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As bibliotecas ajudam muito a vida de quem mora fora

Última atualização do post:

Como as bibliotecas e seus serviços podem ajudar os expatriados na adaptação e convivência em seu novo país?
Os livros ampliam nossos horizontes internos. Imagem: Arquivo Pessoal

Sou apaixonada por bibliotecas, livrarias e óbvio, por livros. E você?! Para mim os livros são a possibilidade de vivermos outras vidas, outros tempos, outros lugares. Além disso, eles nos inspiram, entretêm, estimulam nossa imaginação e criatividade. Com eles adquirimos conhecimento, nos enriquecemos culturalmente, entendemos mais sobre o mundo e sobre nós mesmos. Os livros podem ampliar nossos horizontes internos sem sairmos de onde estamos. Assim, fazemos viagens através das palavras. 

Quando nos mudamos para um novo lugar, estamos iniciando um novo capítulo de nossa história. Ao chegarmos, buscamos por recursos que facilitem a nossa transição e adaptação. Decerto, as bibliotecas sempre foram uma das fontes primárias de informação para meus novos ciclos. Nelas estão disponíveis recursos socioculturais úteis para o entendimento da história e da realidade do local onde moramos.

Ademais, as bibliotecas são órgãos importantíssimos para suas comunidades. Elas não se limitam apenas ao circular de livros, mas são espaços de convivência, estudo, aprendizado, pesquisa, leitura, fomento à cultura e troca de saberes da comunidade. Além disso, algumas delas disponibilizam recursos como: livros, Internet, meios de impressão e programas de formação educacional e profissional.

Certamente, um simples ranking com os livros mais lidos pode nos dizer muito sobre o perfil e interesses dos leitores que moram em sua vizinhança.

Biblioteca em Miami

Morei com minha família em Aventura, Flórida. Foi lá que voltei a frequentar a biblioteca. Encontrei muito mais que livros…, encontrei um ambiente acolhedor e convidativo onde eu podia passar horas. 

Ademais, as crianças se entretinham na colorida área dedicada a elas, que incluía jogos e ferramentas que auxiliavam nas tarefas escolares. Portanto, para meus filhos era também uma área de socialização.

Além disso, a biblioteca disponibilizava gratuitamente aos residentes da região tickets de museus e outras atrações. Ofereciam também ateliês de artes, grupos de leitura e teatro. Certamente o funcionamento era muito conveniente, inclusive com a devolução de materiais emprestados em sistema drive-in.

Diante disso, me tornei voluntária na biblioteca da escola pública onde meu filho estudava. Pois, além de poder ajudar, pratiquei meu inglês, aprendi mais sobre as obras da literatura inglesa, sobre o sistema educacional, o funcionamento geral da escola, conheci funcionários e fiz amigos. 

A Médiathèque de Paris

Escondidinha em Neuilly-sur-seine estava a Médiathèque. Algumas de minhas primeiras interações em francês aconteceram nessa biblioteca. Sem dúvida foi desafiador fazer minha inscrição para obter meu cartão de acesso, mas deu tudo certo no final. Aprendi sobre o empréstimo de materiais, as regras gerais e passei a usufruir daquele novo mundo. 

Com a programação em mãos, inscrevi meus filhos em várias oficinas de atividades infantis. Assim, além dos benefícios do convívio com outras crianças, aprendiam sempre algo novo e tinham a oportunidade de fazerem amigos, praticarem a nova língua e expandirem o vocabulário. 

Inegavelmente, as bibliotecas de Paris são patrimônios culturais envolvidos por  construções arquitetônicas impressionantes e, ao visitá-las, fazemos verdadeiras viagens no tempo. Uma das mais belas bibliotecas de Paris encontra-se ao lado do Pantheon. É a biblioteca Sainte-Geneviève. Talvez você já tenha visto seu interior nas cenas gravadas para o filme “A invenção de Hugo Cabret”.

Ela está localizada no Quartier Latin, bairro onde foi fundada a Universidade Sorbonne. Nesse bairro intelectual de Paris, encontram-se dezenas de livrarias e todas expõem seus livros pelas belas calçadas. Entretanto, em minha última visita, percebi que algumas infelizmente haviam sido fechadas.

É também no Quartier Latin que se encontra a famosa livraria de Paris, Shakespeare and Company. Ela não só recebe turistas do mundo todo como também abriga alguns exemplares raros de livros famosos. Além disso, foi cenário de vários filmes, entre eles: Meia noite em Paris e Julie & Julia.

A pequena biblioteca de Londres

A pequena biblioteca de dois andares em St John’s Wood era minha parada obrigatória e quase diária. Ela fica próxima à High Street, que é o nome dado à rua principal de comércio de cada bairro de Londres, onde podemos encontrar quase todos os serviços e comércios essenciais. 

