Quando a segunda chance faz toda a diferença

E se você pudesse usufruir de uma “segunda chance”? Por certo, acredito que se tornar uma expatriada é a experiência de dar a si mesmo várias “segundas chances”.

Bem, antes de mais nada, já se passaram três meses desde o Réveillon. Sim, o tempo está
passando muito rápido! Mas, ao chegar ao fim deste ano, será que você vai dizer para si mesmo:
“Uau, que incrível! 2023 foi um ano espetacular!”? O que será que você poderá me contar que aconteceu de especial? Porém, se não acontecer nada de maravilhoso, o que vai mudar na sua vida?

Temos a mania de fazer muitas promessas a nós mesmos quando chega o Ano Novo. Aliás, eu ainda tinha o costume de escrever num caderno as minhas determinações a cada ano que começava. Porém, se me perguntarem se todas as minhas metas realmente se realizaram naquele ano? Não tenho como negar que obviamente, não! Em resumo: não emagreci, não fiz aquela viagem de férias, comecei a academia e depois de três meses abandonei, para dizer o mínimo!

Depois que o Lu Jong entrou na minha vida

Definitivamente, o Ano Novo de 2019 foi marcante em minha vida. Foi logo após as festividades que tivemos que internar meu pai, uma figura muito importante para mim. Assim, aquela época festiva foi a última oportunidade de desfrutarmos da sua presença física, pois já no dia 10 de janeiro estávamos fazendo o seu funeral.

Conseguem entender o porquê das minhas resoluções daquele ano irem ladeira abaixo? Afinal de contas, é importante vivenciarmos o luto, e foi o que aconteceu até agosto daquele ano. Naquela ocasião, quando fui participar de um evento holístico na Granja Viana, em São Paulo, conheci o Lu Jong.

Além de ser praticante de yoga desde 2012, também sou praticante do budismo tibetano, onde
aprendi a meditar. Mas foi naquele evento que eu conheci o Lu Jong, que é o yoga terapêutico tibetano baseado na linhagem Tantrayana do budismo tibetano.

A partir dali, me encantei em poder associar a prática do yoga dentro da linhagem tibetana. Vamos lá…
Lu em tibetano é corpo e Jong é a transformação, ou seja, significa a oportunidade de transformar a mente através de uma prática corporal. Fiz um retiro de iniciação e em novembro daquele mesmo ano comecei a minha formação para me tornar instrutora de Lu Jong no Brasil. Aliás, naquela época eram apenas 14 professores brasileiros formados nessa prática.

A minha formatura e início de uma nova carreira aconteceriam no meio da pandemia. Pois é, no dia 20 de março iniciou-se o confinamento em São Paulo por conta do Covid-19. Meu vôo para Belo Horizonte simplesmente foi cancelado e precisei ir de carro até lá para terminar a minha formação. A família, é claro, ficou contrariada com minha viagem – fui sozinha por uma estrada onde nunca havia dirigido e à noite!

Como começar uma nova carreira no meio da pandemia?

Foi com muita alegria e em uma turma muito pequena (alguns alunos desistiram) que eu e mais duas amigas terminamos o curso. Assim, nos tornamos instrutoras de Lu Jong I.

Pois é, a vida nos testa e nos dá desafios que nunca pensaríamos em enfrentar. Na pandemia, a solução seria dar aulas de yoga online. Yoga online?! E a responsabilidade técnica como professora, de não estar presencialmente com o aluno?

O mundo aprendeu a viver no ambiente home office, com várias atividades remotas, e eu fui me adaptando também a isso, sempre com muita cautela.

Transforme a mente e o corpo se transforma

Desde que terminei a minha formação, já perdi cerca de 25 kg, conforme vocês podem conferir nas fotos. O ponto onde eu quero chegar, é que não é preciso estabelecer resoluções no primeiro dia do ano, e sim, dar-se segundas chances. Comece um desafio em qualquer tempo!

Retornei ao Brasil em novembro do ano passado de forma traumática! Em outro momento conto para vocês os pormenores. Mas subitamente, em janeiro deste ano recebi o convite para retornar a Portugal e cá estou.

Naquele período, mais uma segunda chance…Emocionalmente fragilizada, não sabendo o que fazer no Brasil, reencontrei minha amiga e coach Letícia Momesso para tratar da minha necessidade de dar uma direção à minha vida. A partir dali, com ela fui fazer a mentoria Bússola do Coração, que consegui finalizar também.

Conexão com o coração

Sou estudiosa de um neurocientista americano, Dr. Joe Dispenza. Com ele aprendi a técnica de meditação da Coerência Cardíaca, uma das meditações mais requisitadas pelos meus alunos de Lu Jong online. Outro mestre da neurociência, Gregg Braden, já nos diz que no nosso coração existem células do mesmo tipo de nossos neurônios cerebrais, chamados neuritos e eles estão diretamente ligados ao nosso cérebro.

Vou então te fazer aqui um convite para sentir o que é coerência cardíaca:
Respira fundo.
Agora, usando toda a tua imaginação, pense em você daqui a um ano.
Como você se vê? O que melhorou? Que sonhos se realizaram?
E se pudesse ser melhor ainda?

O convite aqui é para realmente sonhar alto e depois para me contar como se sentiu. Ou seja, tudo isso para te contar a minha alegria de que é possível sonhar e realizar o seu sonho. E eu estou praticando isso diariamente com as atividades da Bússola do Coração.

Como eu sempre adorei correr, aqui em Portugal tomei gosto por trail e bike. Após duas caminhadas em provas de trail, estou participando de uma corrida de percurso curto de 12 Km.

Infelizmente, já há algumas semanas estamos enfrentando uma greve dos comboios, mas tomei tanto gosto por pedalar que, para não ficar esperando por 3 horas o comboio dos serviços mínimos, já por duas vezes pedalei 40 Km para voltar para casa.

Nossa natureza é dinâmica, e o Lu Jong nos ensina justamente a respeitar essa natureza interior e a nos permitir dar as segundas chances, são as oportunidades para vivenciar uma experiência melhor de vida.

Mais histórias sobre minha jornada de expatriada, você pode ler aqui!

Noemi Shigetomi

Artista plástica, escritora e instrutora de Yoga Tibetano.
Morou por 12 anos no Japão trabalhando como tradutora-interprete e, após o tsunami de 2011, retornou ao Brasil.
Em seguida, trabalhou como secretária-executiva da diretoria japonesa de uma grande multinacional do ramo de cervejas. Por isso, de cervejas, ela entende !!!
Há 5 anos fez uma transição de carreira, deixando o mundo corporativo para trilhar o caminho das artes e do autoconhecimento, o que a levou a estar hoje em Portugal.
Ela busca compartilhar suas experiências, mostrando com leveza que é possível encontrar o equilíbrio emocional através do desenho criativo e da pintura.