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Impactos de um trauma na vida cotidiana

Última atualização do post:

trauma na vida cotidiana
Um processo terapeutico é fundamental para a cura - Imagem: Dri Pariz

O trauma é uma experiência profundamente perturbadora que pode afetar significativamente a vida cotidiana de uma pessoa. Muitas vezes, associamos o trauma a eventos extremos, como acidentes graves ou até situações de guerra. Contudo, a verdade é que o trauma pode se manifestar de muitas maneiras diferentes e afetar o nosso cotidiano de uma forma mais sutil do que imaginamos. Neste artigo, exploraremos como o trauma impacta o nosso cotidiano, assim como os diferentes tipos de trauma e as estratégias para se recuperar.

Os Diferentes Tipos de Trauma

O trauma não se limita apenas a eventos físicos chocantes. Nesse sentido, existem três tipos principais de trauma que podem afetar nossa vida cotidiana de maneira única:

  1. Trauma Físico: ocorre quando uma pessoa experimenta lesões físicas graves devido a acidentes, lesões esportivas ou agressões. As consequências do trauma físico podem incluir dor crônica, incapacidade física, bem como cicatrizes emocionais.
  2. Trauma Psicológico: está relacionado a eventos emocionalmente perturbadores, como abuso emocional, negligência, bullying ou uma perda significativa. As cicatrizes deixadas por esse tipo de trauma podem se manifestar em forma de ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), assim como outros distúrbios mentais.
  3. Trauma Interpessoal: ocorre nas relações interpessoais, e decorre de abuso sexual, violência doméstica ou bullying. O trauma interpessoal pode ter um impacto profundo em nossos relacionamentos e na nossa capacidade de confiar nos outros.

Dica de leitura: A arte de pertencer a outro país

O Impacto do Trauma no Cotidiano

O trauma, independentemente do tipo, pode afetar profundamente o nosso cotidiano de várias maneiras:

  1. Respostas de Estresse Crônico: pessoas que experimentaram traumas muitas vezes vivenciam níveis mais elevados de estresse crônico, o que pode resultar em insônia, problemas de concentração e dificuldade em relaxar.
  2. Reatividade Emocional: o trauma pode aumentar a reatividade emocional, tornando as pessoas mais propensas a explosões de raiva, ansiedade intensa ou ataques de pânico.
  3. Isolamento Social: a vergonha e o medo associados ao trauma podem levar ao isolamento social, fazendo com que as pessoas evitem o contato com os outros.
  4. Problemas de Relacionamento: o trauma interpessoal pode prejudicar a capacidade de confiar e se conectar com os outros, o que pode levar a problemas nos relacionamentos.
  5. Autoestima e Autoimagem: o trauma muitas vezes resulta em uma autoimagem negativa e baixa autoestima, levando a uma sensação de desvalorização pessoal.
  6. Comportamentos de Autossabotagem: algumas pessoas recorrem a comportamentos autodestrutivos, como o abuso de substâncias ou a automutilação, como uma forma de lidar com o trauma.

O Ciclo do Trauma e a Reatividade

Dessa forma, o trauma muitas vezes desencadeia um ciclo de reatividade emocional que pode ser difícil de quebrar. Em outras palavras, quando uma pessoa vivencia uma situação traumática, o cérebro e o corpo frequentemente se adaptam a um estado de alerta constante. Isso resulta, portanto, em um estado de hipervigilância, onde a pessoa está sempre em busca de ameaças potenciais, mesmo em situações cotidianas. Esse estado de alerta pode levar a respostas emocionais exageradas, assim como a estímulos que não seriam considerados ameaçadores para a maioria das pessoas. Por exemplo, um som alto inesperado pode desencadear uma resposta de pânico.

Gatilhos e Flashbacks

Muitas vezes, pessoas que sofreram trauma experimentam gatilhos, que são, em resumo, situações, lugares ou eventos que os fazem reviver o trauma de forma intensa e angustiante. Esses gatilhos podem ser tão simples quanto um cheiro, um som ou uma palavra que lembre a pessoa do evento traumático. Além disso, flashbacks são experiências vívidas e involuntárias do trauma, que podem ocorrer como se a pessoa estivesse revivendo a situação traumática.

