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Entrevista: Repatriada que voltou a imigrar: Mirella Lang

Última atualização do post:

Repatriada
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Confira agora nossa entrevista com a repatriada Mirella Lang, que passou um tempo no Brasil e voltou a imigrar.

ST: Conte um pouco sobre você? 

“Tenho 37 anos, casada, tenho 2 filhas com 6 e 2 anos, morava em Alphaville, na Grande São Paulo. Sou engenheira eletricista de formação mas trabalhei nos últimos anos com Marketing de Produto.”

ST: Como se deu seu processo de repatriação?

Retornei ao Brasil em 2013, estava morando em Dubai e, depois de algumas péssimas experiências com médicos, decidimos que era momento de retornar e estarmos próximos da família, no nascimento da primeira filha. Meu marido se recolocou rapidamente e retornamos quando estava com 5 meses de gravidez.

ST: Quais foram os maiores desafios e barreiras a serem quebradas, com todo esse processo de retorno ao Brasil? 

Não foram muitos, pois devido à gravidez, fui muito acolhida por toda a família e amigos, e era o que necessitava no momento. O único desafio, foi nos adaptarmos novamente à realidade de custo de vida e questão de segurança pública.

ST: Como se deu ou está sendo a adaptação do membros da família nesse período de repatriação? 

Foi bastante tranquila tanto para mim quanto para meu marido, com exceção das horas de trabalho que ele teve um aumento devido ao ritmo no Brasil.

ST: Qual motivo que te fez imigrar novamente? 

Proposta de trabalho para meu marido, decidimos que seria um momento tranquilo e apropriado.

ST: Quanto tempo durou sua repatriação? Durante esse período já estava nos planos retornar ao exterior, fez algum planejamento?

Minha repatriação ao Brasil durou quase 7 anos, nunca fizemos planos de retornar, mas também não fechamos esta porta, acabamos deixando as oportunidades aparecerem e quando uma delas fez sentido, conciliando o lado profissional com o pessoal, nós decidimos topar e, agora estamos em Miami.

ST: Suas filhas nasceram no Brasil?

Sim, minhas filhas nasceram no Brasil. Retornamos quando estava grávida de 5 meses da minha primeira filha, mas acho válido colocar que, a experiência do pré natal foi tranquila, a partir do momento que encontramos a médica certa para nós.

ST: Como está sendo pra você essa nova mudança agora com filhos pequenos?

Quando mudei pela primeira vez eu era recém casada, éramos apenas dois. Era emocionante embarcar em uma aventura mesmo sem ter muita ideia do que encontraríamos. Já com as minhas filhas, que são pequenas ainda, o cuidado nas escolhas foi maior, fiz muito mais pesquisas para decidir cada detalhe: escola, bairro, etc.

Uma das premissas que me coloquei, foi a de que não existe decisão errada, existe sim uma opção inicial e caso esta não funcione, não há nada demais em mudar e buscar algo diferente, isso me ajudou muito na ansiedade por elas em relação à mudança, e que vai ajudar, a evitar futuras frustrações por planos que podem e que, certamente, vão mudar.

Acabamos pensando nos filhos antes de pensarmos em nós mesmas, mas na verdade eles são os que se adaptam mais rápido, as minhas filhas estão super adaptadas, conversamos bastante com a mais velha sobre a mudança, sobre amigos novos e ela tem encarado tudo com muita tranquilidade, apesar da pandemia ter gerado uma ansiedade extra em todos nós.

Ela já aprendia inglês na escola e, é super importante considerar essa exposição ao idioma, se a família tem intenção de mudar do Brasil em algum momento, isso definitivamente a ajudou no curto período que frequentou a escola aqui.

O clima é muito similar, exceto pela questão de “hurricane season” que também é novidade para nós, mas é importante passar tranquilidade para as crianças, não há uma receita perfeita, só precisamos de muita conversa e abertura para falarmos sobre os sentimentos. Já fazemos isso com a filha menor também, o quanto antes melhor.

ST: O que você faz hoje onde vive? Empreende, continua com o mesmo cargo do Brasil?

Como me mudei recentemente, ainda não tenho a permissão de trabalho, então meu foco é na família. Anteriormente, eu empreendi mas fechei o negócio antes da mudança e, quando trabalhei no meio corporativo foi na área de marketing de produto. Em algum momento vou retomar a carreira profissional, por enquanto estou feliz e tranquila com essa escolha.

ST: Que dicas ou mensagem você deixaria para quem pretende retornar ao seu país de origem?

Evitar criar expectativas em comparação com a vida que tinha, quando deixou o país, a realidade econômica muda, as pessoas mudam, tanto família quanto amigos. É importante entender que passamos por mudanças quando imigramos, mas que as mudanças também, ocorrem com o tempo no lugar que deixamos. Diria que seria encarar como uma nova mudança para uma país diferente, mas com pessoas que você conhece e sente falta

Viagem – Imagem do site: https://pixabay.com/

Para ler outras entrevistas, clique aqui

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Simone Torres

Formada em direito, advoguei por um tempo, dei uma pausa para me dedicar aos estudos para concurso público, e cuidar da minha família na Argentina. Fui professora de Legislação Trabalhista no SENAC. Casada com o Lu e mãe de um casal de filhos. Sou uma mulher do interior brasileiro determinada, e que ama ler livros.

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