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1° Intercâmbio: Au pair na Alemanha

Última atualização do post:

Au pair na Alemanha

Ter a chance de aprender alemão no país de origem, morando com uma família alemã, inserida na cultura e podendo conhecer novos lugares, novas pessoas, nova gastronomia… Parece muito convidativo, não é mesmo? Pois é! O programa Au pair foi uma das opções de intercâmbio mais viáveis pra mim. Mas, nem tudo saiu como o esperado.

Como tudo começou

Isso foi em 2015: ano em que completaria 24 anos e, a minha vida virou de ponta cabeça. Eu tinha minha “independência” no Brasil porém, o emprego não me agradava mais tanto. Tinha uma vida “estável”, mas, aquela vida não me fazia feliz. Eu sentia necessidade de me reinventar. Busquei novos hobbies e entrei para um curso presencial de alemão na minha cidade.

O curso, não deu muito certo, cancelei a matrícula no segundo mês e continuei estudando sozinha em casa. Foi surfando na internet que, por acaso, encontrei essa palavrinha que mudou minha vida: Au pair. Eu ficava pensando: “mas, o que é esse tal de Au pair? Como faz? O que precisa? Quais são os prós e os contras? Quanto tempo dura? Será que vale a pena pra mim? Será que consigo mesmo? Nem sei falar alemão ainda…”

Do sonho à realidade

Só tinha dúvidas e, uma enorme vontade de conhecer a Alemanha! Passei um bom tempo sonhando e pesquisando a respeito. Até que eu pedi demissão do emprego, fiz passaporte, encontrei uma Gastfamilie (família de acolhimento) na Alemanha e contratei uma professora de alemão pra me ajudar (aulas virtuais).

Então, comprei as passagens de ida/volta, reuni os documentos necessários, agendei o dia para solicitar o visto e fui até o Consulado Geral Porto Alegre/RS. Pra minha surpresa, passei na entrevista do consulado (que era em alemão) e o meu visto estava garantido. Que felicidade!

No final de 2015 vendi meus móveis e resolvi as últimas coisas antes de viajar . Dia 08/01/2016 lá estava eu: saindo do Brasil pela primeira vez, sem saber falar inglês, só com um alemão meia-boca.

A Gastfamilie alemã

Era uma mistura de sentimentos bons e ruins. A ideia de ir sozinha pra outro país e, morar com gente que eu conheci só pelo Skype, me assustava um pouco. Porém, essa Gastfamilie foi indicação de uma conhecida minha (que foi Au pair nessa família antes de mim).

Eles me buscaram no Aeroporto de Frankfurt, e me receberam super bem. Cuidei de um menino e uma menina (3 e 7 anos de idade na época). Entre as minhas obrigações estavam:  fazer atividades domésticas leves e cuidar das crianças (incluindo: preparar refeições, organizar as coisas/as roupas, levar pra cá e pra lá, brincar, ajudar nas tarefas escolares). Parece simples, mas não era nada fácil! Tinham momentos muito divertidos, legais e produtivos… Também haviam momentos que só respirando fundo mesmo.

Aprendendo alemão

Essa Gastfamilie alemã sabia falar português, o que facilitou a comunicação em vários momentos. Logo entrei para o curso de alemão A1 na Volkshochschule de Baden Dürkheim – perto de onde eu morava. Tentei fazer novas amizades e me integrar na comunidade local, através de Sportverein (Associação Esportiva). O que era um tanto desafiador por causa do idioma, mas eu tentava mesmo assim.

A busca por amizades

Fiquei muito tempo procurando gente nova pra conhecer, principalmente através das redes sociais (usava mais o Facebook na época). Procurava principalmente quem falasse português ou espanhol, porque assim me sentia mais à vontade, mantendo sempre o contato diário com o idioma alemão!

Fiz algumas amizades, entre elas: Au pairs que moravam perto da minha cidade, um francês, uma romena e uma polonesa que conheci no curso de alemão também. Fora algumas brasileiras, que moravam em cidades próximas à minha porém,, perdemos contato com o passar do tempo.

Ainda no Brasil, eu usava um aplicativo para treinar idiomas, chamado HalloTalk que me ajudou bastante. No Facebook, também existem grupos de pessoas que procuram gente pra treinar português e em troca, ajudam com o alemão. Foi através disso que conheci uma italiana e uma alemã que queriam treinar português. Acabamos nos conhecendo pessoalmente e ainda hoje mantemos contato.

E foi assim, apesar dos esforços, não encontrei alguém da minha idade que combinasse mais comigo ou que eu pudesse chamar de melhor amiga (o). Eu saía muito com a Gastfamilie e conhecia o círculo de amizades deles, mas ainda me sentia muito sozinha. Fazia muitas coisas sozinha e com o tempo aprendi a gostar mais disso.

Nem tudo são flores!

Eram tantas informações de uma vez só e tudo passava tão rápido! Claro, que a família me ajudava com muitas coisas. Porém, na convivência, tinham certas situações que eu não suportava muito bem. Sentia saudades de casa e ainda estava presa à Dani do Brasil.

Conversamos várias vezes, até discutimos em algumas , mas não resolvia. Eles estavam cientes de que eu iria embora se não estivesse feliz. Isso não quer dizer que a família era horrível, ou coisa assim, o fato é que não conseguia me encaixar no ritmo e no jeito deles.

Para outras Au pairs pode ser que tenha sido ótimo, mas pra mim, não foi bem assim. Por isso que, ao invés de um ano, fiquei seis meses nesse lugar (saí “em paz”). Fiquei ainda um mês nessa Gastfamilie da Alemanha: tempo suficiente para que eles encontrassem outra Au pair e, depois, me mudei para uma nova casa.

Troca de família de acolhimento

Nesse período, conheci (virtual e pessoalmente), a nova Gastfamilie na Áustria. Uma família mais tranquila, numa cidade maior e mais bonita perto de Bregenz. Fiz amizades mais rápido e sem muito esforço, a rotina era diferente, a mesada de Au pair na Áustria era mais alta. Sem contar que eu já estava um pouco mais experiente do que antes.

No início, senti medo de trocar de Gastfamilie e ter que solicitar um novo visto. Eu pensava: “e se for pior? E se não der certo?”. Bem, isso eu vou te contar nos próximos capítulos… Até breve!

Imagem para o corpo do texto
Imagem: arquivo pessoal da autora. Local: Bodensee, Vorarlberg, Áustria

Para mais textos da autora, clique aqui

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Picture of Daniane Bandoch

Daniane Bandoch

Nasci em Blumenau, Santa Catarina. Sol bacharel em Administração de Empresas com ênfase em Recursos Humanos pela UNIASSELVI. Depois de oito anos trabalhando em área administrativa, resolvi me reinventar e troquei as paredes dos escritórios por uma aventura-sem-fim: vida de expatriada. Eu vim sozinha para a Europa em 2016 como Au Pair, sem falar muito bem alemão e sem saber bem o que estava por vir. Eu moro atualmente na Áustria, depois de 3,5 anos na Alemanha. Adoro cozinhar, escrever, estar em contato com a natureza, conversar sobre temas variados e profundos.

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