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É importante ter uma rede de apoio morando no exterior?

Última atualização do post:

Rede de apoio no exterior
Fonte da imagem: https://unsplash.com/

Quando decidimos morar no exterior, temos que ter consciência que passaremos por momentos de rupturas e transições em vários aspectos de nossas vidas. Para atravessar esse momento tão único em nossas vidas, é importante termos uma rede de apoio que nos suporte.

Com a mudança de país temos que ressignificar nossa vida, renascer, descontruir para reconstruir. Ou seja, há uma transição dos nossos antigos papéis como profissional, mãe, esposa, dona de casa, amiga, cidadã, mulher. Nosso modo de enxergar a vida, nossos costumes, hábitos e rotina já não são mais os mesmos.

Passamos por transições para nos adaptar à nova realidade. Temos que aprender a falar, nos comunicar, nos comportar, algumas vezes, aprender uma nova profissão, iniciar um novo ciclo. Em meio a tudo isso, ainda temos que fazer uma viagem interna para nos autoconhecer e nos fortalecer para não adoecer.

A importância da rede de apoio

Amigas
Rede de apoio, amizades. Foto tirada do site https://unsplash.com

Atendo muitas mulheres que procuram atendimento por se sentirem sozinhas, algumas até com sinais de depressão. No meio do caminho, algumas histórias em comum. Muitas se fecham, convivem somente com pessoas do núcleo familiar, e seus dias se resumem em cuidar da casa e da família.

No entanto, morar em um novo país dá a possibilidade de descobrir, de ter contato com o novo, com o diferente e com o nosso próprio eu sob uma nova perspectiva. O desconhecido nos causa medo, e por isso a importância da rede de apoio para nos ajudar a não nos fecharmos em nosso casulo, e sim, nos abrir e florescer.

A rede de apoio, além de nos ajudar a ultrapassar os momentos mais difíceis, é uma forma de nos divertir, de sentir que pertencemos à um grupo, de termos a chance de relaxarmos com outras pessoas e com nós mesmos.

Rede de apoio requer nos relacionarmos

Desta maneira, para podermos ter essa relação com outras pessoas, não podemos nos esquecer de fazer a nossa parte também. Porém, vejo que muitas pessoas querem ter amigos que os apoiem, que estejam disponíveis para quando precisarem de ajuda, mas esquecem de apoiar e estar disponíveis quando o outro precisa de apoio e ajuda.

Gosto muito das expressões “dar e receber” e “faça aquilo que você gostaria que fizessem com você“. Nas duas expressões, o primeiro movimento é nosso, dar e fazer. Temos que agir primeiro para depois usufruirmos do que vamos receber.

Dar e receber

Usar essa expressão gera reflexão durante os meus atendimentos. Em alguns casos porque a angústia está no fato da pessoa sempre pensar e fazer pelos outros e se deixar em segundo plano. Ou seja, elas se doam muito, mas recebem pouco, e com o tempo vem o desgaste e o cansaço de investir em uma relação sem muitos retornos.

Por outro lado, há clientes que se queixam por não serem entendidas, querem que os outros mudem e se adaptem à sua maneira de pensar, mas não querem se adaptar ao outro ou à nova cultura.

Em qualquer relação que temos, seja com o marido, filhos, parentes e amigos, é preciso haver equilíbrio entre o dar e o receber para que o relacionamento flua. Por esta razão, quando formamos uma rede de apoio no novo país, além de esperarmos ter o apoio, temos que estar atentas se estaremos disponíveis para apoiá-los também. Relacionamento é sinônimo de troca e essa troca deve ser feita de forma homogênea.

Faça aquilo que você gostaria que fizessem com você. Será?

Cresci ouvindo essa frase, no intuito de pensar no outro antes de agir pensando somente em mim. A mensagem é que devemos ter empatia pelo outro. Nesse sentido, depois de algumas reflexões, uso essa expressão um pouco diferente. Para mim, penso que devo fazer aquilo que o outro gostaria que fizessem por ele.

Muitos acreditam que ter empatia é somente se colocar no lugar do outro e não é raro escutarmos frases como “se eu fosse ele, faria diferente” ou “se eu estivesse no seu lugar, eu faria de outra forma”. Dessa maneira, a empatia está sendo usada de forma equivocada, pois estamos enxergando a experiência do outro pela nossa forma de ver o mundo.

Vivendo em outro país, a probabilidade da sua rede de apoio ser formada por pessoas de diferentes nacionalidades e culturas é grande, e é essencial que a empatia seja colocada em prática.

O fazer aquilo que o outro gostaria que fizessem por ele é justamente para que primeiro você enxergue o mundo com os olhos do outro. Considerando sua história de vida, suas experiências, seus hábitos, maneira de pensar, seus valores e crenças, para depois entender como ele se sente e age e, assim, apoiá-lo de uma forma mais assertiva.

Ter uma rede de apoio para experimentar o novo

A mudança de país é um desafio que pode ser uma experiência maravilhosa se estivermos dispostas a experimentar e viver o novo. Para isso, é importante que pessoas estejam conosco para nos apoiar. Mas, também, devemos nos lembrar que somos o apoio dessas pessoas e devemos estar lá para quando elas precisarem!

E você, já tem a sua rede de apoio?

Para mais textos sobre a  adaptação, clique aqui

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Laise Kasaoka

Psicoterapeuta e Especialista em Desenvolvimento de Líderes, graduada em Psicologia. Curitibana, morou na Espanha e atualmente mora na Bélgica. Experiência de 15 anos no mundo corporativo, a maior parte deles, na área de Gestão de Pessoas. Atualmente ajuda líderes brasileiros a se desenvolverem em suas carreiras, e brasileiros que estão no exterior a se reencontrarem através da psicoterapia.

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