E assim nasceu minha paixão pela fotografia!
Como capturar vida pelas lentes? Desde pequena, eu sempre gostei de fotografar. Amo tirar fotos de paisagens, animais e dos locais por onde passo, tentando sempre compartilhar a minha visão com amigos e família. Quando mais nova, eu sempre pedia de Natal uma nova câmera, e gastava toda minha mesada revelando fotos, nem sempre boas, até eu aprender a pedir para revelar apenas as melhores.
Com a aquisição da minha primeira câmera digital e o avanço da tecnologia, os dias de filme queimado e fotos horríveis ficaram para trás. Não gostou, deleta; gostou mais ou menos, edita; ficou boa, posta nas mídias sociais.
Vida de expatriada pode ser solitária
Quando eu saí do Brasil pela primeira vez, para ir para Houston fazer o treinamento que me levou para o Iraque, eu sentia muita solidão. Estava longe dos filhos e da família pela primeira vez, e nem sabia se ia voltar viva, afinal de contas, eu estava indo para a guerra. Nessa época, eu lia muito, e não sabia o que mais fazer para passar o tempo e não me sentir só.
Foi quando desembarquei em Dubai pela primeira vez, para concluir o treinamento começado em Houston. Fiquei absolutamente deslumbrada com os Emirados Árabes, e comprei uma câmera digital. A princípio, fiquei em Sharjah, um dos Sete Emirados e, todos os dias, saía para fotografar a então crescente Dubai e suas maravilhas.
Fotografia como antidepressivo
O ano era 2015, eu havia acabado de chegar em Tysons Corner, perto de Washington, nos Estados Unidos. Meu marido estava vindo de um projeto de um ano no Haiti; eu não o via há 11 meses. Eu ainda não podia trabalhar, porque estava no processo de obter meu Green Card. Consequentemente, enquanto ele ia trabalhar, eu procurava me ocupar. E, assim, quase todos os dias, eu pegava o metrô e ia para o Smithsonian Castle e outros museus, tirar fotos, caminhar pelas ruas da cidade, e ficar observando a natureza. Afastando, desta forma, a solidão. Nessa época, eu apenas compartilhava as fotos com meus amigos mais chegados e família. E seguimos a capturar vida pelas lentes!
Fazendo parte de grupos de fotografia no Facebook
Em Agosto de 2015, eu tive que fazer uma histerictomia parcial, e, menos de uma semana após minha cirurgia, meu marido teve que viajar a trabalho novamente. Dessa vez, ele ficaria fora por, aproximadamente, dois meses. Consequentemente, eu estaria sozinha num país estranho, longe de tudo e todos, tentando me recuperar de uma cirurgia.
Foi quando o Cardume Fotográfico, um grupo de fotógrafos amadores e profissionais criado na minha terra natal, Paranaguá, entrou na minha vida. Através de um amigo muito querido da minha adolescência, comecei timidamente a fazer parte do grupo pelo Facebook. Eu estava deprimida, sozinha, com medo, mas minha interação com o grupo, através de postagens diárias, foi me dando forças e ânimo e, quando vi, já era uma colaboradora assídua. Assim, fui aprendendo diferentes técnicas, composição e tantas outras coisas para tirar boas fotos.
Divisor de águas
O Cardume foi um divisor de águas na minha vida: reencontrei amigos que há muito tempo eu não tinha contato, fiz novos amigos que vou levar para o resto dos meus dias, compartilhei experiências e recebi ensinamentos. Por essa razão, passei a sentir que sou parte de algo, que eu pertenço a um grupo, sou uma peixinha no Cardume.
Capturar vida pelas lentes
Depois disso, entrei para o grupo do WhatsApp e também para outros grupos de fotografia no Facebook. Nem sempre tenho tempo de postar fotos no Facebook, mas sempre interajo no WhatsApp. O Cardume tornou-se uma parte muito importante da minha vida porque, através de amigos fotógrafos do grupo, eu acompanho o crescimento dos meus netos. E, fazendo isso, eu me sinto mais perto deles.
E, para mim, a Fotografia é a memória que fica. Assim, eu sigo capturando a vida pelas lentes!
.https://www.facebook.com/groups/cardumefotografico/
Meu nome é Luciana Barletta, mas meus amigos me chamam de Lu.
Estou fora do Brasil há 17 anos. Já morei no Iraque, Dubai e estamos nos EUA há 5 anos, sendo 2 anos em Delaware.
Sou natural de Paranaguá, no litoral do Paraná, mãe orgulhosa do Gabriel e Raphael, e avó babona do Davi e Benjamim;
Sou casada com o Shawn há 8 anos, mas estamos juntos há 13. Trabalho, gosto de fotografar paisagens, ler, cozinhar e de sair para caminhar com o Finn, meu cachorro, nas horas vagas.