minhas experiências e estilo de vida, com o objetivo de ajudar famílias a serem mais felizes no seu novo país.