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Me tornar expatriada, no meio da pandemia

Última atualização do post:

expatriada em meio a pandemia

Inicialmente, me tornar expatriada no meio de uma pandemia, não tem sido uma tarefa fácil.

Sou uma brasileira que, juntamente com sua família sonhou com a expatriação por anos. O desejo por qualidade de vida; segurança; crescimento e valorização profissional, foram alguns dos motivos que nos impulsionaram para esse projeto, de morar no exterior. 

Diante disso, passamos a buscar meios para concretização desse grande projeto de vida. Tudo começa com coletando informação: documentação necessária, custo de vida, educação, organização financeira, e etc.

A  mudança

O ano de 2019 iniciou cheio de mudanças, marido saiu da empresa que trabalhou por anos, eu não estava mais atuando na minha área de formação, então era o momento perfeito, para essa grande mudança.  

Porém, o medo de não dar certo nos fez repensar, ou seja, decidimos continuar no Brasil. Logo vieram questionamentos, por exemplo: que era uma imensa loucura. Então, seguimos nossas vidas, com o projeto guardado na gaveta!

Com o passar dos meses, continuavamos tentando lidar com com fato de que nada estava dando certo no Brasil. Foi quando surgiu uma seleção de trabalho para o meu esposo, para trabalhar no Chile. 

Assim, o ano de 2019 que iniciou tão tumultuado foi também o ano decisivo para expatriar, a seleção citada anteriormente não deu certo, o marido não foi escolhido. 

No entanto, o objetivo de morar no exterior reacendeu, percebemos que não havia nada que nos prendia ao Brasil, e que havia chegado o melhor momento.  

Passamos então a concentrar todas as nossas ações para de fato de expatriar, fizemos contatos com amigos de várias parte do mundo, enviamos currículo para empresas internacionais.

O fator principal seria conseguir emprego para pelo menos um de nós. 

A escolha da Argentina, se deu devido ao fato de existir oferta na área de atuação profissional do meu esposo, com isso havia uma maior possibilidade de encaixe na sua profissão.  

Em agosto de 2019, ele chegou na Argentina, pouco tempo depois já estava trabalhando.

Eu fiquei no Brasil, resolvendo toda a parte da mudança e, esperando o ano letivo da minha filha mais velha acabar, para então mudar.

Chegada na Argentina

Buenos Aires – imagem retirada do site: https://pixabay.com/pt/

Na primeira folga do trabalho, que meu marido teve, ele retornou ao Brasil para nos buscar, a família estaria completa outra vez!

Assim, demos Início ao nosso projeto brasileiros expatriados pelo mundo. Estamos aqui na Argentina há pouco mais de cinco meses.

Isso ocorreu em janeiro de 2020, mais precisamente dia 03 de janeiro. 

Tudo estava saindo como planejado, até que veio a pandemia, o que freou consideravelmente nossa adaptação.  

Expatriação versus pandemia 

Chegar na Argentina, foi maravilhoso, a cidade que moramos, Puerto Madryn, é linda, e no início estava com clima maravilhoso, ou seja, no verão argentino!

Quanto a isso, não tivemos problemas de adaptação, e os dias mais longos, comuns nessa época do ano, nos permitiram aproveitar a cidade.

Porém, o que estava indo bem, foi atropelado por uma onda de insegurança no mundo, com a explosão do Covid-19. Os países fechando suas portas temendo que a pandemia os alcançasse, e não foi diferente aqui na Argentina.      

De fato, saí do Brasil cheia de planos: iniciar mestrado, aprender o espanhol (castelhano), conhecer outras parte da Argentina. 

No entanto, logo no início da pandemia a Argentina tomou uma postura rígida no combate do vírus. Fechou as fronteiras e os estabelecimentos de qualquer natureza, que tivessem potencial para aglomeração de pessoas.

Sair de casa, apenas para necessário e etc.

O fato de você ser imigrante, está em uma terra que não é sua, já é desafiador em vários aspectos, some a isso, o receio de ser repatriado, de ficar desempregado, ficar doente, ou ser negado seu pedido de residência.

Ou ainda não conseguir vaga para os filhos na escola, e tantas outras coisas que poderia citar. 

Destarte, tudo poderia acontecer nesse momento de caos, principalmente em proporção mundial, como foi o caso, os imigrantes são os mais prejudicados, pois seus direitos sempre são reduzidos, logo você percebe que não está em situação de privilégio. 

Foram quase três meses em isolamento obrigatório, continuo, aqui vivendo um dia de cada de cada vez, estou sendo muito cautelosa, ao mesmo tempo esperando boas novas!

Como me sinto em meio a pandemia

Todo esse processo que estou vivendo, tem sido muito solitário, em se tratando de adaptação ao novo país, posso dizer que não me sinto nada adaptada, pois meu contato com os nativos foi mínimo, tenho um sentimento de atraso, fica claro que em um processo como esse, em tempos normais, eu já teria experimentado diversas situações. 

Sinto como se não tivesse saído do lugar. Estou estagnada no tempo! E que minha expatriação de fato só começará quando tudo voltar a normalidade, espero que seja possível! 

Não tem sido como planejei, mas estou segura de que há um tempo certo para tudo em nossas vidas, foi esse momento que tive que experimentar aqui na Argentina, então que seja! Jamais passou pela minha cabeça que iria me tornar expatriada e no meio de uma pandemia.

Meu aprendizado nisso tudo, é de não criar tantas expectativas, sobre um acontecimento, de levar uma vida leve, sempre focando no melhor e tirando lições que esses momentos proporcionam.

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Simone Torres

Formada em direito, advoguei por um tempo, dei uma pausa para me dedicar aos estudos para concurso público, e cuidar da minha família na Argentina. Fui professora de Legislação Trabalhista no SENAC. Casada com o Lu e mãe de um casal de filhos. Sou uma mulher do interior brasileiro determinada, e que ama ler livros.

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