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Melbourne, diversidade cultural e desafios de um inverno cinzento

Última atualização do post:

Melbourne, diversidade cultural
Melbourne cidade da diversidade cultural - Imagem: Arquivo Pessoal

Imagine viver em uma cidade que foi eleita consecutivamente, por sete vezes, como a melhor cidade do mundo para se viver? Cidade da diversidade cultural e de alguns desafios de inverno! Acompanhe este texto até o fim porque vou compartilhar como está sendo a minha experiência desde quando cheguei em Melbourne em agosto de 2019. Vamos falar sobre a diversidade cultural e dos desafios de um inverno cinzento.

Embora a cidade tenha perdido o título de “número 1” na lista, segundo o índice anual da revista “The Economist”, ela continuou a ser uma presença constante no Top 5. E não é difícil de entender o porquê, pois Melbourne é verdadeiramente encantadora. Neste relato, vou compartilhar minha perspectiva única sobre o que faz desta cidade um lugar tão especial para se chamar de lar.

Desafios de um inverno cinzento

Chegar em Melbourne foi como entrar em um mundo completamente diferente. O inverno estava no auge, com chuvas incessantes e ventos fortes, características típicas da cidade. E esse foi o único defeito que consegui encontrar em Melbourne: o tempo predominantemente cinza durante a maior parte do ano.

Para quem não está acostumado, pode ser um desafio muito grande e até motivo de preferir optar por
outra cidade da Austrália. Ao desembarcar, fui recebida por um vento gelado que cortava a pele e uma garoa fina que parecia desafiar qualquer guarda-chuva. Confesso que, nesse momento, me perguntei se não haviam me enganado sobre a Austrália.

Melbourne, como já mencionei, me conquistou desde o início, mesmo com esse inverno cinza – mas, para vocês não pensarem que o verão não existe nessa cidade, também temos calor aqui, por pouco tempo, mas intenso. A temperatura no verão pode chegar a 40 graus celsius e no inverno as temperaturas podem ser negativas dependendo da região.

No entanto, após literalmente dar a volta ao mundo e enfrentar mais de 24 horas de viagem, o que predominava eram sentimentos conflitantes de felicidade e aquele friozinho na barriga, como uma trilha sonora peculiar que marcava a minha chegada. Nunca me esqueço.

Desafios da adaptação

Preciso dizer que admiro quem embarca nesta aventura sozinho. Eu, aliás, vim com um casal de amigos e o meu namorado e, juntos seguimos para o que agora chamávamos de “casa”. A experiência de dar esse passo na minha vida estava começando a se desenrolar, e, apesar do clima que teimava em me lembrar que estava longe do Brasil, a sensação de pertencimento começava a surgir aos poucos.

A adaptação em um novo país, em uma nova cultura é, sem dúvida, um desafio que muitos enfrentam. Se você que está lendo este texto, já passou por essa experiência, entende bem o que quero dizer. Se está atualmente nessa fase de adaptação, fique calma, porque tudo fica bem; e se você planeja viver isso um dia, vá em frente! E se der medo, vá com medo mesmo.

Os primeiros dias são eufóricos, pois vivemos como turistas. Mas o problema surge quando a necessidade de encontrar uma acomodação fixa, um emprego permanente, e conciliar os estudos com a nova vida agitada longe da família e da zona de conforto se torna premente. E, claro, ainda há o desafio da língua.

Idioma, fundamental para a melhor adaptação

O inglês, para quem, como eu, chegou com zero conhecimento, é o maior dos desafios. A frustração de não saber como pedir algo em um estabelecimento é frustrante. Se eu puder dar um conselho, é esse: pratique inglês. Dedique alguns minutos do seu dia para aprender o idioma. Quando comecei a vivenciar o idioma constantemente, desde as interações em sala de aula até as conversas informais com colegas, me tornei mais confortável ao me expressar. Assim, aos poucos, a exposição constante a diferentes contextos e sotaques no dia a dia contribuíram para um entendimento mais amplo e profundo do idioma.

melbourne diversidade cultural
Nova vida em Melbourne – Imagem: Arquivo Pessoal

A minha adaptação aqui em Melbourne – uma jornada que, embora (muito) desafiadora- foi essencial para me trazer onde estou hoje, quatro anos depois. Esses anos foram marcados por uma montanha-russa de emoções – desde momentos de pura felicidade até períodos de tristeza, que são inevitáveis, mas de certa forma, enriquecedores. A saudade da família é constante, mas, com o tempo, aprendi a lidar com essa ausência, a me adaptar e a construir uma vida longe de casa.

Essa experiência longe da família trouxe consigo desafios, mas também oportunidades para desenvolver a independência, a resiliência e a capacidade de me reinventar em uma nova realidade. Ao refletir sobre esses quatro anos, vejo que o processo de adaptação é constante e dinâmico. A jornada envolveu momentos de autoconhecimento, de descoberta do novo e de aceitação das diferenças culturais. E, apesar das dificuldades, sou grata por cada desafio, pois moldou a pessoa que sou hoje.

Sobre a diversidade cultural

A diversidade cultural que encontrei ao caminhar pelas ruas foi um componente importante para eu considerar Melbourne a melhor cidade do mundo para viver. Simplesmente ao andar pelas ruas, podemos observar pessoas de todos os estilos, provenientes de diferentes países, culturas, religiões, cores e etnias, caminhando juntas no centro da cidade. É como testemunhar a harmonia de uma verdadeira sinfonia humana, onde o preconceito não existe, e as pessoas se aceitam como seres humanos, de igual para igual.

Melbourne não apenas me ofereceu uma experiência de estudo e trabalho, como também me proporcionou um ambiente que celebra a diversidade de uma maneira inigualável. Portanto, até hoje ainda me sinto sortuda por estar vivendo nessa harmonia. Essa coexistência pacífica de diferentes identidades e origens criou uma atmosfera acolhedora, onde eu me sinto parte de algo maior, parte de uma comunidade global que valoriza e respeita as diferenças.

Essa aceitação mútua, essa celebração da diversidade, tornou Melbourne mais do que apenas um destino de intercâmbio. Tornou-se um lar longe de casa, onde as diferenças são não apenas aceitas, mas também celebradas, contribuindo para uma experiência de vida enriquecedora.

Para mais artigos sobre a Austrália, veja aqui!

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