12 anos atrás fiz a mamografia, Outubro 2007 e venci o câncer de mama.
Diagnóstico: nada além de uma área escura…
Sentia algo “móvel” no meu seio esquerdo quando tomava banho. Na minha cabeça tumor era algo “duro”, um caroço preso, não coisa que move. Em dezembro, uma espécie de “pus”, tipo um leite pingou.
Estava morando em Dubai, Emirados Árabes Unidos, há pouco mais de um ano. A minha ginecologista me encaminhou para uma mastologista que detestei no princípio. Ela queria fazer a mastectomia! (AINDA BEM QUE FEZ!). Hoje agradeço muito a ela, a quem adoro.
Depois de ter feito uma biopsia ela me ligou falando assim: você vai se surpreender, é câncer, células cancerígenas. Sentei. Estava no Outlet-Mall em Dubai com minha amiga Alessandra.
Anjos que aparecem
Naquela época, minha amiga Dolly, um anjo que me guarda sempre, chegou do Líbano para me visitar. Dolly, Norma, Alessandra e muitas outras lindas e amadas mulheres foram essenciais para mim como suporte. Sem falar da minha amada mãe, que ficou comigo e meu filho, tendo depois vindo também minha irmã Fernanda.
Quantos anjos a gente encontra! Agradeci que era eu, não meu filho com apenas cinco anos na época, meu marido, minha mãe, ou minhas irmãs. Agradeço todos os dias a oportunidade de viver e de ter tido tratamento.
Fiz a reconstrução do seio esquerdo e tenho um par de seios novos que curto muito. Hoje, 12 anos depois, me sinto sexy e desejada. Faço até topless em praia que permite. Graças às mãos do Dr. Prof. Jayme Farina, USP Ribeirão Preto e ao meu oncologista Dr. André Rizk, libanês que minha amiga Norma indicou. Faço piada que ela me indicou duas categorias super importantes: um cabeleireiro top e um médico oncologista também top.
Olhar adiante e seguir em frente
Eu fazia um monte de coisas que me davam um suporte além do tratamento convencional. Aprendi com uma enfermeira a respeitar a quimioterapia: ela me dizia que eu tinha que respeitar esse medicamento. Jamais reclamei. Minha tia Beth me sugeriu dizer o seguinte: “que seja bem vinda”. E assim eu fazia toda vez que era picada para receber quimioterapia e trastuzumab/herceptin. Visualizava minhas células sendo lavadas e ficando limpinhas.
O calor e apoio da família, amigos que me enchiam de carinho, mensagens, telefonemas e visitas eram um impulso de vida, um remédio vital. Uma vez por semana recebia reiki com a Lisa Perry que me fazia uma tarifa especial. Fiz reflexologia com uma mulher sensacional, minha então funcionária em Dubai, a Mylene. Curou minhas queimaduras da radioterapia com óleo de coco natural que ela mesmo cozinhava da fruta. Fiz sessões de life-coach com uma outra amiga.
Não estagnar (“get stuck”) é o caminho a meu ver. Acreditar em DEUS, DIVINIDADE, UNIVERSO, TODO, chame de como quiser, é ESSENCIAL. E o principal: acredite em você, somos pequenos DEUSINHOS ILUMINADOS.
Viver no século 21 é um grande privilégio. Ter oportunidade de fazer este tratamento foi uma benção.
Continuar a vida e abraçá-la é um presente. Nós podemos! Então agarre que vale a pena.
Clique aqui para ver outro depoimento sobre câncer de mama.
Roberta tambem fez um video depoimento.
Brasileira, designer e gerente de projetos na área de produção e customização – adoro arte, sinalização, tipografia, estilo de vida, moda, design, comportamento, hospitalidade, eventos, espiritualidade e gente.
Morei na Alemanha, Dubai e vivo hoje nos EUA, Califórnia.
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