Na calçada, há caixas e caixas de livros usados e à venda por valores irrisórios. Sem dúvida impossível passear e não passar os olhos pelas capas dos livros. Uma sala dessa biblioteca era dedicada às crianças e recebia autores, educadores e voluntários, com a intenção de trazer as crianças para o maravilhoso mundo da leitura. Além disso, cursos de computação, grupos de leitura e conversação eram mais algumas das atividades oferecidas à comunidade.

Os murais da biblioteca exibiam não apenas anúncios de eventos, como também de trabalho e serviços oferecidos pela comunidade.

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Biblioteca de St John’s Wood em Londres – Imagem: Arquivo Pessoal

Poderosa biblioteca de Washington DC

Hoje a biblioteca que utilizo fica em Chevy Chase. Não está entre as maiores ou as mais modernas de Washington, mas é muito conveniente e funcional. Ela teve papel imenso em minha vida durante a pandemia. Esteve fechada, porém, manteve possível a solicitação de livros online. Aguns dias após o pedido, o livro ficava disponível para retirada, já separado em meu nome.

Da mesma forma, já utilizei os computadores dessa biblioteca para concluir o livro que escrevi. 

Uma curiosidade: a maior biblioteca dos Estados Unidos fica aqui em Washington. É a Biblioteca do Congresso, com mais de 150 milhões de itens em seu acervo. Alguns rankings a colocam também como a maior biblioteca do mundo. Localiza-se no Mall, bem atrás do Capitólio. Nela se pode visitar inclusive a biblioteca pessoal de Thomas Jefferson.

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Biblioteca do Congresso em Washington, DC – Imagem: Arquivo pessoal

Como a biblioteca pode ajudar o expatriado

Frequentar a biblioteca do lugar onde moramos é uma forma de participarmos da comunidade local. Pois assim, podemos conhecer pessoas, nos informar sobre eventos e festividades e participar de atividades educacionais e profissionais. Contudo, não deixe de conferir se existem clubes de xadrez, aulas de crochê, coding, apresentações culturais e meditação. Algumas oferecem serviços com tutores de idiomas, clubes de leitura, salas de estudo e encontros, bem como de impressão de materiais, e possuem até podcast. Você pode se surpreender com as possibilidades que uma biblioteca pode te oferecer.

Normalmente as bibliotecas são de fácil acesso. A inscrição geralmente se faz com a apresentação de um documento de identificação e comprovante de residência. Se você ainda não teve a oportunidade de explorar a biblioteca mais próxima de seu bairro, não perca a chance! Utilize-a como ferramenta para estreitar distâncias entre você e sua nova comunidade e ainda expandir seu repertório pessoal.

Sou muito grata às bibliotecas e bibliotecários que conheci. Eles foram verdadeiros portais de acesso à nova comunidade e à cultura; e me trouxeram pertencimento e segurança.

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Meu livro “Os olhos claros do pássaro” – Imagem: Arquivo Pessoal

Livros em Português

Mesmo dominando outra língua, ler um livro em português nos transporta para mais perto de nossas raízes. Eles podem ser companhia, abrandar saudades e nos reconectar com a nossa cultura. Infelizmente o número de livros em português ainda é pequeno em muitas das bibliotecas fora do Brasil.

Sendo assim, utilizar plataformas digitais ou trazer os livros nas malas a cada visita ao Brasil pode ser a solução. No meu caso, ter um irmão livreiro, me ajuda muito. 

Os livros sobre expatriação não existem em número expressivo. Publiquei um livro sobre como o viver fora nos transforma por dentro. Foi possível publicá-lo e disponibilizá-lo em papel e digitalmente por todo o mundo e no Brasil (mesmo morando nos Estados Unidos), e sem custo. Ele se tornou uma ponte de reconexão com as pessoas de quem tanto sinto saudades. Se quiser mais informações, me contate no Instagram.

Agora me conte: você também já utilizou os serviços oferecidos na biblioteca do lugar onde foi morar como ponte para adaptação? Quais os serviços já utilizou? Como foi a experiência? Como é a biblioteca do lugar onde você mora?

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Valeria Macedo

Meu nome é Valéria Macedo. Sou uma geminiana que ama aprender. Já fui analista de sistemas, cirurgiã-dentista e hoje estou escritora. Expatriada desde 2013. Morei em Miami, Paris, Londres e hoje estou em Washington DC. Sou apaixonada por natureza, yoga e a aprender e me reinventar. Tenho dois filhos, o Tom e a Maitê. Escrevi o livro “Os olhos claros do pássaro”. Nele narro minhas experiências como expatriada e como cada lugar em que fiz morada me ofereceu respostas sobre quem sou. O meu instagram é @valeriamacedoescrita. Em meu perfil partilho reflexões e imagens da minha história que é a história de tantas de nós. Obrigada!

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