Língua, mercado, roupas e transporte. Eu e meu companheiro nos mudamos para a Suécia e juntos, estamos aprendendo uma cultura completamente diferente.
Se adaptando em Estocolmo
Iremos completar três meses desde que mudamos para o outro lado do oceano. Estocolmo está sendo um lugar em que, mesmo com tão pouco tempo, estamos nos adaptando facilmente.
Claro que erros foram cometidos, como confundir a palavra e entrar no banheiro ‘masculino’ sem querer, acabar trocando palavras e falando inglês sem sentido nenhum, pegar o ônibus errado e parar em um lugar desconhecido, acabar comendo um peixe ‘estranho’ sem entender o que era ou sair de casa com agasalho fino mesmo estando frio do lado de fora.
Lógico que também tive oportunidades incríveis que estes mesmos erros acabaram me proporcionando, aventuras que estou dando risada até agora.
Algumas experiências que tive até agora em Estocolmo
Nas próximas linhas, vou compartilhas algumas das minhas experiências e dicas de uma recém-chegada:
Idioma
- Inglês já irá te ajudar muito, mas se puder aprender palavras-chaves como: OI, OBRIGADA, COM LICENÇA, DESCULPA E POR FAVOR em sueco, vai te ajudar bastante.
Mesmo o sueco sendo a linguagem oficial, quase todo mundo fala inglês muito bem. Segundo o ‘Ranking Mundial de Países e Regiões por Habilidade em Inglês, de 2021 da EducationFirst (EF), a Suécia está em oitavo lugar de 112 países avaliados em que a proficiência é muita alta em habilidades em inglês.
Quando cheguei aqui, uma das coisas que sempre perguntava para as pessoas antes de começar uma conversa, era se elas falavam inglês. Na minha experiência, recebi algumas torcidas de nariz e alguns sorrisos compreensivos, mas depois parei de perguntar e ia direto ao ponto, em inglês mesmo.
Uma vez no mercado, uma menininha que aparentava ter no máximo uns seis anos me pediu ajuda em inglês para pegar um pacote na última prateleira e o inglês dela era totalmente em um nível intermediário para avançado. Foi surpreendente.
É possível sim, se virar com o inglês básico. Mas é bacana, no começo, conseguir se comunicar com as pessoas pelo menos com o básico do sueco, como ‘agradecer’, dar ‘bom dia’ ou ‘com licença’. Ir no seu tempo, aprendendo de pouquinho em pouquinho.
Mercado
- No mercado, há muitas opções veganas/vegetarianas e para quem come carne, os cortes são diferentes do Brasil.
As primeiras vezes no mercado, foi como entrar em uma loja de brinquedos, pois eu parecia uma criança. Sabe aquelas coisas gostosas que vemos sempre os influenciadores e famosos compartilhando nas mídias sociais quando vão viajar, então, estavam ali na minha frente. Tive que me conter, né. rsrs
Mas achei impressionante a variedade vegana e vegetariana. Mercados como COOP, ICA e LIDL tem suas próprias linhas.
Aqui tem bastante caixa automático que você passa e paga suas compras ou até mesmo uma maquininha que te permite escanear o produto na prateleira e colocar dentro da sacola sem passar no caixa.
Confesso que ainda estamos tendo dificuldade para escolhermos os cortes das carnes no mercado, mas já e um bom começo saber que eles chamam a picanha de picanha mesmo. Frango é ‘kyckling’, porco é ‘Fläskkött’ e carne é ‘Kött’ Uns dos pratos típicos daqui é o köttbullar, que são almôndegas com purê de batatas, picles, um molho e geleia de lingon, uma frutinha vermelha gostosinha. No mercado você encontra tudo para preparar em casa.
Roupas
- Apesar da dificuldade para encontrar variedades em lojas físicas, roupas de tamanhos maiores que G podem ser encontradas.
Ao chegar, tive certa dificuldade em abastecer o guarda-roupa, já que o inverno está se aproximando e não havia trazido nada para o frio da Suécia, além de um casaco da marca brasileira Ashua. Após bater perna consegui achar roupas de tamanhos grandes na H&M, Lindex, Cubus e Larger 157 (casacos somente fecharam em mim na parte masculina). Para casaco pesado a prova de água, forrado e de neve e mais alguns itens de inverno optei pela Zalando online. Os preços não são os melhores, mas é uma loja multimarca.
Outra opção para encontrar roupas, não tanto as de tamanhos grandes, mas com preços melhores, são os brechós. Aliás, aqui na Suécia a cultura de reutilização é muito forte. Nas lojas de ‘Second hand’ podem encontrar de tudo, desde roupas femininas, masculinas e infantis a até objetos, brinquedos, sapatos, acessórios e eletrodoméstico. Alguns dos brechós que fui são o Arkivet, Stockholm Stadsmission e Humana.
Transporte público
- Guarde ou ‘print’ o comprovante ou o cartão que usou no metro, ônibus ou ferry.
Enquanto estiver dentro do transporte coletivo, fiscais podem passar para verificar se você comprou o bilhete para aquela viagem, por isso, sempre guarde o comprovante, pois a multa para quem anda sem pagar bilhete pode chegar a 1.500 coroas suecas (cerca de 700 reais com a cotação de 2022 / ou dólar 133.80 U$), segundo reportagem da AFP-Checamos.
Espero compartilhar mais informações da Suécia com vocês.
Como brasileira aqui, é claro que já me perguntaram sobre futebol e samba e eu respondi com todo carinho e lembrança do Brasil. Mas também levei novas histórias e informações sobre nosso país. Por que no final a gente aprende com eles e reaprendemos um pouquinho sobre nós.
Eu sou Bruna e espero nos tornarmos ‘amiges’ nas próximas aventuras e desventuras que irei compartilhar aqui no blog.
Olá, sou a Bruna Blumfeldt, filha de professora, neta mais velha de nove, nascida em São Paulo e morando em Estocolmo, na Suécia. Me formei em jornalismo e trabalhei em uma grande emissora de televisão com produções jornalísticas para o jornal matinal. Estou descobrindo o mundo e espero compartilhar com você e nos tornamos amigos.
Gosto de compartilhar em vídeos, no reels do Instagram, lugares para conhecer aqui na Suécia e meu dia a dia nos stories @brunablumfeldt
Uma resposta
artigo muito útil e encorajador para novas aventuras! Deu muita vontade de viver essa experiência!