Tel Aviv – a cidade branca

A cidade

Shalom! Dentro de tantas e tantas cidades, histórias e lugares que poderíamos contar, hoje chegou a vez de Tel Aviv, a cidade branca. Tel Aviv é a segunda maior cidade de Israel, possui cerca de 400.000 habitantes, se situa às margens do Mar Mediterrâneo e é uma grande cidade.

Para nós brasileiros, ela seria uma mistura de São Paulo e Rio de Janeiro. Seu clima é subtropical, com verões quentíssimos e úmidos e invernos amenos dando até praia em novembro. Quando grande parte da Europa já está coberta de neve.

Quando foi fundada

Foi fundada em 1909, por 60 famílias de hebreus que compraram terras e dividiram este terreno em NAHALOT. Ou seja, assentamentos, ou melhor em português: bairros.

Seu primeiro prefeito se chamou Meyer Dizengoff, que deu origem ao primeiro shopping de Israel, chamado Dizengoff Center. Outro ponto pitoresco de Tel Aviv é o Shuk HaCarmel, ou, o mercado Carmel, é uma feira ao ar livre que funciona de domingo à sexta das 8h às 19hr. Além disso podemos conhecer seus vários teatros, gastronomia, vida noturna, e por tanto é a cidade que nunca dorme, com um ritmo de vida bem intensa.

Porque se chama Tel Aviv

Quando as famílias se juntaram para comprar o terreno, teriam que dar um nome a nova cidade. Portanto vários nomes foram propostos, entre eles Altneuland, o livro mítico e até mesmo profético escrito por Theodor Herzl, o pai do Sionismo, onde ele descreve como seria a terra de Israel novamente habitada por hebreus.

Outro nome proposto foi a Hevriá. Mas, como quase sempre ocorre, a fonte do nome veio da bíblia e lá podemos encontrar escrito assim: E fui a Tel-Abibe, aos do cativeiro, que moravam junto ao rio Quebar, e eu morava onde eles moravam; e fiquei ali sete dias, pasmado no meio deles Ez 3:15. Literalmente, o nome Tel Aviv, significa Colina de Primavera.

Arquitetura

Se nós brasileiros temos uma cidade planejada, Brasília, Tel Aviv também é. Pois ela foi planejada ainda no Mandato Britânico (1917-1948) pelo urbanista Patrick Geddes, que foi indicado pelo prefeito, Dizengof. Assim sendo, possui muitas alamedas, áreas verdes, calçadões. E seguindo esta linha de vanguarda na arquitetura, entre os anos de 1920 e 1940, Tel Aviv recebe grande influência do estilo BAUHAUS, que era uma escola alemã.

O estilo foi trazido por judeus alemães e a cidade conta com 4.000 edifícios neste estilo. Por isso que em 2003 Tel Aviv é tombada como patrimônio da humanidade pela Unesco. E recebe o título de Cidade Branca, devido ao estilo e cor dos prédios.

História antiga

Atualmente a cidade de Tel Aviv, se chama oficialmente Tel Aviv Yafo, isso porque Jope, é a cidade milenar de 4 mil anos de história, através de seu porto chegaram os egípcios, persas, gregos, romanos e até mesmo o ilustrissímo Napoleão Bonaparte em 1799. O porto de Jope era a porta de entrada de Israel na antiguidade e a partir daí adentravam o país.

O porto de Jope foi o palco da famosa estória mitológica grega da luta entre Perseu e o Titã para salvar a Andromeda. E para o cristianismo foi o lugar onde o Apostólo Pedro ficou hospedado na casa de Simão o Curtidor. A unificação de Jope com Tel Aviv se deu em 1950.

Declaração da independência

Embora Tel Aviv, nunca teria sido a capital de Israel, foi nela que ocorreu no dia 14.05.1948 a leitura da declaração. Isso ocorreu na casa do então prefeito Meyer Dizengoff e sua leitura foi feita por Ben Gurion. O maior motivo para que assim fosse, é porque o país já estava em guerra, e os caminhos para Jerusalém bloqueados. Na casa onde foi feita a declaração residência do então prefeito Meyer Dizengoff, é hoje a sala da Independência, que se transformou numa espécie de museu que conta e refaz aquele dia tão importante que marca o nascimento do Novo Estado de Israel.

A tribo de Dã

Em tempos bíblicos, Tel Aviv se situava dentro dos límites de assentamento da tribo de Dã, uma das doze tribos que formava Israel. Até os dias de hoje, o centro do país ao qual se encontra Tel Aviv, se chama Gush Dã. A empresa oficial de transporte coletivo se chama Dã.

Por isso que em um dia de passeio pela cidade, podemos unir o antigo ao moderno, começando pelo porto de Jope, a entrada do país, passeando pela história de conquistas, por religiões, culturas e tradições.

Por volta do meio-dia, saborear um falafel no Shuk Hacarmel, durante a tarde passear pelos edifícios Bauhaus, alugar uma bicicleta e passear pelas inúmeras ciclovias, e finalmente ao pôr do sol, desfrutar na promenade, ou calçadão da orla, ou quem sabe talvez um happy hour no Sarona Market, o novo mercado gastronômico de Tel Aviv. Nesse link você encontra mais sobre a culinária da terra santa.

Seja como for, será um dia como se diz na mais Tel Aviv das expressões, SABABA, ou seja, legal!

Shalom e até a próxima.

About The Author

Silvia

Shalom!
Paz, ou oi em hebraico! Meu nome é Silvia, sou paulistana de nascimento, e israelense de coração. Moro há 20 anos em Israel. Trabalho como guia turistica há 10 anos e tenho o prazer e a responsabilidade de desvendar a Terra Santa para todos que aqui chegam. Sou amante da Bíblia em todas suas formas, da História e da Literatura. Viver em Israel e conhecer um universo de culturas , tradições e crenças me fascina! Por isso te convido a saber mais aqui neste espaço. Todá Rabá (Obrigada!)
SILVIA

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