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Como é morar no Qatar

Última atualização do post:

Qatar

Sou do Rio mas fui embora do Brasil no início dos anos 90 e morei em vários países das Américas do Sul e Central e em alguns países europeus.

Voltei para o Brasil por um período em que fui morar na Bahia e depois voei pra longe de novo em 2003.

Hoje tenho mais tempo vivendo fora, do que no Brasil. Na minha segunda saída eu me estabeleci na Holanda, Inglaterra, Emirados Árabes e agora vivo no Qatar (em inglês ou Catar em português).

Como é morar no Qatar
Alguns cantos por Qatar – arquivo pessoal

Adaptação

Em cada lugar que vou, ganho um pedacinho de lá e deixo um pedacinho de mim.

O engraçado é observar que padrões de comportamento às vezes associados a um local, muitas vezes são também encontrados em outros. Assim como a geografia, a arquitetura e os costumes.

Isso facilita na adaptação, mas pode também ser um elemento de atraso, já que se tem a nítida impressão de se conhecer bem uma cidade e sua cultura e, na verdade, o choque é grande.

Pleas ruas da cidade
Mais lugares por Qatar – arquivo pessoal

Foi o que aconteceu comigo na experiência atual, pois vim para o Catar depois de cinco anos muitíssimo felizes nos Emirados Árabes.

Dubai virou minha casa. Foi onde meus filhos aprenderam a andar, falar, comer sozinhos e entraram na escola. Fiz muitos amigos e aprendi a ser mãe lá. Sempre vou ter Dubai no coração e como uma referência.

Qatar

Ao chegar aqui esperava encontrar uma extensão de Dubai, já que o extremo leste dos Emirados Árabes fica a apenas algumas horas de carro do Catar – ou menos de 100 quilômetros. Mas me deparei com um grande canteiro de obras.

Pouco verde, todas as ruas sendo construídas e muito mais rigor com a vestimenta e comportamento de expatriados. Em Dubai eu vivia uma vida ocidental num país árabe, já em Doha tive que me adaptar e, pela primeira vez, cobrir ombros e joelhos pra ir até em lugares públicos.

O mar é de um azul caribenho. Não se pode ir à praia de biquíni, só de short e blusa cobrindo os ombros (a não ser em hotéis ou no meio do deserto).

Mar caribenho de Qatar
Mar caribenho de Qatar

Fazer amigos sempre ajuda

Os Cataris são bem menos tolerantes com os estrangeiros e há infinitamente menos opcões de diversão.

Os primeiros meses foram muito difíceis porque sentia muita saudade e ainda sinto. Mas o que me ajudou, o que segurou mesmo as pontas, foram as amigas que fiz já na primeira semana.

Estou no meu nono mês e já fiz várias “amigas de infância”. Com elas eu converso, rio, bebo, saio, vou para a academia, troco experiências e isso tudo é o que faz com que minha vida aqui seja tão boa.

Ao contrário de muitos expatriados que buscam grupos de amigos compatriotas para amenizar a saudade de casa e do que é familiar, eu busco contato com outros expatriados que já não se indentificam tanto com seu país de origem e têm vida itinerante como a nossa.

Meus amigos vêm do mundo inteiro e é com eles que eu me sinto “em casa”.  

Pessoas que fazem amizade fácil, que são abertas às diferenças, costumes, que são curiosas e interessadas, que assistem programas e ouvem música do mundo todo.

Esse virou meu “lar”. E aqui em Doha há bastante gente como eu, que por estar numa comunidade pequena, é bem mais aberta e disposta a formar uma “família” local.

E assim vou vivendo. Conhecendo, me surpreendendo, me frustrando, passando raiva, vivendo momentos felizes, compatilhando experiências, vivências, aprendendo e desaprendendo. Evoluindo sempre.

Ruas de Qatar
Pelas ruas de Qatar – arquivo pessoal

E nessas andanças pelo mundo vou contruindo nossa história que vou contando um pouquinho pra vocês por aqui.

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Paula Satink

Paula Satink é jornalista e executiva de comunicação, com mais de 25 anos de expatriação em vários países da América do Sul, Central, Europa e Oriente Médio. Ela tem 4 filhos, e há seis anos se dedica exclusivamente à educação deles.

Uma resposta

  1. Visto que tenho pretensão em viver no Qatar já apartir deste mesmo ano no final, esse artigo aumentou as minhas espectativas.

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