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Como manter uma rotina saudável no inverno.

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Uma rotina bem definida de exercícios e boa alimentação - Imagem: Arquivo Pessoal
Uma rotina bem definida de exercícios e boa alimentação - Imagem: Arquivo Pessoal

Hoje, depois de uma semana intensa de chuva e alertas de storm aqui na Irlanda, resolvi correr após meu expediente de trabalho. No meio da corrida, como de costume, tive alguns insights. Por exemplo, como começar e manter uma rotina saudável no inverno?

O impacto do clima

Meu pensamento foi longe – há 13 meses atrás – minha primeira corrida aqui na Irlanda, pouco mais de um mês depois que cheguei. No Brasil, eu carioca da gema, sempre tive uma rotina ativa de exercícios. Corria na orla quatro a cinco vezes por semana. Na maioria das vezes, assistia o sol nascer e em seguida dava um bom mergulho no mar. Sim, você deve estar pensando: “que loucura” ou então, “que delícia”. Pois é, essa carioca se mudou para Irlanda bem no início do inverno, conseguem imaginar? Quando cheguei em dezembro do ano passado estava frio, mas eu ainda estava naquele clima de turista. Passado uns dias após o reveillon a rotina começou e eu realmente senti o impacto.

O dia começava a clarear às 8h30, e a noite chegava às 17h. Eu estava acostumada a tomar café às 7h da manhã, mas aqui não sentia fome porque estava escuro! Era como se ainda não fosse de manhã. Comia às 11h e quando percebia já era hora de ir para a aula. Nos primeiros dias não conseguia encaixar a corrida na minha rotina, fazia muito frio e, nessa situação, ninguém pensa em sair da cama cedo.

Na segunda semana de aula, não me reconhecia. O sono e o cansaço eram constantes, ficava chateada comigo mesma por não manter a mesma rotina que eu tinha no Brasil. E foi a partir daí que me olhei no espelho e me perguntei: “Por que você tenta encaixar sua rotina do Brasil aqui? Por que você se cobra tanto e não tenta se adaptar à nova vida?” E nesse dia eu também me respondi: “Bora agir, Andrea!”.

Sensação de bem estar

Com o autoconhecimento a gente aprende a se levantar e a se reinventar até mesmo quando o caminho parece nebuloso. E como eu já vinha nessa jornada desde a pandemia, parei de me lamentar internamente e olhei para o que eu tinha disponível naquele momento. Fui a uma loja e procurei por roupas adequadas para corridas no frio. Fui até o mercado e comprei aquelas frutas, sementes, iogurtes, e outros produtos que no Brasil geralmente são mais caros. Mas aqui na Irlanda o preço é bem acessível. E tudo isso, caros leitores, já é um sinal do Universo, de que você está mudando, ou melhor, querendo fazer diferente.

Me organizei e fui correr naquela manhã gelada em Galway. No início foi difícil manter a respiração, o ritmo, e a boca sem tremer (risos). Entretanto, pensei que o importante é completar a corrida. Talvez não seja a corrida mais rápida. Dessa forma, fui deixando sendo levada pelo ritmo da música. E no final?!

No final tive uma sensação de adrenalina, endorfina, alegria, prazer no corpo que não tem preço. Olhando a praia de Salthill, mesmo com o vento frio no rosto, eu pensei: “Quero tudo isso, de volta”.

Ao chegar em casa tomei um bom banho quente e depois preparei meu café da manhã, ou melhor, quase almoço ou como chamam aqui: um “brunch” – café puro quentinho, um belo bowl de frutas com sementes e ovos com uma fatia de um pão diferente que achei no mercado. Me senti renovada e plena. Desse modo o frio passa, e parece que você abastece seu corpo de boas energias. Assim, fui para aula feliz e de noite foi melhor ainda. Não estava exausta, e o sono foi bom. Foi uma sensação de bem estar e de dever cumprido.

rotina saudável no inverno
Na praia de Salthil, pausa para observar a sensação de bem estar – Imagem: Arquivo Pessoal

Onde encontrar motivação?

Entretanto, o grande desafio era continuar. O lado positivo é que eu queria mais, pois era bom o pós exercício. Mas estando na Irlanda, como seria possível? Aqui chove cerca de cinco a sete dias na semana! Por fim, mais uma vez o autoconhecimento vem e achamos uma saída. Não se tratava apenas da corrida, e sim de movimentar o corpo, se exercitar!

