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Voando com um cachorro grande: hora de decolar!

Última atualização do post:

Voando com um cachorro
Nhoque, recém-desembarcado em Lima, enquanto eu respirava aliviada do outro lado da câmera. Arquivo pessoal.

Trazer meu cão para o Peru foi uma jornada de muito planejamento, muita pesquisa e muita disposição. Como foi voar com um cachorro grande?

Na primeira parte dessa saga, eu descobri quanto custava levar um cachorro de avião, providenciei o CVI, a caixa de transporte e todas as burocracias. No entanto, algumas informações práticas sobre o transporte em si eu simplesmente não encontrava em nenhum lugar.

Por exemplo: nem pelo telefone de atendimento me sabiam dizer se, por viajar no porão, meu pet já seria entregue para a cia aérea no momento do check-in ou em outro lugar. Então, no dia em que fui buscar o CVI no aeroporto de Guarulhos, aproveitei para ir até o balcão da LATAM para esclarecer as minhas dúvidas, levando o Nhoque a tiracolo. Assim, eles veriam o tamanho real do meu cachorro e eu não correria o risco de receber instruções que não se aplicavam ao nosso caso.

Onde fica o check-in para os animais que viajam no porão?

No mesmo local que o seu, no balcão da cia aérea correspondente. Lá, eles vão pesar seu cão dentro da caixa de transporte, cobrar a taxa do embarque dele, gerar a documentação de identificação da caixa e informar o horário máximo para “despachá-lo”.

Fiz questão de confirmar o horário máximo para entregar o Nhoque, e assim ficar com ele todo o tempo que desse antes de nos separarmos.

Onde é o “portão de embarque” dos pets?

Os animais que viajam no porão são entregues na porta de “Bagagem fora das dimensões” ou Oversized Baggage. No Terminal 3 do aeroporto de Guarulhos, essa porta fica perto das catracas por onde você acessa a área restrita do embarque internacional.

O nosso processo foi bem rápido: mal chegamos nessa porta, um funcionário do aeroporto veio conferir as nossas informações do voo e rapidamente levou o Nhoque para uma área restrita.

Voando com um cachorro
Procure por essa sinalização no aeroporto, quando estiver voando com um cachorro. Arquivo pessoal.

Pode dar calmante para o cachorro viajar?

No dia em que fui no aeroporto, aproveitei para perguntar isso também e o atendente frisou que não era permitido o transporte de animais sedados. O efeito dos sedativos quando se está nas alturas é acentuado, podendo inclusive causar efeitos colaterais graves e até a morte do animalzinho.

Ciente disso, fui buscar orientação da veterinária e ela sugeriu uma prescrição de fitoterápicos para manipular em cápsulas na farmácia. Visto que o Nhoque continuava estranhando a caixa de transporte mesmo depois de semanas de treinamento, um composto natural poderia diminuir seu stress durante a viagem.

O objetivo não é dopar o cão, apenas deixá-lo mais tranquilo. Por isso, nesses casos é importante testar a dosagem alguns dias antes da partida, para ver como ele reage e ajustar se necessário. Como a altitude do voo acentua os efeitos da medicação, se o animal já demonstrar sonolência em terra, pode ser necessário diminuir a dose.

Portanto, reforço que é importante consultar um veterinário para avaliar a necessidade de medicação e orientar sobre a dosagem que garanta conforto sem dopar o animal.

Como preparar a caixa de transporte (kennel) para o dia da viagem?

Selecionei os pontos mais importantes para você montar seu checklist:

• Identificar o kennel com o nome do pet, o seu nome e seu contato. Já que a caixa do Nhoque era composta por 2 partes, eu identifiquei as duas por segurança. A cia aérea também vai colar a etiqueta dela ali.

• Forrar o chão da caixa com tapete higiênico e prender com fita adesiva. Caso seu pet sinta vontade de fazer alguma necessidade durante o voo, isso vai diminuir o desconforto.

• Colocar uma manta com o seu cheiro e algum brinquedo do seu bichinho (que não atravesse as grades da porta), pois isso traz sensação de familiaridade para o cão.

• Recipientes com água e comida na porta da caixa. Como nosso voo não era tão longo (5 horas), optei por colocar só água no kennel. Havíamos comprado um bebedouro próprio para encaixar na grade da porta, desses que você acopla uma garrafa de água. Não parece ter funcionado, pois vi que estava caído e sem água quando chegamos no destino final. Eu sinceramente tenho dúvidas se algum comedouro/bebedouro suporta os impactos da decolagem e aterrizagem dos aviões.

Como foi a logística da nossa partida?

