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As relações afetivas são vitais para a adaptação das expatriadas

Última atualização do post:

Legenda: A importância das relações afetivas – Imagem: Canva
Legenda: A importância das relações afetivas – Imagem: Canva

Recentemente li um estudo de Harvard sobre a importância das relações afetivas na vida das pessoas de um modo geral. E imediatamente esse tema me despertou muito interesse. Por certo, podemos observar como as relações afetivas são vitais para a adaptação das expatriadas.

Fiquei tão impressionada com as descobertas, que achei interessante relacioná-las com a promoção da saúde mental daquelas que se mudam para um novo país. Como é se desenvolve o processo de ficar longe da família, dos amigos, e precisar se adaptar a uma cultura diferente?

Um estudo sobre a felicidade

O estudo foi iniciado em 1938, acompanhando mais de 700 pessoas por quase oitenta anos. O objetivo desse estudo era o de descobrir o que de fato nos faz feliz. Em suma, a principal descoberta da pesquisa é a relação profunda entre fortes relacionamentos sociais com a saúde e a felicidade das pessoas. Além disso, analisa o quanto essas relações sociais podem tornar as pessoas mais saudáveis a longo prazo.

Em síntese, o estudo demonstrou que fortes relações sociais são mais importantes para as pessoas do que a riqueza, o status social e até mesmo a inteligência. Em contrapartida, a solidão pode ser um enorme fator de risco para saúde física e mental, maior até que o tabagismo e a obesidade!

Relação do estudo com as mulheres expatriadas

Mas como podemos relacionar tudo isso com as mulheres expatriadas?

Em todas as vezes que me mudei, após a sensação de estresse, da euforia inicial e da organização da casa, parecia que meu pico de energia terminava e eu me sentia extremamente exausta (física e mentalmente), além de muito sozinha. O processo era sempre o mesmo: meu marido retornava ao trabalho e as crianças voltavam para a escola. Enfim, todos “seguiam a sua vida”, enquanto eu me sentia sem perspectivas e sem saber qual era o meu papel nessa situação.

As relações afetivas são realmente vitais para as expatriadas

Esse estudo de Harvard fez todo o sentido para mim, e me identifiquei totalmente com o seu conteúdo. Talvez até já tivesse uma percepção desses achados, mesmo sem conhecê-los. Em síntese, sempre brinquei, dizendo que “sou uma pessoa que preciso de outras pessoas ao meu redor para me sentir feliz”.

Sem dúvida, para mim, estar próxima de pessoas interessantes, ter amigos, manter uma vida social e encontrar pessoas da “minha tribo” é fundamental para a minha saúde física e mental. Sendo assim, pude constatar a importância dessas relações sociais para eu me sentir integrada ao país em que estivesse vivendo. Visto que já moro fora do Brasil há quase dez anos, descobri ser capaz de criar relações fortes e estáveis. Conheci pessoas que admiro muito e com quem estabeleci fortes vínculos de amizade, mesmo após os 40 anos de idade.

Dicas para criar relações afetivas saudáveis morando no exterior

Trouxe aqui algumas dicas que têm me ajudado a fazer novas amizades, mesmo depois de adulta, em um novo país. E nesse artigo você encontra as dicas trazidas por uma outra colaboradora do blog.

Se inscreva em cursos – de idioma, de artesanato ou de algo que te interesse

Desde a minha primeira mudança, faço constantemente aulas de inglês – seja presencial, como agora na Inglaterra, ou online, como fiz em Singapura. Sem dúvida essas aulas sempre me permitem, não somente conhecer um novo vocabulário, como também fazer amizades. Falar inglês me dá liberdade e autonomia e me fez sentir confiante para fazer cursos e buscar emprego.

Outra opção é se matricular em cursos e workshops de temas que te interessam. Eu ja fiz cursos de árabe, história, dança e de várias outras opções onde conheci muitas pessoas incríveis, com os mesmos interesses que eu! 

