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Uns vem, outros vão….a vida de uma expatriada

Última atualização do post:

Quando a saudade aperta, é aqui que eu venho.... fico sentada por horas, admirando a natureza e tirando fotos.
Battery Park. Delaware
Indo embora para o exterior
Partindo pela primeira vez…. me despedindo dos meninos. Um dos momentos mais difíceis da minha vida.

Há 15 anos, minha vida é feita de chegadas e partidas. Saí do Brasil em 2004, deixando dois filhos pequenos, e fui trabalhar na Guerra do Iraque. Com certeza, sair do meu país foi uma das decisões mais difíceis que eu tomei na minha vida. O que fazer? Como fazer? E a saudade?

Tantas perguntas que passam pela nossa cabeça na hora de partir, uma mistura de emoções, dúvidas, confusões, ainda mais no meu caso, essa culpa interna por deixar meus filhos para trás.

Mantendo a sanidade na Guerra

No entanto, me aventurei! Fiquei 7 anos no Iraque, trabalhando para uma das maiores empresas americanas no suporte às tropas no Oriente Médio e Ásia Central. Trabalhava 7 dias por semana, num mínimo de 12 horas por dia. Como eu sobrevivia?

Contava os dias que faltavam para ver meus filhos. Eu tinha 10 dias de férias a cada 4 meses, e ia para o Brasil ver meus meninos. Chegava de uma viagem e já marcava a outra, sempre chegando e partindo. Mantendo, assim, minha sanidade; estar na guerra, não era fácil.

Entre um morteiro e outro explodindo, sirenes avisando para você ir para o abrigo anti-bombas, helicópteros e caças fazendo aquele barulho ensurdecedor; eu encontrava tempo para me comunicar com meus filhos e minha família.

Um dos Caças do exército iraquiano, que estava abandonado na Base Militar que eu ficava.

Viver fora do Brasil não é fácil

Não é fácil viver no exterior. No meu caso, eu deixei tudo para trás, em busca de dar uma vida melhor para minha família, fiquei longe dos filhos, amigos, família, minha amada avó, minha terrinha, minha essência, minhas raízes.

Porém, também tem o lado bom. Você vivencia culturas e costumes diferentes, conhece novas pessoas, cria novos laços. Eu, por exemplo, conheci meu segundo marido no meio da Guerra, e estamos juntos há 11 anos.

Como matar a saudade estando longe do Brasil

Meus netos, Davi e Benjamim. Um registro de uma de minhas chegadas e partidas.

Hoje estou em Delaware nos Estados Unidos, e meus filhos e netos no Brasil, meu marido trabalhando na Arábia Saudita. É difícil lidar com a saudade. Mas a tecnologia permite que você possa manter contato, e fazer parte da vida dos seus entes queridos, participar de momentos importantes, tudo via internet!

Lógico que não tira o prazer de estar presente. Mas ajuda a amenizar a dor da saudade, da separação, do não estar lá.

O mais difícil é não estar presente em aniversários, Natal, Ano Novo, de não poder receber um abraço apertado. No entanto, através das mídias sociais, hoje eu posso receber uma chamada de vídeo do meu neto, no meio do dia, e isso faz com que meu dia fique mais feliz.

Ou dos amigos que trazem o Brasil para perto da gente através de notícias, comentários, emojis , ou um simples “oi, tudo bem?”Certamente, essas coisas não têm preço.

Quando me perguntam se eu faria tudo de novo, minha resposta é sim, eu faria! Talvez mudasse algumas coisas no meio do caminho, mas aceitaria o convite de sair do país e viver experiências únicas!

Chegadas e Partidas de expatriados

Meu marido chega dia 16 de Novembro, eu vou para o Brasil dia 20 e volto em 2 de Dezembro e ele parte de novo dia 6! Ufa, sim, essa é nossa vida, feita de chegadas e partidas. Contando os dias para nos encontrarmos novamente!

Ele e eu, Agosto de 2019, Dulles International Airport…. nossa última despedida…. contando os dias para sua chegada…..

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Picture of Luciana

Luciana

Meu nome é Luciana Barletta, mas meus amigos me chamam de Lu. Estou fora do Brasil há 17 anos. Já morei no Iraque, Dubai e estamos nos EUA há 5 anos, sendo 2 anos em Delaware. Sou natural de Paranaguá, no litoral do Paraná, mãe orgulhosa do Gabriel e Raphael, e avó babona do Davi e Benjamim; Sou casada com o Shawn há 8 anos, mas estamos juntos há 13. Trabalho, gosto de fotografar paisagens, ler, cozinhar e de sair para caminhar com o Finn, meu cachorro, nas horas vagas.

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