Nosso voo era bem cedinho, então tivemos que sair de madrugada. Eu optei por dar comida para ele logo antes de sair, na expectativa de que ele fizesse xixi e cocô lá no aeroporto, antes de entrar no kennel.

Minha mãe e uma amiga me encontraram no aeroporto para me ajudar com toda a logística pré-embarque. Afinal, eu não estava simplesmente viajando com meu cachorro, eu estava indo embora de vez do país com ele e as últimas 3 malas para começar nossa vida em Lima!

Logo que chegamos, fizemos o check-in e na sequência aproveitei para andar bastante com ele por ali para gastar sua energia antes de entrar em definitivo na caixa de transporte. Por sorte, o aeroporto estava vazio aquele horário. Xixi e cocô: check!

A hora limite para embarcar o Nhoque era duas horas antes do meu horário de embarque, então o deixei fora do kennel até o último minuto, para ele realmente passar só o tempo necessário lá dentro. Enquanto isso, fui me preparando psicologicamente para o momento tenso de colocá-lo ali em definitivo e ver como ele ia reagir. Também dei o fitoterápico perto desse horário.

Na hora de entrar na caixa de transporte, surpresa: ele entrou sem nenhuma resistência! Não latiu, não chorou, não tentou sair. Ficou apenas observando. Por fim, estar em um ambiente estranho como o aeroporto fez com que a caixa fosse a única coisa familiar para ele ali. Então, bastou abrir a porta para ele se aninhar lá dentro. Ufa!

Assim que deixei o Nhoque no portão dele, nem deu tempo de pensar muito: agora era hora de me despedir da minha mãe e minha amiga, embarcar e controlar a ansiedade até chegarmos em Lima.

Voando com um cachorro
Esse momento de despachá-lo foi tão rápido que só tenho essa foto tremida. Arquivo pessoal.


Como é o desembarque no destino final?

Calma, que seu pet não vai vir pela esteira de malas (risos nervosos ao imaginar a cena)!
No aeroporto internacional de Lima, a retirada dos animais que viajam no porão também é pela porta de “Bagagem fora das dimensões”, só que do desembarque. É uma porta que dá para o pátio dos aviões e só é aberta para a entrada desse tipo de bagagem, no mesmo espaço onde ficam as esteiras das malas.

Esperei minutos que pareceram uma eternidade até a porta se abrir com o kennel do Nhoque. Ele não parecia assustado e estava com um semblante muito mais calmo que o meu! Logo dei um jeito de tirá-lo da caixa, não só para ter certeza de que ele realmente estava bem (e estava!), mas também porque eu viajei sozinha. Eu não ia conseguir empurrar um carrinho com as três malas mais uma caixa de transporte com um cachorro dentro!

Acabou? Já podemos ir para casa?

Falta pouco! No Peru, SENASA é a entidade que faz o trâmite sanitário para a entrada de animais de estimação no país. Eles têm um balcão dentro da área restrita de desembarque, pois é onde você apresenta o CVI emitido no Brasil e paga uma taxa de S/99 *26,52 dólar* (valor vigente na data de publicação desse artigo) para obter a autorização de importação de animais. Além disso, há um guichê do Banco de La Nación ao lado para fazer o pagamento em dinheiro. Não havia fila quando cheguei e o processo todo foi relativamente rápido.

¡Listo! Agora era só correr para os braços do meu marido, que nos esperava do lado de fora. Bem, com três malas, um kennel e um cachorro não deu exatamente para correr, mas foi a etapa mais rápida e mais gostosa de todo o processo!

Voando com um cachorro
Nhoque, recém-desembarcado em Lima, enquanto eu respirava aliviada do outro lado da câmera. Arquivo pessoal.

Você já viajou de avião com seu pet? Me conta como foi nos comentários, vou adorar saber!

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Tatiana Roque

Nascida e criada em São Paulo dentro de uma família portuguesa, minha curiosidade me levou a viajar por muitos cantos do mundo. Só não sabia que em 2020 faria minha viagem mais transformadora: trocar as referências conhecidas no meio da pandemia de Covid-19 por uma nova vida em Lima, no Peru. Te convido a embarcar comigo nessa jornada de descoberta e autoconhecimento por esse país de belezas e contrastes.

3 respostas

  1. Ai, essa carinha fofa do Nhoque! Excelente artigo, muito informativo e cheio de emoção! Mesmo sabendo que correu tudo bem, li com o coração na boca rs. 🙂

  2. Minha esposa foi (é) INCRÍVEL. Dedicou-se de coração a essa aventura e trouxe o Nhoque são e salvo. Parabéns, meu amor. Vc é sensacional.

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