Morando fora há nove anos, os atendimentos médicos no exterior apresentam questões importantes para mim. Por isso, escolhi fazer essa reflexão sobre o sistema de saúde internacional em relação ao sistema brasileiro.
Em primeiro lugar, até hoje, faço exames de checkup a cada ano, quando vou de férias. Acho muito difícil me comunicar com termos médicos em inglês. Entendo que cada cultura tem uma forma de atendimento diferente, mas o que mais sinto falta é da conexão entre médico e paciente que existe, muitas vezes, em nosso país. Por exemplo, na maioria dos países que morei, não existe a figura do pediatra que acompanha as crianças, existe um médico diferente para cada diagnóstico e, muitas vezes tive a sensação de que não se percebe o paciente como um todo.
No primeiro momento da mudança, as principais dúvidas que nós expatriados costumamos ter são: custo de vida do país; educação para os filhos e busca de escolas; diferenças culturais entre os países e funcionamento do sistemas de saúde. Neste artigo, divido com vocês a minha experiência como expatriada, sobre sistemas de saúde , gratas experiências, assim como algumas decepções, em países considerados desenvolvidos.
Sistema de Saúde na Inglaterra em relação ao Brasil
Os expatriados que vivem em Londres têm acesso ao Serviço Nacional de Saúde (NHS), assim como os cidadãos britânicos e residentes permanentes. O NHS é um sistema de saúde público que oferece atendimento médico gratuito e serviços de saúde para todos os residentes do Reino Unido, independentemente da nacionalidade.
Sendo assim, quando cheguei na Inglaterra, fiz meu registro em um consultório de médicos generalistas (GPs) para obter atendimento médico de rotina e receber encaminhamentos a serviços especializados, se necessário. Mesmo tendo um plano de saúde particular, qualquer encaminhamento médico deve ser feito pelo GPs , e compramos os medicamentos na farmácia – sempre com receita. Os descontos para medicamentos são subsidiados pelo governo.
No meu caso, como tinha plano de saúde particular no Brasil, senti uma enorme diferença nas consultas (que duravam apenas sete minutos), nas quais os médicos só realizam um diagnóstico por vez. Por isso, decidi continuar fazendo todas as minhas consultas de rotina no Brasil. Apenas procurava assistência médica em Londres em casos de urgência, onde sempre fui bem atendida.
Sistema de Saúde na Arábia Saudita
O sistema de saúde para expatriados, na Arábia Saudita, varia dependendo do status de residência do expatriado. Na Arábia Saudita, você vai encontrar sistema de saúde privado, muito semelhante ao sistema de seguro de saúde privado no Brasil. Além disso, para ter um visto de trabalho no país, é preciso ter um plano de saúde privado.
Certamente, fiquei muito impressionada com as opções de hospitais e consultórios modernos e com equipamentos de última geração. Sempre me atenderam muito bem nas consultas e, para minha surpresa, os planos cobriam todos os custos de medicamentos que disponibilizavam na saída do hospital.
Sistema de Saúde em Singapura
Os expatriados têm acesso ao sistema de saúde de Singapura, que é conhecido como um dos melhores do mundo e, assim como na Arábia Saudita, não é possível morar no país com um visto de trabalho sem um plano de saúde privado associado. O valor dos reembolsos varia dependendo do tipo de cobertura escolhida e do perfil do indivíduo ou família segurada.
Fiquei bem impressionada com os médicos competentes, estruturas de hospital super organizadas e modernas, além do acesso a todos os tipos de tratamentos inovadores. Descobri que Singapura é um centro médico de excelência para toda a Ásia. Fiz uma cirurgia complexa e diversos tratamentos médicos e sempre fui muito bem atendida. Nas consultas e exames, efetuava o pagamento no atendimento e pedia reembolso ao plano de saúde, assim como na Arábia Saudita, os medicamentos também estavam incluídos.
Seguro viagem internacional
Outra opção, que sempre fizemos, foi adquirir um plano internacional de saúde para viagens, incluindo esqui e mergulho. Muitas vezes, em uma emergência nas férias, podemos nos deparar com custos altíssimos e inesperados. Portanto, essas opções de planos anuais têm custos extremamente competitivos, e vale a pena fazer uma cotação. Lembre-se de fazer o seguro viagem com base no seu país de residência.
Em resumo…
É importante que os expatriados pesquisem e entendam as opções disponíveis de seguro saúde em cada país. Cada plano ou opção pode ter diferentes níveis de cobertura e custos associados. É recomendável entrar em contato com empresas de seguros, provedores de serviços de saúde e/ou consultores especializados em expatriação. Dessa forma, você vai obter informações detalhadas e personalizadas com base nas suas necessidades, principalmente, em casos de doenças pré-existentes.
Mesmo depois de nove anos sem residir no Brasil, ainda considero o nosso país como um centro de excelência médica. Na minha opinião, nossos dentistas, médicos, fisioterapeutas e profissionais de saúde são os melhores do mundo e continuo fazendo meus exames de rotina no país, com meus médicos de confiança.
Ola! Meu nome é Isabella Martins e trabalho como Orientadora de pais e como professora de educação infantil em uma escola internacional britânica em Singapura.
Tenho três filhos adolescentes e moro fora do Brasil há oito anos.
Já morei em Londres, Arábia Saudita e agora em Singapura.
Tenho a oportunidade de conhecer diversas culturas e o
impacto delas na educação dos meus filhos e alunos.
Sou apaixonada por educação e adoro explicar as etapas do desenvolvimento infantil.
Acredito que criar relações de afeto melhoram as dinâmicas familiares e permite que tenhamos um lar onde a base seja o amor entre pais e filhos.
Siga meu Instagram para mais informações: @isabellagmartins03
Vamos juntas?
