Se você fosse mudar de país para onde iria? Qual seria a sua escolha? Essas são perguntas que eu gosto de fazer em conversas com pessoas expatriadas. Acho que é um tema que nunca sai do nosso pensamento. Cidadãos de todo o mundo, quando planejam esse movimento de morar em outro país, certamente se questionam a respeito dessas questões.
Viver a experiência de “mochilar” ou expatriar é algo que enriquece a vida de quem a pratica e, assim, essa tem sido cada vez mais uma tendência, tanto entre famílias como entre jovens solteiros. Certamente experimentar outros países, conhecer novas culturas, vai além de “viajar”. Por isso convidei algumas mulheres que admiro – mulheres de personalidade forte que vivenciam a expatriação com plenitude – para me responderem a essa pergunta.
Andrea Paya, está na Irlanda
@deiapaya – Antes da opção pela Irlanda aparecer na minha vida, lembro que foi um país que nunca esteve na minha lista como um país para morar. No meu coração, só tinha a certeza de que eu sairia do Brasil e moraria fora. Mas quando o Universo colocou a chance de começar essa vida de expatriada na Irlanda, eu a abracei e amei a Ilha da Esmeralda. Hoje não está nos meus planos mudar de país, sinto que ainda tenho muito para conhecer e explorar nessas terras, entre história e cultura. Entretanto, não limito o Universo. Assim, se no meio da jornada, eu sentir que devo modificar meu plano e alterar a rota, eu faria sim, por que não?! Estou sempre aberta a novas oportunidades, que vibrem com minha energia e sonhos.
Luciana Barletta, mora nos Estados Unidos
@luBarletta – Sou expatriada há 19 anos e já vivi em quatro países diferentes: Iraque, Emirados Árabes, Haiti e atualmente Estados Unidos, onde já morei em seis ou sete estados. Se eu tivesse que escolher outro país para viver, viria para cá mesmo!
Reafirmo a minha escolha pela praticidade do país, pelo fato de que aqui “as coisas funcionam” , além da facilidade em encontrar tudo o que procuro. Isso sem falar das oportunidades de viajar de um estado para o outro. A comodidade e “desembaraço” para adquirir as coisas. Defeitos, todos os países têm, mas temos que focar nas coisas positivas. Gosto muito daqui, onde já estou há oito anos. Acredito que dificilmente eu vá mudar de país novamente.
Khennia, vive na Alemanha
@khennianaalemanha / @guiamunich – Apesar de viver na Alemanha há quase 20 anos e gostar daqui, um país que gostaria muito de viver seria a Inglaterra. Adoro Londres, uma cidade multicultural onde você pode ser quem você quiser, e ninguém vai se importar com isso. Sei que é um país com o custo de vida alto, mas seria uma experiência que eu adoraria viver. Todas as vezes em que estive lá me senti muito bem!
Além de Londres, eu poderia citar Portugal e Espanha. Seria um sonho morar perto do mar, e onde o custo de vida é bem mais acessível para mim.
Cler Faraone não quer sair da Australia
@clerfaraone – Escolher outro país para viver? Não, a Austrália continua no topo da minha lista! Vim para cá em 2005 como estudante com o objetivo de melhorar meu inglês. Morei em Sydney por um ano, e percebi o potencial econômico e e as oportunidades de emprego. Conheci meu marido durante o intercâmbio, mas tive que retornar ao Brasil onde fiquei por um período de cinco anos. Fiz faculdade e obtive experiências profissionais, só então migrei de vez para a Austrália, onde moro desde 2011.
Com as devidas qualificações e um visto que me autorizava a trabalhar, em poucas semanas tive uma oportunidade profissional, e daí para frente foi só progresso! Hoje tenho três filhos e uma carreira estável na área de Seguros. Aqui no país há muitas vagas de emprego, além de ser um país bastante seguro e multicultural – gente do mundo todo está aqui, e eu acho isso fantástico.
Iarema Araújo, de volta a Dubai
@iaremaaraujo – Vida de expatriada também tem fim e a gente começa a pensar onde quer morar “definitivamente “, independente do tempo que isso signifique. Sendo assim, nesse cenário, minha opção preferida seria Portugal, para ficar mais “próxima” dos meus filhos que moram na Suíça, Canadá e Emirados Árabes! O outro destino possível seria o Uruguai, país do meu marido e onde temos um cantinho no campo. Vamos decidir nosso destino até o final de 2023! Prometo contar pra vocês!
Maria Isabel Falcão, hoje em Portugal
@bellexpatriada – Eu voltaria a morar em um dos países onde já vivi e por uma razão muito particular: foi o primeiro país que me acolheu. Tenho doces lembranças… Foi lá que aprendi a ser forte, corajosa e independente. Foi lá que descobri a saudade de uma maneira totalmente diferente. Senti na pele o que é ser mãe longe da família! E isso doeu muito, mas ao mesmo tempo me fortaleceu demais. Senti falta até da briga das avós..hahahaha.
Além de tudo isso, tem o clima tropical que eu amo, escolas renomadas, qualidade de vida e, sem dúvida, um lugar onde fiz bons amigos. E apesar de estar localizado nos Estados Unidos, costumo dizer que é um lugar totalmente “à parte”, pois o que menos se escuta por lá são pessoas falando em inglês. Adivinhou? Estou falando de Miami, quem conhece não esquece jamais!
Leia também esta coletânea: Mudança de carreira na expatriação
Casada há 21 anos, 39 anos, Mãe da Zoe (5 anos) e do Hiram (9 anos). Ex bancária, formada em Contabilidade, ex-sócia e proprietária da empresa Brazil Country Boots, fui por 3 anos Travell Planer na agência de viagem hm miles and tour e atualmente estou em transição de carreira em Dublin na Irlanda.
Com experiência e memórias de 5 países onde morei e tenho na bagagem: Itália, Inglaterra, Austrália, Portugal e atualmente Irlanda. Venho compartilhar com vocês experiências de mãe para mãe e a vida de uma expatriada pelo mundo.
Respostas de 2
Kelly, adorei o texto! Lindo o depoimento da Bell e como a maioria, nao gostaria de mudar de pais. Vivo feliz na Italia
Ficou super legal o artigo Kelly, obrigado pelo convite 😉