Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Fim de ano: celebrar sempre

Última atualização do post:

Fim de ano - diario de uma expatriada

Chegou a vez da última crônica do ano, e inicio com uma palavra especial que tem a ver com o mês de dezembro: celebração. De antemão, a palavra celebrar, vem do latim celebrare, significando: “honrar, fazer solenidade”.

Nesse mês tradicionalmente de festividades, comemoro com você que estamos entre os que continuam a atravessar um dos anos mais desafiadores das últimas décadas; muitos partiram dessa para uma melhor, outros perderam entes queridos e há os que padecem por várias razões. 

Sendo assim, às vezes tenho a sensação que o ano de 2020 foi parando em meados de fevereiro e de lá pra cá veio acontecendo em câmera lenta. Consequentemente, muitos dos nossos sonhos se perderam pelo caminho durante essa pandemia que ainda nos assola e paralelamente nos ensina a vivermos de um jeito atípico.

Rua dos sonhos

Fim de ano - Diario de uma expatriada
A força da vida na figura da água
Imagem: Pexels

E por falar em sonhos, outro dia, caminhando pelas ruas de Dubai, me deparei com uma ruela intitulada como Street of Dreams (rua dos sonhos). Enquanto a observava cautelosamente, vi que era um tanto distinta das outras ruas próximas. O seu pavimento de paralelepípedo, era bem cuidado e bonito; as casas de diferente arquitetura a margeavam chamando a atenção. 

Quando ela terminava, uma fonte de água a abençoava. Mas era a única rua que tinha um nome formado com letras, as outras pelo bairro eram nomeadas somente com números em árabe e latim. Sai de lá refletindo que talvez de onde os sonhos brotam, haja por perto uma presença especial de cuidado, beleza e força

Posteriormente, comecei o cultivo dessas três palavras para que abram caminhos que me levem desse modo, a celebrar e apreciar cada dia com mais gratidão. Certamente, a primeira palavra ressalta o cuidado diário que devemos ter com as coisas e pessoas ao nosso redor para que preservemos o que de fato nos importa.

Por que a beleza importa?

Caminhos por onde passamos
Imagem: Unsplash

A segunda palavra me fez recordar do documentário de Roger Scruton, “Por Que A Beleza Importa?” onde ele comenta: “Através da beleza somos trazidos a presença do sagrado”. Todavia, complemento que essa conexão nos une com a nossa fonte criadora que é bela, divina e nos faz bem. 

A beleza que apreciamos nos impulsa para acreditarmos que mesmo passando pelo caminho mais difícil vale a pena prosseguir. Por último, a força da vida na figura da água naquela fonte no final rua com seu barulhinho interrupto, alimenta não só os nossos olhos, mas a nossa alma calada – uma abundância se faz no seu jorrar.  

Portanto, eu e você temos muito o que celebrar e agradecer. Tudo que é essencial está ao nosso redor, basta olharmos com cuidado para nos darmos conta que não carecemos de muito. O que vale é nutrir a nossa “Rua dos Sonhos” e de lá irmos ao encontro do que é necessário para vivermos em paz e harmonia. 

Por último, desejo-lhe nesse final de 2020 que você tenha força para continuar seguindo e entre num ano novo procurando as belezuras, mesmo que em ruas curvas por onde passar. Honre o que há de mais sagrado em você.  

Até o ano que vem! 

Assista ao documentário “Por que a Beleza Importa”. Clique aqui.

Para mais artigos da autora, cliquem aqui

Gostou deste artigo?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe por E-mail
Compartilhe no Pinterest
Compartilhe no Linkedin
Picture of Wiana

Wiana

Passou pelo Canadá e Bahrein antes de firmar residência em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Escreve também literatura infantil, haicais e contos. É autora do “O Jardim da Lua" (finalista do Prêmio Jabuti 2022 na categoria ilustração) da editora Tigrito. "Sarah & The Pink Dolphin'' é seu primeiro livro bilíngue (inglês e árabe) publicado pela Nour Publishing. Participou do Festival de Literatura da Emirates Airline em 2019 com o livro: "Pepa e Keca em Quem viu rimas por aí?". Atualmente cursa a pós-graduação "O livro para a Infância: processos de criação, circulação, mediação contemporâneos" na A Casa Tombada. É parceira do clube de assinatura de livros infantis, A Taba, nos Emirados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

3 × 4 =

LEIA TAMBÉM

plugins premium WordPress

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Clique aqui para saber mais.