Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Intercâmbio como ponte para quem deseja morar no exterior

Última atualização do post:

Intercambio como ponte
Flexibilidade e Coragem para uma nova profissão - Imagem: Arquivo Pessoal

Morar no exterior sempre foi um sonho para mim. Desde a adolescência busquei a opção de intercâmbio como ponte para a mudança, mas não deu certo naquele momento. Sendo assim, resolvi me dedicar à minha carreira e me formei em fisioterapia. Depois disso, me mudei para outro estado no Brasil, fiz especialização, mestrado, mas mesmo assim a vontade de morar fora continuava lá.

Como deixar tudo de lado depois de já ter me dedicado por tantos anos? Como contar isso para a família? E como seria a volta para o Brasil depois de um tempo morando fora? Todos esses pensamentos passavam pela minha cabeça no momento de tomar a minha decisão.

Neste artigo compartilho com você a minha trajetória, entre deixar minha profissão no Brasil para ser babá no exterior, e como me tornei professora de inglês.

De fisioterapeuta à babá – a solução via intercâmbio

Em janeiro de 2016, eu tinha acabado de terminar o meu mestrado, estava em São Paulo capital, longe da família, e pensava se valeria a pena continuar morando lá. Busquei diversas opções até que me deparei com um grupo no Facebook que me chamou a atenção “Fisioterapeutas nos EUA”. Era um grupo aberto e, pelos posts, consegui perceber que as pessoas estavam em diferentes fases do processo para a revalidação do diploma.

Um dos posts era de uma moça na faixa dos 20 anos, que era fisioterapeuta, tinha mestrado, já estava nos Estados Unidos fazendo o intercâmbio de Au Pair e queria saber o que fazer para iniciar o processo. Quando li esse post, pensei: “É isso! É isso que eu preciso fazer! Ir para o Estados Unidos e começar a receber em dólar para custear o meu processo de revalidação do diploma.”

Eu já conhecia o intercâmbio de Au Pair, um programa onde você vai para o exterior ser babá e mora na casa de uma família americana por pelo menos um ano, podendo estender por um total de dois anos. Seria usar o intercâmbio como ponte para a mudança que eu buscava.

Contar essa idéia para a minha família não foi nada fácil, mas eu tinha um plano! Eles me apoiaram e, em cerca de um mês, eu já tinha toda a documentação pronta e uma família americana esperando para me receber.

Quero deixar uma observação importante aqui: Quando chega o momento certo para as coisas acontecerem, tudo flui! Enquanto eu estava na faculdade, passei quase um ano inscrita nesse programa de Au Pair e nunca consegui uma família americana para me receber. Já em 2016, tudo deu certo em apenas um mês.

Validar o certificado profissional seria um caminho?

Em junho de 2016 embarquei para os EUA. Tinha o emprego de babá (intercâmbio) garantido por um ano e já tinha enviado minha documentação para iniciar o processo de validação do diploma de fisioterapia. Entretanto, apenas em setembro saiu a resposta do órgão responsável pelo processo, com uma lista infindável de exigências, disciplinas de cursos universitários e provas que eu deveria realizar. Uma loucura!

Se você já procurou informações sobre validar um diploma profissional em outro país, sabe que é uma missão quase impossível. Em outras palavras, é um tipo de “quebra-cabeça” no qual você tem que ir descobrindo quais partes se encaixam. Quanto tempo você vai demorar para terminar e quanto você vai gastar no processo, isso é um grande mistério. Portanto, naquele momento, decidi não seguir adiante com o plano de validação.

Os meses foram passando e eu não tinha respostas sobre o que fazer no futuro. Não estava pronta para voltar para o Brasil e não tinha mais um plano para depois do intercâmbio. Por isso, decidi estender por mais um ano minha estada como babá.

Durante esse segundo ano, um amigo, também Au Pair, me contou que estava fazendo um curso preparatório para ser professor de inglês. O curso era em uma universidade americana e daria uma certificação internacional. Assim, seria possível trabalhar em escolas de inglês em diversas partes do mundo.

De babá à professora de Inglês, uma nova fase

Decidi então fazer o curso! Eu já tinha um inglês bem avançado e fluente, pois estava há mais de 15 anos estudando quando comecei a frequentar esse curso. Seria mais uma ponte entre uma profissão e outra. Minha ideia era que, ao final do intercâmbio, eu já teria uma nova profissão e poderia trabalhar em outros países. Em resumo, eu não poderia ficar nos EUA por muito mais tempo por questões de visto. Também não sabia o que iria acontecer com o meu namoro (que era ainda bem recente). Mas de uma coisa eu tinha certeza: se eu aplicasse para um programa como professora de inglês em algum país da Ásia, isso dificultaria e muito a continuidade do relacionamento.

Foi então, que comecei a oferecer aulas de inglês online para brasileiros, e assim poderia trabalhar em qualquer lugar do mundo. Abri uma conta no Instagram, fiz um site e divulguei em diversos grupos do Facebook. Tive minhas primeiras alunas enquanto ainda estava nos Estados Unidos. Elas eram brasileiras que já estavam fora do país ou estavam se preparando para sair através do programa de Au Pair.

intercambio como ponte
Nina Fonseca e alunos do Brasil e do exterior – Imagem: Arquivo Pessoal

Paciência e persistência

Meu visto terminou, voltei para o Brasil e continuei com as aulas. Em poucos meses estava com a agenda cheia e estava tudo indo bem profissionalmente. Da mesma forma, meu relacionamento também estava caminhando bem. Alguns meses depois, meu namorado me visitou no Brasil e, logo a seguir, voltei para os Estados Unidos como turista.

Continuei com o trabalho durante todos os meses em que o relacionamento foi evoluindo, até que decidimos nos casar. Depois disso, veio o processo de documentação do Green Card, e eu me mantive como professora de inglês.

Hoje eu vejo que foi fundamental me reinventar e buscar uma nova profissão. Algumas portas se abriram graças à minha postura flexível e receptiva, sem ficar apegada à carreira que demorei anos para conquistar e construir.

Se você está no exterior e não consegue exercer a profissão que tinha no Brasil, talvez seja uma possibilidade você se abrir para novas oportunidades.

Fico feliz em dividir isso com vocês. Estou à disposição se quiser conversar.

Beijos,

Nina Fonseca

Gostou deste artigo?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe por E-mail
Compartilhe no Pinterest
Compartilhe no Linkedin
Picture of Nina Fonseca

Nina Fonseca

Olá sou Nina - Nina mesmo, não é apelido. Nasci e cresci em Maceió, Alagoas e moro nos Estados Unidos desde 2016. Sou fisioterapeuta por formação, mestra em ciências da reabilitação, mas a vida expatriada me ensinou a me reinventar e há 5 anos sou professora de inglês. Sou especialista em ensinar brasileiros, na grande maioria imigrantes e expatriados, que precisam do inglês para se comunicar com estrangeiros e conseguirem melhores oportunidades no exterior. Atualmente moro em Shreveport, Louisiana com meu marido americano, Casey.

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

treze + 1 =

LEIA TAMBÉM

plugins premium WordPress

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Clique aqui para saber mais.