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Será que estou me tornando croata?

Última atualização do post:

Será que estou me tornando Croata?

No último final de semana me fiz essa pergunta e fiquei um tanto curiosa pela minha própria resposta. Afinal, trabalho com mudança de comportamento, e, amo observar ciclos de vida e novas estruturas mentais. Mas porque tudo isso veio na minha cabeça de expatriada naquele momento? E veio do nada mesmo, apenas por observar a mim mesma.

Na Croácia, pós covid-19, já podemos sair nas ruas, frequentar os lugares e viajar pelo país, atravessando algumas fronteiras estrangeiras. Portanto, recomecei minha vida regular e decidi que vou viajar por aqui o quanto puder.

Tantos lugares maravilhosos para conhecer e o tempo está colaborando bastante. Foi aí que fui para Crikvenica, um balneário perto de Zagreb. Se quiserem checar https://www.croatia-expert.com/crikvenica/

Crikvenica – Cidadezinha da costa Croata. Arquivo pessoal

Diferenças que fazem a diferença

Quando morava no Rio, ou no Brasil de forma geral, ao combinar de ir para praia, bastava colocar um biquini, uma saída de praia ou short, havaianas e levar uma bolsa com canga e afins. As vezes ia de biquini, canga e só! Quando me vi no carro da minha amiga croata, partindo para nosso destino, me notei totalmente diferente disso, e nem tinha reparado. Foi automático.

Estava vestida! Como se fosse almoçar em algum lugar. Biquini numa mochila, que também continha uma toalha grossa, para colocar em cima das pedras do balneário, minha sapatilha para cair no mar, uma muda de roupa de baixo e casaco. Nem canga havia! É gente, aqui é comum se colocar o biquíni na praia, nos trocadores, e, como as praias não são de areia e sim de pedrinhas, sua sapatilha e uma boa toalha são indispensáveis. Viver na Europa tem dessas coisas.

Além disso, a ansiedade de chegar e já se estatelar no sol é diferente. Fomos comer alguma coisa, tomar um café (eu tomei um chopp), depois mudamos a roupa, passeamos um pouco e, finalmente, o sol e o mar!

Cidadezinha fofa, com várias varandas onde o povo aproveita calmamente a brisa que vem chamando o verão. Eu? Eu respirando, para não surtar vendo a hora passar e não me tostar no sol.

Sapatilha para as pedrinhas da praia – arquivo pessoal

Me perdi do Brasil?

Eu só parei para pensar nessas mudanças no passeio, porém reparei que já estou diferente em outras coisas. Vi que meu jeito de vestir tem se alterado, não completamente, mas introduzi várias coisas que não tinha o hábito de usar, e retirei alguns que tinha. Minhas roupas de ginástica são um exemplo ótimo! Só existe praticamente eu com calças estampadas e tops coloridos.

Acabei investindo em uns pretinhos básicos, mas do colorido não abro mão não! Sou eu! Brazuca gente! Colorida! Como escrevi num post anterior, é difícil a adaptação num novo país e, tenho certeza que essas mudanças fazem parte de um processo, para você se sentir mais confortável e inserida no seu novo contexto.

Se não mudar sua essência, não tem problema. É uma questão de empatia, pertencimento e abrir os olhos para outras formatações e influências que, também, podem ser legais.

Nem sempre é fácil, se abrir para o novo, ainda mais quando se é algo tão distante da nossa realidade. Apesar disso, tenho para mim que não existe oportunidade melhor para nos desenvolvermos como seres humanos, do que aprender a mudar, e a vida de expatriada é total isso.

Mudança externa, interna, as duas! Mas uma coisa eu posso afirmar… Serei para sempre brasileira, e também farei minha parte para trazer um pouco da gente para esse país que me acolheu. Vide minhas roupas de ginástica e meu sempre sorriso largo!

Para mais textos da autora, clique aqui

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Renata Castro

Psicóloga clínica, especializada em Terapia Cognitiva Comportamental, carioca, mãe de 2 amores de 4 patas. Deixei meu consultório no Rio de Janeiro e vim morar na Capital da Croácia, Zagreb. Hoje atuo com atendimentos online.

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