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Vamos morar a bordo de um veleiro

Última atualização do post:

Vamos morar a bordo de um veleiro
Imagem de arquivo pessoal de Mariana

A aventura no exterior começou há 5 anos quando nos mudávamos para Doha. Eu, meu marido, meu filho com 6 anos e minha filha com 4 anos. No Oriente Médio buscávamos segurança, um bom emprego e a facilidade de conhecer o mundo. Na mala trazíamos a coragem de viver longe de nossa família, muita disposição para lidar como diferente e um sonho meio desbotado de morar a bordo de um veleiro.

Sonho esse que surgiu de nossas experiências/atrapalhadas náuticas na Represa Guarapiranga, que  começaram logo após do nascimento de nossa segunda filha. Lá trocamos um barco de competição (Snipe) para um barco cabinado (Tchê 17), a ambos chamamos de Grande Baiú. No Grande Baiú II fizemos piqueniques no meio da Represa, participamos de regatas e dormimos a primeira vez em um barco. O espaço era composto apenas por um grande cama de casal, e a diversão era garantida!

A família brasileira que vai morar a bordo de um veleiro
Imagem do arquivo pessoal

Quando nos mudamos para o Qatar ficamos por um bom tempo sem um barco para chamar de nosso. Enquanto isso, conhecemos lugares maravilhosos, fizemos amigos incríveis, nos conectamos com nossa essência e velejamos em barcos de amigos. Nos reinventamos profissionalmente, ampliamos nossa ideia de mundo sobre o Oriente e exercitamos ao máximo nossa resiliência. E assim, quase sem querer, fomos nos preparando para nossa grande mudança de vida.

Encontrando nosso Veleiro – Casa

Em 2018, encontramos afinal o nosso veleiro na Croácia. Um Benetau 39.9, com 3 cabines (quartos), um salão (sala, cozinha e cabine de comando) e 2 banheiros, muito bem distribuidos. O batizamos de Trouble Maker e então rapidamente ele se tornou a nossa casa de férias. Conforme as férias foram acontecendo, nosso sonho de morar a bordo de um veleiro foi se transformando em desejo. Com o sonho, porém, surgiram algumas questões como por exemplo o trabalho, escola e tudo o que aprendemos a vida toda que é necessário para viver e ser feliz.

Confesso que uma das minhas maiores questões era a escola das crianças. Como fazer com as crianças fora da escola? Nunca fui uma entusiasta do homeschooling, principalmente nos anos iniciais da escolarização. Esse era o nosso principal impedimento. Até que chegou 2020 e com ele a pandemia. Então, as escolas fecharam e as crianças aprenderam de casa. A partir de então, tivemos a oportunidadede de conhecer nossos filhos como estudantes e a “escola” deixou de ser um problema.

Diante desse novo cenário outras questões cresceram em nossas mentes: qual o melhor momento para mudar? O que ainda precisávamos esperar para sair?

Mudar é preciso, navegar também…

O ponto que nos fez escolher o presente momento para mudar foi o desejo de ter essa vida com nossos filhos. Esse é um sonho de família, desde de muito pequenos conversamos sobre essa possibilidade que era revisitada a cada férias. Além disso, eles estão chegando ao final da infância e ponderamos que quanto mais esperássemos mais difícil seria a adaptação deles.

Porque se mudar para um país diferente com os filhos mais velhos já é um grande desafio, imagina mudar o estilo de vida?

Não estamos mudando apenas de lugar, a partir de agora ficaremos 24h juntos em um espeço reduzido, com energia e água limitadas. As amizades terão a importância das histórias criadas e diremos muito mais adeus do que já damos hoje. Além disso, não haverão colegas de escola, não haverá os amigos do prédio, não haverá a possibilidade de compra que tiveram até aqui.

E você pode estar se perguntando o porquê de ainda escolhermos essa nova vida. O que posso te dizer é que somos uma família aventureira, adoramos a natureza, a proximidade do mar. E, principalmente, queremos experimentar as infinitas possibilidades de se estar na vida.

Foto Arquivo Pessoal: Eu em meu lugar preferido da “casa”

Assim, no final de agosto estaremos mudando nossa residência oficialmente para o Trouble Maker! Vamos com as crianças, gata, cachorra e um friozinho na barriga para ver de perto como é essa vida de nômade do mar.

Sejam muito bem-vindos a bordo do nosso Trouble Maker!

Hora de largar as amarras, levantar a ancora e ajustar as velas ao vento. Até a próxima ancoragem.

Beijos, Mari.

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Mariana Bertalot

Olá! Sou fonoaudióloga da primeiríssima infância, mãe do Giovanni de 11, da Manuela de 9 anos e casada com o Tiago. Tenho espírito nômade, adoro o contato intenso com a natureza, ouvir e contar histórias. Acabamos de mudar para um veleiro de 39.3 para conhecer o Mediterrâneo e a vida de um modo diferente.

Respostas de 16

  1. Meus amores, me vi num pedacinho dessa história.
    Desejo a vcs toda a felicidade do aceano..
    Que as aventuras sejam todas sensacionais, como a da Grécia.
    Que o protetor dos mares acompanhem vcs.
    Good look!!
    Bjs

  2. Desejo sucesso e muita alegria e saude a familia, estao vivendo o sonho de muita gente, inclusive eu. Boa sorte e obrigado por compartilhar sua historia.

  3. Fecicidades nessa jornada. Acertiva sua decisao. Da vida nao levamos nada mais q os momentos que sao proporcionados. Uma vida trancada na rotina imposta pela sociedade comum limita esses momentos e maximiza a vida da rotina e consumo. Que conhecam e saboreiem cada canto desse mundo

  4. Oi Mari, tudo bom ? Ontem mesmo estava vendo preço de veleiro e achar sua reportagem parece até um sinal. Venho pensando em vender tudo e viver num veleiro, mas sou solteira e sem filhos, não sei se seria aventura ou perrengue pra uma pessoa só. Gostaria de poder me corresponder com você, se possível. Que o Sol sempre os aqueça, que os ventos sejam muitos e que o mar esteja sempre um tapete. Que o Senhor os acompanhe e proteja. Grande abraço

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