Efeitos no Trabalho e na Produtividade

O impacto do trauma no cotidiano também se estende ao ambiente de trabalho. Nesse sentido, pessoas que enfrentam algum trauma podem ter dificuldades em manter o foco, cumprir prazos e interagir com os colegas. Por conseguinte, a ansiedade e o estresse constantes podem afetar negativamente a produtividade e a satisfação no trabalho. Portanto, é importante que os empregadores estejam cientes das necessidades dos funcionários que vivenciaram um trauma e proporcionem um ambiente de trabalho que seja sensível a essas questões.

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Alguns traumas resultam em dificuldades no relacionamento e na vida acadêmica – Imagem: Canva

Trauma na Infância e Desenvolvimento

O trauma na infância pode ter um impacto duradouro no desenvolvimento de uma pessoa. Crianças que passam por experiências traumáticas podem ter dificuldades em desenvolver habilidades sociais e emocionais saudáveis. Nesse sentido, isso pode levar a problemas de comportamento, dificuldades acadêmicas e desafios de relacionamento ao longo da vida.

Estratégias para iniciar um processo de cura

Embora o trauma possa ter um impacto avassalador em nossas vidas diárias, existem estratégias eficazes para lidar com seus efeitos e iniciar o processo de cura:

  1. Busca de Ajuda Profissional: a terapia é, certamente, uma ferramenta fundamental para lidar com o trauma. Terapeutas especializados podem ajudar os indivíduos a processar suas experiências e desenvolver estratégias para lidar com os sintomas.
  2. Redes de Apoio: construir relações de apoio com amigos e familiares pode ajudar a aliviar o isolamento social e fornecer um sistema de suporte emocional.
  3. Técnicas de Relaxamento e Mindfulness: práticas como meditação e yoga podem ajudar a reduzir o estresse e a reatividade emocional.
  4. Exercício Físico: a atividade física regular pode liberar endorfinas, melhorar o humor e promover uma sensação de bem-estar geral.
  5. Autoconhecimento: a busca pelo autoconhecimento e pelo entendimento das reações ao trauma, da mesma forma, pode ajudar na reconstrução da autoimagem e na promoção da autoestima.
  6. Grupos de Apoio: participar de grupos de apoio para sobreviventes de trauma pode proporcionar uma sensação de pertencimento e compreensão compartilhada.

A Importância da Autocompaixão e da Aceitação

Lidar com o impacto do trauma no cotidiano exige autocompaixão e aceitação. Muitas vezes, as pessoas que vivenciaram um trauma culpam-se ou sentem vergonha de suas reações emocionais. É fundamental entender que as respostas ao trauma são normais e naturais. A autocompaixão envolve tratar-se com gentileza e compaixão, como se fosse um amigo que está sofrendo. Ou seja, aceitar e validar as próprias experiências é um passo fundamental na jornada de cura.

O trauma é uma experiência profundamente perturbadora que pode afetar todos os aspectos de nossas vidas diárias. No entanto, é importante lembrar que a recuperação é possível. Com o apoio adequado, a compreensão do impacto do trauma e o compromisso com o processo de cura, as pessoas podem aprender a viver suas vidas de maneira mais saudável e significativa após o trauma.

Sendo assim, é fundamental quebrar o estigma em torno do trauma, buscar ajuda quando necessário e criar comunidades de apoio que valorizem a cura e a resiliência.

Para isso, você pode contar comigo!

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Para ler outros artigos sobre o tema entre aqui!

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Beatriz Setto Godoy

Olá! Eu sou Beatriz Setto Godoy, mais conhecida como Bia. Uma ítalo-brasileira, apaixonada pelo mundo: por conhecer lugares, pessoas e culturas diferentes. Tenho formação em Administração, Psicanálise, em Comunicação Não-Violenta e em Programação Neurolinguistica. Sou uma arquiteta de pessoas especialista em comunicação assertiva. Facilito treinamentos na área de comunicação, atendimento, liderança com o foco em criar conexões e melhorar o clima organizacional adquirido nos meus 20 anos de CLT. Com minha experiência de vida ajudo pessoas do mundo todo a se conhecerem para viverem com leveza e sentido. Realizo atendimentos psicoterapêuticos em português e inglês. Criei o Podcast Conecte-se com a sua Jornada, escrevo como colunista de um Blog para expatriadas e para uma revista Espanhola sobre bem estar, a Therapies Magazine e também, sou escritora de livros. Contem comigo!

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