Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Entrevista Karla Pinheiro – Expatriada em Hong Kong

Última atualização do post:

Entrevista Expatriada em Hong Kong - Diario de uma Expatriada

Nossa colaboradora Simone Torres nos apresenta hoje Karla Pinheiro, brasileira e expatriada há mais de seis anos na Ásia. Ao mudar para Hong Kong, com dois filhos pequenos, Karla precisou deixar de exercer a advocacia, aperfeiçoar o inglês, adaptar as crianças, readquirir sua autonomia e independência e se reinventar. “Sounds familiar?” Então você vai gostar desta entrevista. Boa leitura!

A Karla é expatriada em Hong Kong e uma colaboradora do blog Mães Mundo a Fora. Na época da entrevista ela acabava de retornar para lá, depois de uma temporada “compulsória” no Brasil por motivo da pandemia.

Entrevista Expatriada em Hong Kong - Diario de uma Expatriada
Karla Pinheiro – Hong Kong e Família – Arquivo Pessoal

ST- Nos conte um pouco sobre você?

Meu nome é Karla, tenho 35 anos sou casada e tenho dois filhos, o Arthur de onze anos e a Sofia de sete. Sou minera, nascida e criada em Belo Horizonte. Por lá estudei Direito e trabalhei como advogada criminalista.

ST- Como foi morar no país em que se encontra hoje?

Meu marido trabalha na área da aviação, como piloto ficava pouquíssimo tempo em casa e eu estava com muita dificuldade de conciliar a maternidade com a vida profissional. O mercado de trabalho na área dele no Brasil não estava muito bom e eu também não via muitas possibilidades de crescimento na minha área.

Então ele decidiu participar do processo seletivo em três companhias aéreas, uma no Qatar, outra em Istambul e uma em Hong Kong.

A empresa de Hong Kong foi a primeira a chamar e para cá nós viemos. Na época, Arthur tinha seis anos e Sofia três.

ST- Quais foram seus maiores desafios e barreiras superados em todo esse processo de mudança de vida e país? Precisou se reinventar muito?

Confesso que não tinha ideia do que era Hong Kong, nem geograficamente eu tinha muita noção. Portanto cheguei aqui bem “verde” e não imaginava o que estaria por vir, rsrs…

Eu achava que sabia falar inglês, mas demorou um bocado para eu me sentir segura e me comunicar com independência.

No início não saía sozinha, morria de medo de me perder e não conseguir voltar para casa. Mas com o tempo fui adquirindo autoconfiança e atualmente me viro super bem por aqui.

ST- Como foi a adaptação dos membros da família?

Filhos e adaptacao em um novo lugar – aquivo pessoal

Para minha filha Sofia a adaptação foi muito tranquila. Ela chegou em Hong Kong com três anos, então não teve problemas para se adaptar ao inglês nem ao chinês.

Para o Arthur foi mais difícil, ele chegou a Hong Kong com seis anos e não falava nada de inglês. Por azar ainda o matriculei numa escola cheia de brasileiros, o que não o motivava a falar inglês. Ficamos pouco mais de um ano vivendo numa bolha. Depois disso o colocamos em uma escola pública, onde ele teve a chance de consolidar o inglês e aprender o chinês.

ST- De que forma você se preparou para essa mudança? Pesquisou antes sobre o lugar, contatou brasileiros que viviam em Hong Kong, buscou informação nas embaixadas, fez planejamento financeiro?

Na verdade, não me preparei! Por imaturidade e por ser a minha primeira expatriação não tinha ideia do que me esperava, aprendi com as tentativas e erros. Nosso primeiro ano em Hong Kong foi extremamente desafiador. Não reclamo, crescemos muito com a experiência.

Entretanto, hoje percebo que poderia ter sido tudo mais tranquilo. Desconhecia que há uma rede enorme de apoio à famílias expatriadas. Isso é fundamental, principalmente para as mulheres que normalmente se sentem super perdidas nesse processo de mudança.

ST- O que você faz hoje onde vive? (Empreende, continua com o mesmo cargo do Brasil?

Honestamente, não tenho a menor vontade de advogar em Hong Kong. Busquei por muito tempo uma atividade que pudesse virar um trabalho, que me trouxesse leveza e não interferisse na minha prioridade que é a minha família.

Encontrei nas mídias sociais e na escrita um trabalho que me desafia, dá prazer e agrega inúmeras experiências positivas em minha vida.

Meu marido já tem uma profissão na qual se ausenta muito de casa. Portanto, era fundamental que eu pudesse conciliar uma atividade que não me tirasse de casa e tivesse um horário flexível.

Daí veio a ideia do blog, onde eu compartilho minhas experiências de expatriada, maternidade, viagens e um pouco de tudo que faz parte da minha vida.

ST- Que diferenças culturais mais te chamaram a atenção quando você mudou para HK?

Hong Kong é um lugar incomum. Já ouvi dizer que é o ponto de encontro do oriente com o ocidente. Nunca vi definição mais adequada.

Aqui, temos acesso a cultura oriental, aos festivais e herança chinesa. A cultura é riquíssima, não me canso de ler e estudar sobre.

Por outro lado, como ainda há forte influência da colonização britânica, também temos por aqui grandes marcas e restaurantes internacionais e uma atmosfera cosmopolita que não deixa nada a desejar à Europa ou aos Estados Unidos.

Na maioria dos lugares é perfeitamente possível se comunicar em inglês, o sistema de transporte público funciona com perfeição e a saúde pública é excelente.

Como vocês devem ter percebido, adoro Hong Kong, nunca no Brasil me senti tão em casa como me sinto aqui.

ST – Que dicas ou mensagem você deixaria para quem pretende começar uma nova etapa de vida como expatriada?

Minha primeira dica é: se tiver com medo, pegue o medo, coloque na mala e o leve com você!

Por mais assustador que possa parecer, a experiência de morar fora de nosso país é riquíssima, proporcionar a si e a sua família a oportunidade de conhecer diferentes culturas e formas de viver é único.

Acho muito importante que as mulheres que são mães de família e que provavelmente abrirão mão de sua profissão, autonomia e independência financeira busquem formas de preencher suas rotinas e tentem se reinserir na nova cultura.

Leia mais etrevistas aqui.

No início, tentei transferir para Hong Kong o estilo de vida que tinha no Brasil, não consegui e me frustrei. Penso que flexibilidade é fundamental quando mudamos de país. Se abra para a comida, para o idioma e para sua nova rotina. Viver a experiência de expatriada pode ser uma experiência incrível, só depende de você!

Portanto se quiser conhecer um pouco de Hong Kong e saber um pouco mais sobre essa vida de mãe expatriada visite minha página, vai ser um prazer te conhecer!

Gostou deste artigo?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe por E-mail
Compartilhe no Pinterest
Compartilhe no Linkedin
Picture of Simone Torres

Simone Torres

Formada em direito, advoguei por um tempo, dei uma pausa para me dedicar aos estudos para concurso público, e cuidar da minha família na Argentina. Fui professora de Legislação Trabalhista no SENAC. Casada com o Lu e mãe de um casal de filhos. Sou uma mulher do interior brasileiro determinada, e que ama ler livros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

cinco × cinco =

LEIA TAMBÉM

plugins premium WordPress

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Clique aqui para saber mais.