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Como ficam as crianças em meio a mudança de país?

Última atualização do post:

crianças em meio a mudança de país
Minhas filhas brincando - arquivo essoal

Mudar de país com as minhas filhas, achei que seria mais complicado. Mas alguns fatos foram incontestáveis.

Atualmente, a Júlia tem 8 anos e a Larissa 4 e sim, muitas mudanças deixaram minhas pequenas confusas. Primeiro minha irmã partiu em busca da sua felicidade nos EUA. Minhas filhas são muito apegadas a ela e sentiram muito a falta da tia que tanto amam.

Ao mesmo tempo, a Júlia tinha que ver a vó, infelizmente passando por um tratamento de câncer e sentindo as dores de talvez não ter a avó mais por perto.

Quando decidimos mudar de país, de fato, não administramos todos os sentimentos das meninas, até porque os nossos estavam a flor da pele. Mas, fizemos de tudo para diminuir a dor da saudade de pessoas que elas tanto amam.

Os avós maternos

A família do meu marido não é tão presente na vida das minhas filhas, mas o meu lado familiar compensa demais e juro, elas priorizam a atenção, porque criança sente de fato quando são amadas. E levando em conta isso, sempre foram muito apegadas aos meus pais.

Meu pai, separado da minha mãe, vive no interior de SP, mas sempre estivemos em sua casa. A cada dois meses estávamos visitando, primeiro porque ele vive sozinho e segundo porque elas AMAM esse avô.

Em meio aos planos de mudança, decisões importantes do nosso novo lar, chegou à pandemia. Logo, tudo foi adiado e necessitamos (assim como todos), nos distanciarmos dos meus pais. Minha mãe, enfermeira, meu pai com 60 anos, seria um risco pra eles.

crianças em meio a mudança de país
Vô e as netas : Como ficam as criancas quando mudamos de país? – Arquivo pessoal

E nesse tempo, percebemos que houve mudança de comportamento da minha filha mais velha que constantemente dizia que sentia a falta do avô e da avó. A mais nova, não conseguia entender o que estava se passando, mas a Júlia sim.

Ela já não conseguia dormir sozinha, alegando que tinha medo de ficar sozinha a vida toda, muitas noites, quando já estava pra ir dormir, chorava com saudade e/ou acordava no meio da noite, como se estivesse sonhando e pedindo pelo avô.

A fim de diminuir a sua angústia, fugíamos para casa do meu pai quando conseguíamos, porque já de fato estávamos isolados e ele também. E graças a Deus tudo deu certo sempre. Ambos os lados se cuidando.

Enfim, tudo certo!

Como a viagem estava adiada (sabíamos que ia acontecer, mas não quando iria se concretizar), a ansiedade tomava conta das meninas: E a nova vida, como será? E a escola…os passeios? Como serão nossos amigos?

Data marcada para a viagem e antes disso, minha filha mais velha começou a fazer terapia com uma psicóloga incrível que nos recomendaram. A cada sessão, percebíamos uma melhora, nem que fossem nas pequenas coisas,e ela não era mais tão pessimista como antes e já via um futuro mais claro e menos angustiado.

Porém com tudo mais resolvido, viagem certa e tudo devera encaminhado, surgia outro problema…a falta dos meus pais.

A despedida não foi fácil e confesso que achava que ela fosse chorar mais na hora de dizer “até logo”, para o vô. Mas não, chorou até não poder mais quando se despediu da minha mãe. Chorou de um jeito que eu chorei, por sentir a sua emoção, a sua tristeza momentânea. Na hora foi angustiante e ao mesmo tempo que eu sentia isso, também tinha que passar forca e ela e dar a certeza que isso iria passar com o tempo. E assim foi.

as crianças em meio a mudança de país
Avó e netas : saudades dos expatriados – Arquivo pessoal

Depois de mais sessões de psicologia, choros em casa (já na Colômbia), desabafos e tudo mais, hoje ela está mais calma e com isso a Larissa também, já que a irmã é seu espelho e sua melhor amiga.

E agora o que virá?

Depois de nos instalarmos na nova casa, conhecer a escola e amigos novos da Júlia, chegou a vez de adaptarmos a Larissa ao meio escolar. Ela está no comecinho do distanciamento de mim (desde que nasceu sempre esteve coladinha em mim), estou sofrendo um pouquinho por não querer ficar longe dela, mas tudo é questão de costume e entender o quanto é necessário essa adaptação pra ela. Mas quando ela iria começar a escola tudo fechou por conta do covid 19.

Aos poucos estamos conquistando, juntos, a sua independência infantil. E com muita alegria!

Hoje vemos que nossas filhas já sabem fazer escolhas e falam dos familiares com muito carinho, demonstram muito amor e se preocupam muito mais. Como se entendessem que a distancia é só de localização e que o coração está sempre coladinho um ao outro. E assim será pra sempre.

Enfim, todos os dias agora, seguimos com a Lari na sua adaptação completa no âmbito escolar. E aí? Como será?

Logo logo volto para contar como está sendo a aventura. Espero que seja em breve o dia que ela entrará na escola e dirá com tranquilidade: “Até daqui a pouco, mamãe”! Assim, até eu ficarei mais tranquila.

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Gabi Luspa

¡Saludos! Sou a Gabi, nutricionista, e moro na Colômbia com minha família, mais precisamente em Bogotá. Sou apaixonada não só pela cidade, mas como por toda a Colômbia e fico muito feliz em poder dividir minhas experiências com todos vocês :)

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