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Dezembro: mês mágico! – Natal na Suécia

Última atualização do post:

Dezembro: mês mágico
Coroa de advento - Foto Canva Pro

Dezembro é considerado o mês mágico em torno no mundo. Na Suécia não é diferente. E digo mais, as celebrações para chegada do mês podem até começar no final de novembro. Eu vou explicar um pouco mais.

Durante esse período todas as celebrações estão relacionados ao Natal. A primeira é o domingo do primeiro advento.

O primeiro domingo do advento ou o primeiro advento é o primeiro dia do ano eclesiástico. O feriado é o quarto domingo antes do dia de Natal, ou seja, o domingo que cai entre 27 de novembro e 3 de dezembro.

Suas raízes históricas têm a celebração no jejum do advento, um período que refletia o jejum pascal. Tradicionalmente na igreja, nesta época do ano é um tempo de jejum, preparação e espera pela celebração do nascimento de Jesus no Natal.

Durante o século 20, as pessoas na Suécia, começaram a usar castiçais especiais com uma vela para cada domingo do advento.

Dia da Santa Luzia

No dia 13 de dezembro, tem outra celebração muito importante: Dia de Santa Luzia e dia dos pães Lussekatter.

Luzia é um feriado que tem suas origens na fé cristã. Ela era uma virgem cristã italiana de Siracusa, que morreu em 304. O nome Luzia ou Lúcia vem do latim lux, que significa luz.

A celebração da Lúcia de hoje é uma tradição moderna sueca, que se tornou popular no início do século 20, reproduzindo o costume do século XVII da noiva vestida de branco carregando velas.

Hoje em dia existem várias competições onde alguém poderá ser eleito para interpretar a Santa Luzia. É muito comum também ver corais nas ruas, igrejas e nas escolas com jovens e crianças vestidos de Santa Luzia com uma coroa de velas na cabeça.

Dezembro: mês mágico
Luzia – foto Canva

E, porque a coroa de velas?

Bom, acredita-se que a tradição começou na mansão de Horn na parte mais alta da cidade de Skövde em 1764. A santa Luzia da mansão tinha asas de anjo e carregava castiçais.

Os pães Lussekatter tem a ver com a santa?

Originalmente não. Na verdade os pães surgiram na Alemanha do século XVII. A lenda diz que o diabo apareceu na forma de um gato para bater nas crianças malvadas, enquanto Jesus na forma de uma criança distribuía pãezinhos para crianças amáveis. Assim, os pães, muitas vezes na forma de cruzes de sol com cores vibrantes, eram assados para manter o diabo, Lúcifer, afastado.

No entanto, existe uma etimologia folclórica antiga em que Lúcia é associada a Lúcifer devido à semelhança de sons entre os nomes. E ambos nomes significam: luz.

Mas, calma gente! Lúcifer antes de cair do céu, foi um anjo e por isso o significado do seu nome.

Até aqui já temos 5 celebrações: 4 para os domingos do Advento e 1 para Luzia. Já a celebração do Natal em si, acontece como no Brasil: no dia 24, véspera de Natal.

Comidas e bebidas tradicionais de Natal

A família se reúne já bem cedo no café da manhã e passa o dia todo entre comilanças, brincadeiras e programas de televisão.

A comilança já começa no horário de almoço, aqui na Suécia não tem essa de esperar até de noite, não. Pois a quantidade de comida feita é o suficiente para repetir durante o dia todo e até sobra.

Diferente do Brasil, a estrela da ceia é o presunto e não o peru. Aliás, o peru nem faz parte da ceia sueca. O arroz doce ou mingau de arroz também faz parte da culinária natalina, e tem até lenda do arroz doce. Segundo o folclore sueco, um prato de arroz doce com uma pitada de manteiga dever ser colocado no quintal da sua casa na véspera de Natal para manter o Gnomo de Jardim de bom humor. Se o favor for negligenciado, a vingança será severa. Dizem que um fazendeiro esqueceu e o gnominho fez questão de fazer as vaquinhas do fazendeiro se perderem no pasto. Então é melhor não arriscar né?

Deixando as comidas de lado e falando em bebidas, os suecos tem 2 bebidas natalinas muito diferentes e saborosas: o Julmust e o Glögg. Julmust seria algo parecido com uma coca-cola com condimentos (cravo, canela, gengibre) e o Glögg seria um vinho quente ou quentão também com condimentos. A mistura é bem interessante e o sabor é muito agradável.

É muito comum o uso de árvore natural, embora também seja usado artificial. Nas cidades de interior, muitas famílias escolhem sua árvore direto da natureza, claro que respeitando as normas de proteção.

Dezembro: mês mágico
Ceia de Natal – arquivo pessoal

Amigo secreto

Os suecos têm também uma versão própria do “amigo secreto”, porém funciona de forma diferente. Cada pessoa tem que contribuir com um presente, o presente tem que ser algo inusitado (algo engraçado, barato e inésperado), os presentes são posicionados no centro e as pessoas que vão competir ao redor. Mas aqui você não escolhe a pessoa, a sorte é quem te escolhe. A regra é jogar os dados (são 2) e se tirar o mesmo número nos dois dados você pode escolher um presente, até acabarem todos. Se você tiver sorte, poderá pegar vários presentes e quem não tem sorte, sairá de mãos vazias. Entretando, o sem sorte, pode ser o sortudo. Uma vez eu tirei uma chave de fenda. “Ninguém merece!”.

No final da tarde, a tradição é assistir filmes e programas de Natal juntos. Os mais populares são os desenhos do Pato Donald e Karl Bertil Jonsson, o Robin Wood sueco. Nesta tradição também inclui assisitir diversos filmes de comédia natalina, como por exemplo, “Tomte är far till alla barn” – O papai Noel é pai de todas as crianças. Vale muito a pena ver e vai render muitas gargalhadas.

Passando o Natal as pessoas se preparam para a virada de ano e mais uma celebração de alegria. Eu não poderia concordar menos com a afirmação sobre o mês de dezembro. Dezembro é mágico!

Se você quiser saber mais sobre tradições suecas e outras curiosidades, visite a minha página de instagram: @euscheilla (https://instagram.com/euscheilla) e meu canal no youtube (https://youtube.com/c/scheilla).

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Picture of Scheilla Ribeiro

Scheilla Ribeiro

Meu nome é Scheilla e sou natural de Salvador na Bahia. Em 2008 vim como intercambista à Estocolmo capital da Suécia. Após o término do período de intercâmbio, eu entrei para a universidade de Estocolmo, pela qual iniciei os estudos de Física com ênfase em Astronomia (Bacharelado). Faltando um ano para terminar, decidi trancar e tentar outra carreira (levando em consideração as circunstâncias em relação ao mercado de trabalho). Me formei em Desenvolvimento de Web e Gerenciamento de negócios na área de TI, porém nunca consegui esquecer minha paixão pelo universo e o sonho de me tornar astrônoma (quem sabe em futuro próximo?). Contudo, o corona não só afetou a saúde de muita gente, como também a economia e a carreira. A empresa em que eu trabalhava teve que deixar muita gente sair, inclusive eu. Para aproveitar meu tempo de forma útil, me conhecer melhor e explorar minha criatividade de forma a que venha favorecer o bem comunitário, estou dedicando meu tempo a tornar mais acessíveis as informações sobre a Suécia, publicando artigos constantemente dentro do Diário de uma Expatriada, compartilhando sugestões de livros no Instagram, vídeos peculiares no Youtube, escrevendo meu próprio livro e dividindo (em lives no Instagram) as experiências de pessoas incríveis. Bem-vindos ao meu mundo!

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