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Me apaixonei por um gringo! E agora?

Última atualização do post:

casamento -no - exterior

Quantas histórias já não ouvimos falar sobre uma paixão entre pessoas de culturas diferentes? Basta olharmos para o próprio povo brasileiro. Uma misturada só que, segundo a cientista Lygia da Veiga Pereira, faz do Brasil, provavelmente, o país com mais miscigenação do mundo.

Aliás vale a leitura dessa matéria para entender mais sobre nossa miscigenação, e como isso nos afeta enquanto população, já que vai muito além de histórias de amor.

Neste texto quero passar minha experiência não só como psicóloga, já que atendo expatriadas pelo mundo afora, mas, embora a paixão não ter sido o motivo principal de eu vir parar aqui, já sei direitinho como é estar nesse papel também. Depois de 15 anos casada com um brasileiro, se relacionar com um estrangeiro é desafio na certa.

Eu devo mudar de país pelo amor?

me apaixonei por um gringo
Minha – metade – da – laranja. Acervo Freepik

Essa é uma pergunta bem difícil de ser respondida porque relacionamentos, independente de cor, raça ou credo já não são algo nada fácil.

São dois seres humanos diferentes, criados em ambientes diferentes, com histórias passadas distintas, valores nem sempre parecidos e possíveis expectativas, também diferentes. Agora você pega tudo isso e imagina dois indivíduos de culturas também diferentes se relacionando? O amor é lindo, mas tem muita coisa envolvida!

Não existe regra de tempo de convivência para sabermos se vai dar certo ou não, mas tentar ter calma e agir sem atropelar as coisas tem seu valor, e muito!

Eu sei que a vontade que temos quando estamos apaixonados é largar tudo e correr para o seu respectivo. Mas porque não usar fazer um test drive antes de mudar tudo? É garantia de sucesso? Não, mas já vai te dar um bom parâmetro de como as coisas podem se desenrolar. Inclusive isso também vale para os próprios “gringos”, para conhecerem melhor suas amadas antes de assumir um compromisso.

Viver fora não é fácil

Não é nada fácil viver fora. Vide um outro artigo que escrevi sobre isso “dificuldades na vida de expatriada“. Temos a tendência a fantasiar que a vida no exterior é uma maravilha, mas enfrentamos obstáculos de adaptação o tempo todo!

Sua cabeça precisa estar com um mínimo de entendimento da realidade e não só a idealização de uma nova vida perfeita com o amor da sua vida. É botar os pés no chão e se mudar para fazer dar certo! Queremos que dê certo, porém, expectativas frustradas podem por tudo a perder.

Ter as possibilidades em mente, tanto negativas quanto positivas, de uma vida a dois e expatriada, ajuda muito você a entender e a equilibrar suas emoções.

Tenho exemplos de casos super felizes, famílias construídas lindamente entre brasileiras e “gringos”. Porém, sem exceção, foi preciso equilibrar a tal expectativa com a realidade. Aceitar que a vida será mesmo diferente e não fazer comparações com o Brasil o tempo todo.

Costumo dizer que se você não aceitar sua nova realidade, vai acabar se fechando e ficar insatisfeita. Mas ao aceitar, você se dá a chance de colocar a cara para fora mesmo ainda não se sentindo tão segura. Só assim você vai se sentir mais à vontade e enxergar que pode construir sua vida neste outro lugar e sem deixar de ser você.

Para não perder sua identidade

meapaixonei por um gringo
Entre – dois – passaportes. Acervo pixabay.com

Deixar uma vida construída para trás! Se não tiver muito a perder, beleza, fica bem mais fácil porque você começa do zero com mais facilidade, mas se não, é preciso se reinventar para não cair no que eu chamo de “crise do não sou ninguém”. No início parece férias, você tem um monte de coisa para resolver, conhecer, mas depois você pode passar para a monotonia e a saudade de casa e do seu povo.

Vejo muito que mulheres acostumadas a ter uma vida independente, com seus trabalhos, estudos, círculo de amigos e uma rotina acelerada tendem a começar a apresentar sinais de ansiedade e, por vezes, depressão. Você começa a achar que está se perdendo de si mesma. Você não quer ser apenas a esposa, namorada do fulano.

Aí é arregaçar as mangas! Construir sua própria vida no país novo! Tarefa fácil? Também não, mas super possível e que pode te realizar como nunca. Desafio puro que vai fazer você olhar pra dentro, se autoconhecer e desenvolver.

Sair da zona de conforto

Está na hora de sair da zona de conforto e se recriar! É ter que pensar fora da caixinha. Nem sempre, você consegue chegar e conseguir continuar a trabalhar ou se dedicar naquilo que já fazia ou tinha experiência no Brasil.

O medo vai existir, mas é nos momentos de “crise” que as ideias aparecem. De pouquinho em pouquinho, você se vê se relacionando com outras mulheres na mesma situação, encontrando redes de apoio e realizando suas coisas.

Sentir-se você mesma é fundamental para não depositar todas as expectativas no seu parceiro. Se sentir mais segura, já que, independente do que ocorra na sua relação, você já terá se construído na nova morada. Será uma questão de escolha e não de falta de opção caso as coisas não deem tão certo na relação. Daí para frente você será alguém que transita em dois “mundos”, mas, na maior parte das vezes, satisfeita com a vida e dona de si.

Leiam aqui outros textos da autora

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Renata Castro

Psicóloga clínica, especializada em Terapia Cognitiva Comportamental, carioca, mãe de 2 amores de 4 patas. Deixei meu consultório no Rio de Janeiro e vim morar na Capital da Croácia, Zagreb. Hoje atuo com atendimentos online.

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