Ao chegar em Portugal ainda trabalhava na minha área de formação, o Direito. Mas, após ter saído da empresa brasileira onde trabalhava, acabei por me sentir só e sem conexões importantes no meu novo lar. A partir de então, muitas pessoas me perguntavam: “por que você não procura um trabalho em Portugal na sua área de formação?”. Ou: “por que você decidiu voltar a ensinar inglês depois de tantos anos trabalhando como tradutora?”
A verdade é que minha identificação sempre foi com o inglês e investi muito nessa área. Sendo assim, a minha decisão de voltar a dar aulas tem tudo a ver com a minha jornada pessoal e com a experiência de estar distante do meu país, no processo de adaptação a um novo lugar.
Em Portugal, apesar de não haver uma barreira linguística, me sentia sempre muito sozinha. A adaptação a um novo país envolve aprender sobre a cultura e os costumes, e mesmo estando perto fisicamente das pessoas, sentia dificuldade em fazer novas amizades. Foi então que me dei conta de que o inglês poderia ser uma ponte poderosa de comunicação para me ajudar nesse processo.
Comecei a repensar minha trajetória e analisei o quanto me sentia sozinha realizando meu trabalho como tradutora juramentada no Brasil. Era uma forma de manter o contato com o inglês, porém apenas na forma escrita. Passava o dia na frente do computador. Faltava uma conexão real, uma troca humana. E eu, que sempre fui uma pessoa extremamente comunicativa, estava começando até a ficar tímida.
Auxiliando as pessoas a destravarem a língua e estabelecerem conexões
Foi aí que ressurgiu a vontade de voltar a ensinar inglês, pois sentia mesmo vontade de me comunicar com outras pessoas, buscar conexões e, ao mesmo tempo, ajudá-las a aprender e a praticar o idioma que eu sempre amei desde pequena. Sei que no Brasil existe uma exposição ainda muito pequena ao idioma e que as pessoas sentem muita falta da conversação em inglês. E como existem muitos brasileiros em Portugal, percebi que aqui as pessoas também poderiam precisar de mim como professora de inglês.
Ao iniciar um Clube de Conversação online, constatei que estava certa. As pessoas aqui também precisavam de uma forcinha para destravar a língua, pois muitas pessoas têm o conhecimento teórico, mas como não praticam terminam ficando inseguras para falar. E como tenho muita experiência com aulas de conversação, vejo resultados positivos em cada sessão e consigo despertar o desejo de “quero mais” nas pessoas para aprenderem ainda mais inglês. Nessas interações faço novas amizades e já não me sinto mais sozinha.
Como o inglês pode ajudar as expatriadas a estabelecerem conexões
Acima de tudo, o inglês não é só uma língua estrangeira – ele é um passaporte para oportunidades, uma ferramenta de integração, e uma forma de vencer barreiras e estabelecer conexões valiosas. Quando você fala inglês, as possibilidades de interação e comunicação com pessoas de diferentes partes do mundo se expandem imensamente. E para quem vive fora do seu país de origem, como eu, o inglês se torna um aliado importante, não só no trabalho, mas também nas relações pessoais e culturais.
Além disso, muitas vezes preciso usar o inglês em Portugal para conversar com pessoas que não falam português, em especial clientes de tradução que vêm de outros transmitir para os meus alunos. Em outras palavras, passar confiança de usar o inglês não apenas como uma ferramenta de trabalho, mas como uma forma de construir novas pontes de amizade, negócios e aprendizado.
O que eu aprendi ao ensinar inglês?
Ao longo dessa jornada, percebi que ensinar inglês é muito mais do que ensinar um idioma. Em suma, é, acima de tudo, sobre ajudar pessoas a superarem o medo de se expressarem, a perderem a vergonha de falar e a se comunicarem de maneira mais confiante.
Cada aula é uma oportunidade de ver meus alunos se desenvolverem. Desde aqueles que mal sabiam como se apresentar em inglês até os que hoje conseguem conversar sobre os mais variados assuntos, com confiança e fluência, até mesmo morando e trabalhando em outros países.
