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Entrevista: Adriana Minhoto – Projeto Kolibrí

Última atualização do post:

Festival Kolibri

Confira agora nossa entrevista com Adriana Minhoto, gerente de comunicação do Projeto Kolibrí. Ela nos contará um pouco sobre esse maravilhoso festival infanto juvenil realizado na Finlândia.

ST: Conte um pouco sobre você?

Tenho 33 anos, sou de São Paulo, jornalista de formação e moro há 6 anos na Finlândia com meu marido .

ST: Fale um pouco sobre projeto Kolibrí?

O Kolibrí é um festival infantil e juvenil, artístico e multicultural, para toda a família. É realizado todo outono e conta com oficinas, dança, música, ciência, literatura, exibições, performances e muita diversão. O Kolibrí é gratuito, não existem barreiras linguísticas e além disso é único na região nórdica.

Kolibí Festivaali 2018 – Malmitalo – Science Workshop. Foto: Marina Kristall

Em 2020, nosso evento será dos dias 23 a 27 de setembro em Helsinki e Espoo no centro cultural Caisa, na biblioteca do Sello, no Malmitalo e na biblioteca de Malmi. As inscrições antecipadas serão de 24 de agosto à 19 de setembro pelo SITE.

Este ano comemoramos a 5a edição do evento e, viajaremos à Amazônia, o coração do mundo. Vamos conhecer e nos surpreender com sua biodiversidade, bem como com a variedade de suas comunidades indígenas.

ST: Qual é sua participação no Kolibri? Quantas pessoas estão colaborando com o projeto? 

Este ano sou a gerente de comunicação do evento . No Kolibrí a maioria das pessoas que trabalham são voluntárias, pois acreditam na força do projeto.

Produzido dentro da comunidade Ibero americana de residentes na Finlândia. Na equipe de produção participam 15 pessoas de 10 diferentes nacionalidades, em sua maioria mulheres de países Ibero americanas. Em geral, no projeto colaboram cerca de 100 pessoas entre artistas, cientistas, educadores, tradutores, intérpretes, fotógrafos, bibliotecários além dos responsáveis pelos centros culturais e voluntários.

Entre os voluntários participam pessoas de diversos países ao redor do mundo.

ST: Qual é o público alvo? Quantas pessoas participam em média atualmente?

O público alvo são famílias que tem o espanhol e o português como uma de suas línguas de herança. Porém, a maioria das atividades se realizam de maneira plurilíngue, oportunizando também a participação de famílias que falam inglês, sueco e finlandês.

No ano passado passaram cerca de duas mil pessoas pelo Kolibrí. Também sabemos que as pessoas que vem ao evento falam ao menos dez outros idiomas diferentes!

Este ano, devido à pandemia, teremos número limitado de participantes .

ST: De que modo as pessoas podem participar ou ajudar?

Estamos sempre precisando de voluntários! Além do evento Kolibrí, contamos também com um projeto que fomenta a circulação de livros infantis e juvenis entre as famílias. Quem quiser pode doar livros em bom estado, em português e em espanhol, para nossa Feira do Livro. Na Feira, as famílias trocam seus livros usados por outros que ainda não leram.

Kolibrí Festivaali 2018 – Malmitalo – Mutante Kunst performance. Foto: Verónica Miranda

Também se pode ajudar respondendo ao convite anual para seleção de propostas para o Kolibrí do ano seguinte. Este convite é feito nos primeiros meses do ano e é destinado a pessoas que trabalham com educação, ciência, cultura e interessados em compartilhar seus conhecimentos com as crianças e suas famílias.

Outra maneira é associar-se ao Kultuurikeskus Ninho ry, a entidade que produz o Kolibrí Festivaali. Pessoas e empresas podem participar dos projetos do Ninho.

Este ano temos um novo projeto que convida crianças e jovens a participar ativamente do Kolibrí. Eles serão monitores de oficinas de ciência plurilíngue para outras crianças e suas famílias. Estes nossos jovens científicos trabalham diretamente com pesquisadores profissionais de diversas disciplinas, fazendo assim, de maneira lúdica e com linguagem adequada, as crianças se interessarem mais por diversos assuntos.

ST: De que forma o Projeto Kolibrí impacta a sociedade onde atua?

O impacto do Kolibrí Festivaal, de maneira geral, está diretamente relacionado com a diversidade na qualidade e na perspectiva da oferta de cultura infantil da cidade para todas as famílias, sem importar o idioma que elas falem em casa. Acreditamos que esta diversificação gera acessibilidade e inclusão de talentos de diferentes origens, e das infâncias atuais.

Por outro lado, tem impacto direto nas famílias plurilíngues, apoiando a língua de herança que é minoritária. O projeto do Kolibrí facilita o entendimento das crianças de que a língua que se fala em casa não é secreta. Ela é falada em outros lugares também. Kolibrí é um espaço lúdico e seguro, onde podemos usar todos os idiomas.

Creio que de maneira geral, o Kolibrí impacta positivamente a sociedade e oferece a todos a oportunidade de conhecer nossa diversidade Ibero americana.

ST: Conte uma experiência que você vivenciou no projeto que te marcou positivamente?

O Kolibrí me proporcionou várias experiências positivas, tanto como participante como também voluntária e agora gerente de comunicação.

Já participei de painéis de discussão sobre infância e plurilinguismo que acrescentaram muito a minha vida profissional. Como voluntária, uma oficina que me marcou muito foi a de contação de histórias do ano passado no Annantalo. Na história contada, o protagonista era cego, mas nos ensinou a ver a vida e as coisas com os outros sentidos. Ao final as crianças puderam escrever seus nomes em uma máquina de escrever em braile e perceberam que todos somos iguais, mesmo às vezes sendo diferentes.

Falando do Kolibrí na perspectiva profissional, é um enorme prazer poder fazer parte dessa equipe multicultural tão unida em prol de fazer o melhor evento acontecer. Somos de diferentes áreas profissionais e partes do mundo, mas isso não é barreira. Aprendo a cada evento um pouco mais com todos.

Para finalizar, deixo esta reflexão: um sonho que se sonha só é apenas um sonho. Mas sonho que se sonha junto é realidade. E o Kolibrí é isso… Começou com uma sementinha, um sonho e hoje é esse evento maravilhoso.

Para ler outras entrevistas, clique aqui

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Simone Torres

Formada em direito, advoguei por um tempo, dei uma pausa para me dedicar aos estudos para concurso público, e cuidar da minha família na Argentina. Fui professora de Legislação Trabalhista no SENAC. Casada com o Lu e mãe de um casal de filhos. Sou uma mulher do interior brasileiro determinada, e que ama ler livros.

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