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3 maiores dificuldades na vida de expatriada

Última atualização do post:

Dificuldades na vida de expatriada

Creio que não é possível fazer ideia do que é viver fora de seu país, sem passar por essa experiência. Eu, por exemplo, não tinha vislumbrado o tamanho real das dificuldades na vida de expatriada e estava idealizando de uma maneira mais romântica, mesmo sendo psicóloga. Como sempre digo, tenho as ferramentas, mas meu trabalho, incrementado com a experiência de vida, fica ainda mais sólido e consistente.

É claro, cada indivíduo lida com as situações de uma forma diferente, mas ao estar presente nos grupos de expatriadas, verifiquei que as questões são as mesmas. Diferenciadas pela intensidade, mas sempre direcionadas para os mesmos tipos de sentimentos e pensamentos. Me parece existir um padrão que podemos enxergar melhor por etapas.

Etapa 1 – Cultura diferente

Apresentação dos antigos costumes na praça central de Zagreb – Arquivo pessoal

Quando sabemos que vamos viver no exterior, procuramos mais informações sobre a cultura, a história e o jeito de vida do país, mas só se entende mesmo na experiência diária. Pelo menos foi assim comigo. Se por um lado existe uma magia em estar começando um novo ciclo, há também as dificuldades na vida de expatriada e, até, os equívocos que cometemos por não estarmos adaptadas e não sabermos como as coisas funcionam direito.

Dia a dia nos deparamos com grandes diferenças sociais, de comportamento, que podem ser difíceis de serem assimiladas nos levando a ter falta do nosso país de origem. Isso porque, querendo ou não, nos sentimos à parte de uma sociedade que não é a nossa, precisando de esforço para aprender os costumes e se adequar a eles.

Aqui na Croácia, por exemplo, o aperto de mão é muito mais utilizado do que os beijinhos no rosto como despedida, inclusive nos dates, como falei no meu último artigo.

Como esse costume é super habitual no Brasil, me sentia bastante invasiva quando, por impulso, me despedia das pessoas com beijos e abraços. Esse é um pequeno exemplo, mas que faz com que todos saibam que você não é daqui e isso incomoda.

Etapa 2 – Integração

Já falamos que estar em outra cultura, muitas vezes, é complicado. Imaginem integrar-se, fazer amigos, entrar em círculos sociais? Requer autoconfiança, determinação e, mais importante que tudo, aceitação de que você é mesmo uma estrangeira e que nunca será um deles, mas que tem muito a oferecer, basta ser paciente e leve consigo mesma.

Na maioria dos casos também envolve falar outro idioma e, mesmo que você já saiba, nunca é a mesma coisa que um local falando. Mais difícil ainda, quando é um idioma totalmente desconhecido como o meu aqui. Eles falam o inglês mas, diversas vezes, me senti péssima, completamente alheia, numa roda onde todos falavam croata. Sua integração será muito melhor ao dominar o idioma local por mais receptivo que o povo seja.

Como nós, brasileiros, precisamos muito deste entorno social, acabamos procurando outros conterrâneos, o que pode ser maravilhoso, mas, também, um pouco limitador se queremos ampliar nossos horizontes na sociedade onde moramos. Podemos acabar nos fechando nos grupos brasileiros e não dando chances para outros círculos de amigos.

O ideal é você se sentir fortalecida com seu núcleo brasileiro, mas se aventurar em cursos, aulas, eventos onde possa interagir com os locais. Eu sempre busco coisas legais pela Europa no https://www.maiseuropa.com.br/p/7/eventos-shows/ .

É preciso deixar o receio de lado e tentar montar uma rotina onde possa conhecer pessoas. Não esqueça que você está montando uma nova vida. Mesmo quando se é mulher de expatriado, você precisará ter sua própria vida certo?

Etapa 3 – Apaziguando saudades

Por fim, mas não necessariamente nesta ordem, viver fora requer uma extrema habilidade de aplacar as saudades das sua origens. Não é todo dia que eu, particularmente, passo por isso, mas tem uns momentos que são bem dolorosos. Não estar presente em uma data importante, poder abraçar quem você ama, sentir falta das comidas, dos amigos.

Para muitas de nós isso é tão doloroso que pode virar uma eterna lamentação e, por isso, de novo, falo na aceitação. É preciso aceitar que estamos distantes e que, pelo menos nesse momento, não retornaremos.

Aceitando, você arrumará maneiras de apaziguar as saudades. Não se deixe abater por muitos dias e busque olhar para frente com otimismo, lembrando sempre das várias coisas boas que seu novo país pode trazer.

Zagreb e Rio na minha janela – Arquico pessoal

Nossas origens estarão sempre dentro de nós. Se pararmos para pensar nas dificuldades na vida de expatriada x o bom retorno, no geral, a experiência soma e não subtrai. É um movimento valioso de aprendizado e experiência de vida e, por mais momentos difíceis que possamos ter, eu amo esta possibilidade e me abro para ela. Hoje consigo somar minha essência carioca com meu amor por Zagreb.

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Renata Castro

Psicóloga clínica, especializada em Terapia Cognitiva Comportamental, carioca, mãe de 2 amores de 4 patas. Deixei meu consultório no Rio de Janeiro e vim morar na Capital da Croácia, Zagreb. Hoje atuo com atendimentos online.

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