Socializar! As relações afetivas são vitais para as expatriadas; Imagem: Canva

Busque informações sobre o país de destino em grupos de redes sociais

Geralmente temos medo do desconhecido, então, procurar conhecer o país de destino pode ser uma boa estratégia para baixar a ansiedade- típica de uma mudança.

Quando sei o país para o qual vou mudar com uma certa antecedência,  sempre procuro grupos de WhatsApp ou Facebook e me conecto com mulheres que já moram lá para entender os benefícios e desafios do novo país. No caso da Arábia Saudita, as duas pessoas para as quais mais pedi ajuda antes da mudança, se tornaram grandes amigas e moramos no mesmo condomínio por três anos.

Socialize com outras familias – de expatriados ou não

Outra estratégia é marcar eventos com pais dos amigos dos seus filhos. Se seus filhos estudam em uma escola internacional, a maioria dos alunos também é filho de família expatriada que pode está passando pelas mesmas dificuldades que vocês.

Conversar com pessoas que estão passando pela mesma situação que você e que entendam como é viver no exterior, é importante para a sensação de pertencimento em um novo país. Dessa forma conheci pessoas incríveis, fiz amizades para a vida e tive uma rede de apoio que me salvou em diversas situações.

Independente do tipo de escola, participar dos eventos promovidos para as famílias, levar as crianças ao playground nos finais de semana, são oportunidades para novas amizades que têm o mesmo interesse que você. Em especial, ter filhos da mesma idade gera muito assunto!

Mantenha o contato com os amigos e familiares

Manter o contato com a familia e os amigos é muito importante! Eu mantenho as relações de amizade anteriores, tenho vários grupos de amigas que, mesmo à distância, moram em meu coração. Falo com elas com muita regularidade, seja por zoom, enviando memes, ou por longas mensagens de voz pelo WhatsApp. Manter amizade com quem você conhece do seu passado, faz muita diferença em momentos de solidão ou tristeza.

Uma dica muito importante: se coloque em movimento

Na minha experiência como expatriada e, depois de ter conhecido tantas mulheres que, como eu, mudaram de país, percebi que existem dois padrões de expatriadas. Por um lado, há aquelas que se paralisam, reclamam do lugar, do tempo, da cultura e nunca se sentem pertencendo ao país onde moram. Por outro lado, há aquelas que arregaçam as mangas e vão procurar um curso, uma especialização, etc., ou seja, entram em ação.

Minha dica sempre é a mesma: está em dúvida? Faça! Não vai ser da forma perfeita, nem com o inglês maravilhoso. Pode até ser que sinta medo de passar por situações difíceis e engraçadas, pois sair da zona de conforto sempre é muito complicado. Mas aja, agora! Porque simplesmente as coisas não ficam mais simples com o tempo.

Em conclusão, o estudo de Harvard só vai ser realidade no momento que você partir para a construção dessas relações fortes e saudáveis (nunca esquecendo da sua própria família também). Contudo, vale dizer que construir relacionamentos fortes e saudáveis não é algo que acontece do dia para a noite, exige esforço da sua parte. Ser amigo requer compreensão das diferenças, respeito, paciência e consistência. O que você está esperando para começar?

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Isabella Martins

Ola! Meu nome é Isabella Martins e trabalho como Orientadora de pais e como professora de educação infantil em uma escola internacional britânica em Singapura. Tenho três filhos adolescentes e moro fora do Brasil há oito anos. Já morei em Londres, Arábia Saudita e agora em Singapura. Tenho a oportunidade de conhecer diversas culturas e o impacto delas na educação dos meus filhos e alunos. Sou apaixonada por educação e adoro explicar as etapas do desenvolvimento infantil. Acredito que criar relações de afeto melhoram as dinâmicas familiares e permite que tenhamos um lar onde a base seja o amor entre pais e filhos. Siga meu Instagram para mais informações: @isabellagmartins03 Vamos juntas?

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