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Como se adaptar à mudança de país?

Última atualização do post:

Diferenças culturais
Sensibilidade intercultural

Como você se adapta à mudança de país? Viver no exterior requer adaptações em muitos aspectos da nossa vida. Uma porta para caminhos desconhecidos se abre à nossa frente e como Charles Darwin dizia, “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.

Mas, você já pensou o quanto você lida e se adapta às diferenças culturais?

Hoje quero falar sobre o modelo de desenvolvimento de sensibilidade intercultural (DMIS), criado pelo sociólogo Milton Bennett.

O modelo está dividido em 6 fases, divididas conforme como lidamos com as diferenças culturais, tendo como base a nossa própria cultura e como a vemos diante das outras culturas, sendo um extremo como sendo a nossa cultura tomada como certa, havendo negação de que as diferentes formas de pensar e agir também estejam certas, até o outro extremo, em que há a integração entre culturas, havendo uma mistura entre as culturas vivenciadas.

Veja em que fase você está!

Fase 1: Negação

A primeira fase é a de negação. Como o próprio nome já diz, quem está nessa fase nega que haja diferenças entre as culturas. Para ele, todas as culturas são iguais ou há a incapacidade de distinguir diferenças culturais em um certo grupo, havendo generalizações do tipo “todas as cidades grandes são iguais” ou “japoneses e chineses são iguais”.

Fase 2: Defesa

A pessoa que está nesta fase enxerga que há diferenças culturais, mas se sente ameaçada ou intimidada por elas. Nesta fase, a própria cultura e a cultura dos outros estão bem divididas e há um julgamento de valor, ou acreditando que a própria cultura é melhor ou a do outro é melhor. Frases comuns dessa fase: “em tal país as coisas funcionam bem melhor do que aqui” ou “não há país melhor que o meu”.

Fase 3: Minimização

Pessoas na fase da minimização tendem a diminuir as diferenças e coloca todos na mesma condição de ser humano. Como se todos se comportassem, sentissem e pensassem da mesma maneira. É como se as diferenças culturais fossem supérfluas e pudessem ser deixadas de lado.

Fase 4: Aceitação

As pessoas que estão nessa fase em diante possuem mais facilidade para relativizar e viver conforme o contexto em que estão inseridas.

Quem está na fase da aceitação consegue entender as diferenças e semelhanças entre as culturas, mas têm uma certa insegurança em como agir diante delas. Ela sabe das diferenças e tem medo de estar faltando com respeito agindo diante de uma determinada maneira, mesmo de forma não intencional, pois não sabe de que maneira se comportar.

Fase 5: Adaptação

Como você se adapta a mudança
Fonte https://www.pexels.com/pt-br – Aceitação e integração

Nesta fase, a pessoa já se sente mais segura e tem mais competência intercultural para saber que há diferenças culturais e de como agir diante de cada uma delas. O exercício de empatia já está mais consolidado e ela consegue agir de acordo como a outra pessoa gostaria de ser tratada e não somente de como ela mesma gostaria de ser tratada se estivesse em seu lugar.

Fase 6: Integração

Costumo dizer que quem está nesta fase já virou um verdadeiro cidadão do mundo, pois consegue ver pontos positivos e negativos de cada cultura, suas semelhanças e diferenças e se sente 100% pertencente às culturas que está envolvido. Ele consegue relativizar o contexto cultural e responder conforme a situação cultural em que está vivendo.

Por que devo saber em que fase estou?

Entender em que fase você e as pessoas que estão ao seu redor está (até mesmo nativos do país em que você vive) te ajudar a entendê-las do porquê elas se comportam de certa maneira.

Essas fases fazem parte de um modelo de desenvolvimento, ou seja, você pode exercitar para ter cada vez mais sensibilidade intercultural.

Já atendi e atendo muitas clientes em psicoterapia que sofrem por não aceitarem as diferenças culturais do país em que estão ou da família em que estão inseridas, principalmente quando estão casadas com pessoas de outra nacionalidade. Quando fazemos atividades para que elas enxerguem as semelhanças e diferenças de cada país, respeitem-nas e flexibilizem seus comportamentos frente a cada cultura, elas conseguem conviver de forma mais saudável e com menos conflitos dentro de casa.

Vamos praticar?

Fonte https://www.pexels.com/pt-br/ – Escrever, refletir e praticar

Aqui vai uma dica de como você mesma pode fazer para desenvolver sua sensibilidade intercultural:

– Faça uma lista dos pontos positivos e negativos da sua cultura de origem e da cultura do país em que você está vivendo. Caso você seja descendente de alguma outra nacionalidade ou já morou em outros país, pode fazer esse exercício para esses países também.

– O que há de diferente em tudo que foi listado?

– Reflita sobre situações em que você viveu ou vive e que te incomodam devido às diferenças culturais. Qual foi o seu comportamento? O que você sentiu e pensou? De que maneira o outro enxerga ou enxergou essa situação? Como é para o outro? Como o seu comportamento foi percebido pela outra pessoa? O que você aprendeu? O que você pode fazer de diferente? Como você pode fazer para que o outro entenda o seu ponto de vista também?

E aí, topa fazer esses exercícios? Depois me conta como foi, que eu quero saber!

Espero que você seja feliz em qualquer lugar do mundo!

Leia também outro artigo da autora sobre rede de apoio no exterior.

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Laise Kasaoka

Psicoterapeuta e Especialista em Desenvolvimento de Líderes, graduada em Psicologia. Curitibana, morou na Espanha e atualmente mora na Bélgica. Experiência de 15 anos no mundo corporativo, a maior parte deles, na área de Gestão de Pessoas. Atualmente ajuda líderes brasileiros a se desenvolverem em suas carreiras, e brasileiros que estão no exterior a se reencontrarem através da psicoterapia.

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