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As diferenças entre o português e o “brasileiro”

Última atualização do post:

Recomeçando a vida em Portugal - Imagem: arquivo Pessoal
Recomeçando a vida em Portugal - Imagem: arquivo Pessoal

Sim, existem diferenças entre o português falado em Portugal e o “brasileiro” (português do Brasil)! Quando meu marido e eu decidimos nos mudar para Portugal com nossos filhos, pensei que não teríamos problema de adaptação pois falamos a mesma língua.  Ao chegar aqui, me deparei com uma língua bem diferente da minha, não apenas pelo sotaque, mas pelo uso de várias palavras e expressões que eu não conhecia.  Descobri que o português de Portugal é bastante diferente do português falado no Brasil, inclusive os portugueses se referem à nossa língua como o “brasileiro”. 

Já tinha vindo à Portugal outras vezes, mas foi morando aqui que essas diferenças ficaram ainda mais acentuadas.  No início sentia até medo de fazer um telefonema, pois muitas vezes não entendia bem o que diziam. Achei curioso sentir dificuldade aqui, pois quando passei uns meses nos EUA, em ocasiões diferentes, passeando ou estudando e aperfeiçoando meu inglês, não senti isso. E olhe que, naquelas ocasiões, o idioma e cultura eram realmente muito diferentes.

Assim como o inglês dos EUA é diferente do inglês da Inglaterra, o francês da França diferente do francês do Canadá, morando em Portugal, descobri que o português falado aqui é bem diferente do nosso português – aquele brasileiro falado no Brasil. 

A falta da rede de apoio

Sinto-me muitas vezes como se estivesse fazendo um intercâmbio em Portugal, onde aparentemente não deveria existir uma barreira linguística, apenas cultural. Mas, como já contei, essa barreira existe.

No início, aqui em Portugal, senti dificuldades em fazer amizades. Curiosamente, foi só quando meu marido teve um problema sério de saúde e precisou passar por uma cirurgia, que acabei por fazer minhas primeiras e grandes amizades com portuguesas. Entretanto, muitas vezes saía com elas e ainda não entendia tudo o que diziam.

Imagina ter seu marido hospitalizado, sem saber se ele iria sobreviver, e você estar completamente sozinha para dar conta de tudo em um país diferente. Além disso, com seus filhos te perguntando pelo pai, se ia ficar tudo bem, com saudades dele; e eu também preocupada e sem saber como seria, caso algo viesse a dar errado…

Encontrei novas amizades, apesar das diferenças entre nossas línguas – português e “brasileiro”

Como eu estava muito preocupada, acabei comentando com a mãe de um dos amiguinhos da minha filha, o que estava acontecendo. Na mesma hora, ela disse que iria entrar em contato com outros pais e mães da turma para ver se alguém poderia ajudar de alguma forma. Assim, em meio à sua empatia, conheci duas outras mães da turma da minha filha. Elas foram muito humanas e, apesar de nem me conhecerem, se desdobram em atenção para me ajudar. 

Quando eu menos esperava, fiz novas amigas – Imagem: Arquivo Pessoal

Desde então, formamos um quarteto especial que batizamos de Pequenitos. Somos amigas mães. Apesar de ocupadas com o dia a dia, com o cuidado com nossos filhos, casa e marido, sempre arrumamos tempo para tomar um café e jogar conversa fora. Ter uma rede de apoio e amizades sinceras por si só já não tem preço; estando em outro país, dispensa quaisquer comentários.

Adoro conviver com elas e aprender sobre os costumes locais. Sem falar que me divirto muito com nossas conversas e já me sinto em casa por causa delas. Atualmente, já não me foco mais nas diferenças entre o português delas e o meu “brasileiro”. O que conta é nossa amizade. Recentemente aumentamos o convívio do nosso grupo convidando as outras mães da turma para participarem de jantares e sinto-me privilegiada e acolhida por ter um grupo tão especial por perto.

Para saber como conhecer pessoas e se integrar no novo pais , leia aqui.

O trabalho no processo de integração ao novo país

Ao chegar aqui, trabalhava remotamente para uma empresa no Brasil, na área de Proteção de dados pessoais. Além de professora de inglês e tradutora juramentada, também sou advogada. Por isso, eu passava horas falando com brasileiros e mal saía de casa. Já estou aqui há quase três anos e só recentemente, ao sair desse trabalho, foi que me senti mergulhando no idioma português de Portugal.

Recentemente meu marido e seu sócio abriram uma unidade de fisioterapia chamada Diamagnética, localizada em Matosinhos, que utiliza máquinas de tecnologia suíça de terapia diamagnética para o tratamento dos mais diversos tipos de dores e lesões (@diamagneticaportugal). Resolvi abraçar esse projeto com eles e agora venho me comunicando cada vez mais com portugueses e finalmente me adaptando ao modo como eles falam.

Novos trabalhos, novas perspectivas

A terapia diamagnética é um método terapêutico não invasivo e indolor que utiliza campos magnéticos de alta intensidade e baixa frequência, promovendo a readaptação celular e respostas fisiológicas positivas. O tratamento com a terapia magnética é capaz de reduzir consideravelmente os tempos de tratamento e melhorar de forma notável a qualidade de vida dos pacientes.

Além do projeto da Diamagnética, voltei a trabalhar com o inglês que sempre foi a minha paixão.
Iniciei um perfil no Instagram (@lorenatradutora) e estou montando um curso online de inglês que
será ensinado por mim de forma bastante didática, contextualizando gramática e vocabulário em
situações reais do dia a dia. Estou muito animada!

Em Portugal não existe a figura do tradutor juramentado. Aqui, quando se precisa traduzir um documento oficial, para ter validade no exterior onde o documento será apresentado, o tradutor que realizar a tradução terá que assumir um compromisso perante um notário. Assumirá então que traduziu fielmente o documento que lhe foi apresentado. E é o notário quem confere fé de ofício ao documento. Sendo assim, tanto o tradutor quanto o notário assinarão a tradução, para que a mesma possa produzir seus efeitos legais. Esse tipo de tradução aqui se chama tradução certificada. Sendo assim, também faz parte dos meus planos voltar a traduzir documentos oficiais por aqui em Portugal também.

Mudar não é fácil mas os amigos e o trabalho podem te ajudar na adaptação

Não é fácil abrir mão do nosso país e começar de novo praticamente do zero. Só eu sei o quanto
foi difícil conciliar trabalho e família vivendo e trabalhando em dois fusos horários diferentes,
criando dois filhos pequenos, sem o suporte da família que ficou no Brasil, mas apesar das
dificuldades tem valido muito a pena.

Espero poder continuar trilhando esse caminho tão lindo do idioma inglês, seja traduzindo ou
ensinando. É muito gratificante ajudar outras pessoas a realizarem seus sonhos.

Por isso, se você ainda está por vir, ou já está “cá”, mas ainda não “percebe” tudo que te dizem,
tenha calma, “pá”! Aos poucos você chega lá. E lembre-se, além do português, saber bem o inglês
aqui faz uma grande diferença.

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