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Mudei de país e minha autoestima mudou junto

Última atualização do post:

mudar por dentro
Um carioca na Croácia - arquivo pessoal

O que você entende por autoestima? Podemos dizer que é a qualidade de quem se gosta, de quem se valoriza e demonstra confiança nas suas atitudes. Sendo assim, se pararmos para pensar, é a junção de partes de nossa vida que nos leva a estarmos contentes com quem somos. Cada um de nós forma uma autoimagem e ela depende da maneira como nos vemos e nos sentimos no mundo. Para uma autoimagem sólida e saudável, precisamos ter a velha e boa autoestima e autoconfiança em níveis sólidos e bem estruturados.

É algo tão extenso que fica até difícil fazer um único artigo sobre ela, mas a autoestima é parte fundamental do ser humano, pois é ela que garante um olhar mais corajoso sobre nós mesmos, a sensação de auto capacidade e até uma maior resiliência. Vale a lida no outro artigo que escrevi sobre resiliência nesse link abaixo.

Leiam aqui mais sobre: Como ser resiliente

Tudo afeta a autoestima

Todas as nossas experiências de vida tem a possibilidade de afetar, mesmo que momentaneamente, a autoestima. Desde que somos crianças começamos a criar nossa personalidade unindo nossa essência com fatores vivenciados externamente. Sendo assim o ambiente em que fomos criados, nossa família, escola, tutores, cuidadores, coleguinhas da escola, tem papel fundamental nisso. Um bulling pode arruinar a autoestima de uma criança, por exemplo, e ela pode se tornar um adulto inseguro e com dificuldades de se colocar no mundo.

Geralmente a gente pensa na nossa imagem física quando falamos de autoestima, mas, da mesma forma, um relacionamento não bem sucedido, a perda de um emprego, um abuso moral, assédio, tudo pode mexer, e muito, nessa questão tão delicada do ser humano. Eu costumo dizer que sem autoestima saudável, a pessoa pode perder tantas boas oportunidades na vida que é uma das coisas mais importantes de se cuidar desde pequenos. Autoimagem desregulada gera medo, ansiedade, depressão e uma sensação de sempre estar um passo atrás de outras pessoas. Ninguém quer e nem merece isso!

Mas e quando a gente tem que tomar uma grande decisão na vida, que pode movimentar tudo dentro da gente? Esse é o caso de virar expatriada!

Expatriada e autoestima. Como é que fica?

Pelo consultório online, onde 90% do meu público é feminino, e pela minha experiência pessoal, morando na Croácia ha quase 3 anos, a autoestima fica bem complicada no início.

Chegando num país novo a gente se vê bem perdida. Além de tentar se encaixar nas pequenas coisas diárias, como saber onde tem um supermercado ou se adaptar com alimentos novos, a gente se abandona um pouco. Sim, se abandona enquanto mulher porque é tanta coisa para resolver e tanta coisa que a gente tem que aprender para começar a se cuidar de novo que demora para entrar nos eixos.

Quando falo em se cuidar, vai além da aparência física. Se relacionar, falar a língua nova, se sentir pertencente, tudo entra no bolo da autoestima, que até então fica prejudicada sim! Perdemos aquela confiança de quem sabe aonde está indo, de que vai ligar para uma amiga e ir tomar um vinho no fim de tarde, que combina de fazer uma aula de ginástica junto para ter incentivo, que liga para o cabeleireiro que já te conhece, etc. Isso tudo pode trazer insegurança, baixa motivação de sair de casa e dias bem chatos de inadequação.

O que fazer para melhorar essa questão?

autoestima diario de uma expatriada
Autoestima – Feminina. Acervo Freepik

Sem hipocrisia, começar pela parte estética ajuda muito! Nos sentir mais bonitas e confiantes com nossa aparência muda até o jeito que as pessoas olham para você. Então, comece investindo nisso!

Por mais tarefas de casa, trabalho, que você tenha, arruma um jeito de caminhar, entrar numa aula de dança, academia, pedalar, qualquer coisa, mas vá! Além dos hormônios do bem que vão invadir seu organismo, sua cabeça também ficará feliz de saber que você está fazendo algo por si mesma.

Depois não se desespere com as mudanças físicas que acontecem pela mudança de clima! Tem solução! Eu me apavorei com a drástica mudança da minha pele, do meu cabelo, unhas, tudo! Aqui é seco demais! Meu cabelo ficou uma palha e, por mais que eu cortasse, não resolvia! Eu estava me sentindo horrorosa! Não é exagero! Foi daí que decidi investir em produtos que foram a salvação! Primeiro travei a batalha com a queda e a secura do cabelo e fui adaptando o resto aos poucos.

Para quem se interessar, essa linha de tratamento capilar mudou minha vida aqui: https://www.sebastianprofessional.com/en-GB. Além disso, comprimidos para a queda de cabelo, fortalecedor de unhas, creme hidratante potente para o corpo e rosto, colírio para olhos vermelhos, batom hidratante, creme para unhas, adaptação para não tirar mais cutícula, aprender a me depilar, maquininha para lixar o pé… Juro, a lista não tinha fim, mas hoje acho que consegui me adaptar nessa parte.

Além da estética

Por fim, passando da fase estética, entrei para a fase de me sentir mais inserida no contexto social. Botei a cara na rua para fazer amizades, comecei a estudar a língua croata, saí de tramvaj (o trem municipal daqui) para dominar a cidade e achar lojas e serviços que me agradassem, e assim fui me sentindo em casa na nova casa! Incrível como me ajudou!

A fase de estranha no ninho passou, embora ainda ocorra um dia ou outro, em determinadas situações, mas tudo bem, faz parte de ser expatriada! A insegurança e baixa auto confiança para me virar sozinha passou e, embora eu sinta falta do Brasil em muitos quesitos, posso dizer que a gente volta a ser a gente mesma depois da turbulência. É só não se abater a ponto de não se mexer!

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Renata Castro

Psicóloga clínica, especializada em Terapia Cognitiva Comportamental, carioca, mãe de 2 amores de 4 patas. Deixei meu consultório no Rio de Janeiro e vim morar na Capital da Croácia, Zagreb. Hoje atuo com atendimentos online.

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