Pensando dessa forma, fiz uma lista no meu caderno de todos exercícios que eu faria, e fui marcando tudo o que conseguiria fazer em casa (para os períodos intensos de frio e chuva) e o que eu conseguiria fazer fora. Colocar as ideias no papel ajuda a clarear nossos pensamentos quando eles estão confusos.

Além disso, organizei melhor minha manhã, pois não precisava mais acordar às 6h. Dormia um pouco mais, fazia minha meditação e caderno da gratidão logo pela manhã e quando começava a clarear eu saia para correr. Substitui o simples café da manhã do Brasil por um bom brunch antes da aula. E a noite, eu deixava livre, às vezes jantava e outras vezes fazia um lanche. Equilíbrio e balanço são super importantes.

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Nem sempre é possível admirar o nascer do sol em Galway – Imagem: Arquivo pessoal

Sempre podemos nos reinventar

E o mais importante disso tudo, foi que não me impus uma grande e imensurável meta. Comecei pouco a pouco, apenas por dois dias. E conforme meu corpo ia recebendo aquelas doses, eu ia me motivando a fazer cada vez mais. É viciante.

Quando colocamos uma meta muito grande, se não a atingimos, acabamos nos frustrando; não é mesmo?! Eu tinha acabado de chegar, estava tudo bem ir com calma. Quando não conseguia correr devido ao clima, eu usava minha imaginação: faxinava a casa, colocava as melhores músicas, dançava como se não houvesse amanhã, fazia yoga online. Depois da pandemia, ficou fácil encontrar exercícios para fazer em casa.

Contudo, o que eu quero frisar aqui é que podemos inventar, reinventar, sair da caixa. É desafiador, mas é possível. Você não precisa fazer duas horas de atividades físicas todos os dias. Comece com 30 minutos; com uma caminhada mais longa pela redondeza. Ou então, faça alongamentos por 10 minutos ao acordar. Talvez adicione frutas ao seu café da manhã. O importante é cuidarmos da nossa saúde nesse período de inverno (principalmente se moramos nos países do hemisfério norte). Falo da saúde física, mental e espiritual. O exercício e boa alimentação melhoram indescritivelmente nosso bem estar, humor, e energia.

No Brasil, quando me perguntavam de onde eu tirava toda minha energia, eu costumava dizer que: “Tem algo maravilhoso me esperando lá fora, o Universo sempre me surpreende”. E na Irlanda eu também pude fazer uso dessa minha frase. Mesmo que eu não saísse de casa para fazer exercícios físicos todos os dias, me dedicava com coração e intenção. Além disso, sempre cuidava da alimentação; aqui tenho acesso a uma maior variedade de alimentos e consigo fazer melhores escolhas.

Comece pelo simples

Se estiver difícil fazer isso sozinho (a), faça um acordo com um amigo, com o companheiro, com a família, para que de forma leve e divertida, um ajude ao outro nesse processo de motivação. ‘Cole’ naquela pessoa que te inspira, mesmo que de forma virtual, se for o caso.

Tenha uma lista de cinco coisas viáveis para você fazer todos os dias, sem contar o trabalho. Coisas que te nutram, que te façam feliz, que te façam se sentir vivo. E se empenhe para cuidar de você.

Nunca é tarde para recomeçar; mesmo que seja por novos caminhos – no meu caso a Irlanda. Caminhos gelados e molhados (risos).

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Deia Paya

36 anos, carioca da gema, apaixonada por viagens, que me permitem conexão com outras culturas, pessoas e gastronomia! Essa minha paixão começou no meu primeiro mochilão para o Chile e Bolívia em 2016. Desde então não parei mais e hoje contabilizo 19 países visitados. Graduada em Nutrição, trabalhei por 10 anos no corporativo, e numa pandemia me reinventei por completo, encerrando esse ciclo e me assumindo como escritora, empreendedora e viajante! A escrita foi o grande divisor de águas na minha vida. E eu acredito que com as palavras transmito alegria, luz, fé, esperança, motivação, inspiração e amor ao meu redor. E não foi apenas a carreira que eu mudei, essa transformação foi na minha vida também, o que impactou até na criação e prática de hábitos e rotinas mais leves, mais goodvibes! Eu soube mudar as lentes da Andrea do passado para enxergar a vida melhor mesmo diante do turbilhão, imprevistos e emoções que aparecem no caminho. Lancei meu primeiro livro em Dezembro de 2021 “A minha fome é de viver” onde narro essa minha transformação, e te ajudo a mudar também a sua forma de enxergar a vida! Logo depois do lançamento, dei início a uma nova vida em um país diferente … a Irlanda, onde estou até hoje!

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