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Como aprender um novo idioma

Última atualização do post:

Aprender um novo idioma
Aprendendo um novo idioma - foto Canva
  • O que é necessário para aprender um novo idioma?
  • Como as informações ficam guardadas na memória?
  • O que eu posso fazer então para melhorar minha memória e aprender mais?

Você já se fez essas perguntas?

Então vamos lá, prepare-se para aprender sobre o funciomanto cerebral e usá-lo a seu favor!

Neurociência

A neurociência estuda o sistema nervoso, formado pelo cérebro, medula espinhal e nervos periféricos, e as ligações dele com toda a fisiologia do corpo humano. O objetivo dos neurocientistas é portanto decifrar os comandos e as funções do cérebro, além das alterações que o órgão sofre no processo de envelhecimento humano.

Ela possui vários ramos de estudo, entre eles:

  • a neurociência comportamental e cognitiva, a qual pesquisa a relação do sistema nervoso com o comportamento humano e as funções cognitivas, envolvendo o estudo da memória, do raciocínio e do aprendizado;
  • a neuropedagogia, que estuda a relação entre o sistema nervoso e o processo de aprendizagem em diferentes fases da vida.

Com esses estudos, a neurociência descobriu três funções no cérebro ligadas à capacidade do aprendizado. Precisam portanto ser estimuladas desde cedo em crianças:

a) Memória de trabalho: capacidade de reter e acessar informações em curtos períodos. Desenvolvida a partir de experiências com uma sequência de ações.

b) Controle inibitório: capacidade de resistir a impulsos e distrações para manter a concentração.

c) Flexibilidade cognitiva: capacidade de reorganizar pensamentos e procedimentos para se adequar a diferentes contextos.

Além das funções cerebrais, a neurociência aponta que aprender modifica a estrutura física do cérebro, tornando-o mais funcional. O aprendizado só acontece, de fato, com a criação de memórias de longa duração. Que são resgatadas para encontrar soluções para os mais diferentes problemas.

A neurociência a nosso favor

A aprendizagem acontece quando a pessoa consegue resgatar uma memória e aplicá-la de forma inovadora e criativa na resolução de problemas. Ainda neste processo, a pessoa alinha os estudos à vivência, à imaginação e à necessidade de fazer diferença na sociedade e no mundo.

” Aprender significa criar memórias de longa duração”

Eric Kandel – neurocientista ganhador do Prêmio Nobel em 2006

Então à partir do momento que entramos em contato com algum estímulo externo, o cérebro passa a trabalhar de forma intensa para dar uma resposta. Essa resposta varia para cada pessoa, de acordo com a experiência cerebral de cada um e as nossas sensações tem uma responsabilidade primordial para o processamento de aprendizagem.

É aí então que entra o aprendizado de um novo idioma.

Pois quando estamos estimulados a aprender algo, quanto mais sentidos usarmos para esse aprendizado, melhor para o armazenamento das informações.

Imagine você chegando em um país, onde tudo é novo pra você: o idioma, as pessoas, os lugares, a cultura, enfim, tudo. Você precisa se comunicar e ¨sobreviver¨ nesse novo lugar. Então nesse momento entra uma sensação de impotência e, o que você faz? Começa a usar a neurociência a seu favor!!

Mas como fazer isso?

Para aprendermos algo, precisamos usar as diversas entradas sensoriais, através dos cinco sentidos; olfato, audição, tato, paladar e visão. Temos, também, pelo menos, mais 22 entradas sensoriais, responsáveis por estímulos externos e internos. O processamento sensorial passa por uma série de etapas, que são:

  • Sensação: captação dos estímulos do meio externo, recebido por algum dos nossos canais externos.
  • Percepção: as informações são segmentadas pelos canais sensoriais e organizadas de forma integrada.
  • Atenção: os estímulos podem ser escolhidos ou esquecidos, de acordo com os nossos níveis de atenção ou desatenção.
  • Memória: o estímulo pode ser fixado, retido, esquecido. Ou então, ser passível de evocação.
  • Linguagem: a partir disso, a representação do pensamento, dos sentimentos e da organização cerebral é convertida em atos motores ou ações.

Deu pra enteder?

Portanto explore seus sentidos, use e abuse deles, use sua imaginação para criar memórias de longa duração e, assim, conseguimos aprender algo novo.

“Quanto mais emoção tem uma situação, melhor ela será gravada e aprendida, criando significados positivos”

Solange Jacob, Diretora Pedagógica Nacional do Método SUPERA

Mapas mentais

Mapa mental é uma técnica de estudo criada no final da década de 1960 por Tony Buzan, um consultor inglês. Conhecido como um método de memorização que ajuda a aumentar o aprendizado. E criado com base no funcionamento do cérebro, que tem mais facilidade de organizar idéias de formas sistematizadas. 

Os mapas mentais procuram representar, com o máximo de detalhes possíveis, o relacionamento conceitual existente entre informações que normalmente estão fragmentadas. É um diagrama que permite que você organize ideias de forma simples e lógica, representando-as visualmente, facilitando assim o processo de memorização.

Ele começa com um tema central, que evolui através de linhas ou “ramos” relacionando os subtópicos do tema.

Aprender um novo idioma
Esquema de mapa mental – arquivo pessoal

Resumindo

  • Use e abuso dos seus 5 sentidos, pois eles podem te ajudar a memorizar e internalizar os novos conceitos.
  • Crie memórias de longa duração, através de coisas significativas: explore o novo país, faça amigos, tente conversar com as pessoas em qualquer lugar, no ponto de ônibus, com as mães na fila da escola, no supermercado… ou seja,, aproveite todos os momentos.
  • Assista filmes e ouça músicas no idioma alvo, isso facilita o aprendizado mas, não se esqueça de usar seus sentidos enquanto está fazendo isso.
  • Aproveite dos mapas mentais, quanto mais setas, cores e desenhos melhor para a memorização do assunto!!!

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Aline

Moro em Dublin, sou fonoaudióloga bilingue e praticamente do português como língua de herança. Trabalho há 25 anos com desenvolvimento infantil, nos aspectos cognitivos, motores, alfabetização, linguagem e fala. Ministro cursos sobre bilinguismo e presto assessoria a famílias expatriadas sobre fala e alfabetização.

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