Sem dúvida, uma das coisas que mais trava os alunos é o medo de errar. Eu também já fui aluna de inglês e já estive nessa posição, mas entendi que a ideia de falar tudo certo me atrapalhava. Por outro lado, enquanto eu estava preocupada com a opinião dos outros, os estrangeiros com quem eu tinha oportunidade de falar só elogiavam o meu inglês. Se eu cometia erros? Claro que sim. E ainda cometo, assim como os nativos de língua inglesa também erram e está tudo bem. O importante é se permitir falar, ainda que com erros. Sempre enfatizo que o importante é conseguir se comunicar.
Resultados positivos para os alunos através das minhas técnicas de ensino:
Lembro de uma aluna que, no início, não conseguia entender as palestras dos congressos de medicina que ia assistir no exterior e tinha medo de falar em inglês. Ela sempre dizia: “Tenho sempre que usar os headphones para ouvir a tradução, não consigo entender quase nada em inglês”. Depois de algum tempo de aula focada na conversação e em um ambiente seguro de aprendizado, ela começou a se sentir mais à vontade e passou a entender. E, adivinha? Agora já não usa mais os headphones com tradução nos congressos e se sente confiante para falar, ainda que cometa alguns erros ou fale um pouco devagar. Isso foi um marco para ela – e para mim também. Não há sensação melhor do que ver um aluno ganhar confiança!
Estabelecer conexões através da possibilidade de comunicação é algo poderoso e eu sou grata todos os dias por poder ajudar pessoas a aprenderem inglês e a se conectarem com o mundo de uma forma mais plena e verdadeira. Você pode acessar mais informações lendo aqui.
Dicas práticas para quem quer melhorar a conversação em inglês:
Antes de mais nada: pratique o máximo possível, não importa onde você esteja – falar consigo mesmo(a), cantar músicas em inglês, assistir a vídeos, séries ou filmes no idioma. Qualquer forma de exposição ao inglês vai ajudar.
E, sobretudo, não se cobre tanto! Ninguém precisa falar um idioma perfeitamente. O importante é conseguir se comunicar, e isso acontece com a prática constante.
Além disso, crie uma rotina de estudos. Não precisa estudar por horas seguidas. Dedique, portanto, alguns minutos do seu dia para aprender novas palavras, revisar frases ou praticar um pouco da conversação. A regularidade é mais importante do que a quantidade. Estabeleça um horário para o inglês e cumpra como se fosse uma atividade do seu cotidiano que você não deve deixar de fazer, como tomar banho ou escovar os dentes.
Outra dica: Leia artigos, revistas ou livros em inglês para ir se acostumando à forma como as pessoas de língua inglesa pensam e como escrevem. Certamente isso vai te ajudar a falar melhor e a ganhar mais vocabulário. Não precisa se preocupar em entender todas as palavras, apenas leia e tente entender pelo contexto.
Converse, converse, converse! – A conversação é a maneira mais rápida de aprender e ganhar confiança. Se não tiver com quem praticar, faça-o com você mesmo(a)! O espelho ou gravações no celular são excelentes para treinar a fala. Procure grupos de conversação como o meu Conversation Club, onde temos sessões para praticar o inglês com outras pessoas que também estão aprendendo como você.
Do ponto de partida ao progresso. Nunca é tarde para começar ou recomeçar a estudar.
Celebre cada conquista. Cada passo que você dá no seu aprendizado merece ser comemorado! O progresso, por menor que pareça, já é um grande avanço. Costumava dizer que a prática levava à perfeição, hoje prefiro dizer que a prática leva ao progresso.
Hoje, ao olhar para trás, vejo que minha decisão de investir no inglês foi uma das mais acertadas da minha vida. Não só porque me permite continuar a trabalhar com algo que amo, mas também porque posso ajudar outras pessoas a romperem suas próprias barreiras de comunicação, assim como fiz comigo mesma.
Se você também sente que precisa de mais confiança para falar inglês, estou aqui para te apoiar. Podemos superar as dificuldades, aumentar seu vocabulário e melhorar a sua fluência! Vamos juntos nessa jornada de aprendizado?
Pode me procurar no meu instagram. Para me conhecerem melhor, só clicar aqui.
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