Uma história de amor além mar!
Hoje começo minha jornada aqui no Diário de uma Expatriada e estou muito feliz por isso!
Permita me apresentar. Me chamo Luciana Paiva e dentro do universo que me permeia posso dizer que sou uma jovem mulher de 33 anos, psicóloga, canceriana, mineirinha de coração, amante de um bom papo, um vinho tinto e viagens. E foi uma dessas viagens por esse mundão que me levou à vida de expatriada.
Antes de contar como me tornei expatriada na França, preciso dizer que em 2011 realizei minha primeira viagem internacional para Vancouver no Canadá, um intercâmbio de quatro meses. Foi essa experiência que despertou em mim o gosto por viajar, descobrir o novo, novas cores, sabores, costumes e ritos. Me redescobrir e me reinventar.
Quando voltei ao Brasil fiquei por um tempo querendo imigrar para o Canadá, mas a vida foi acontecendo e esse desejo se dissipou. Entendi que queria construir minha vida no Brasil e seguir conhecendo o mundo através de viagens.
Reviravoltas da vida
Foi em 2017, em uma viagem de férias para aprimorar meu inglês e fazer um trabalho voluntário na África do Sul- em Cape Town, que conheci o meu noivo francês. Ficamos hospedados na mesma casa de estudantes e além disso éramos voluntários da nossa escola de inglês. Nos conhecemos na primeira semana de nossa viagem, mas não foi amor a primeira vista, embora ele conte que me achou bonita desde a primeira vez que me viu. Nos tornamos amigos e criamos um grupo de cinco brasileiros e dois franceses. Fazíamos tudo junto. Mas só fomos ficar na minha última semana de viagem.
E depois do primeiro beijo, em uma balada no 31° andar de um prédio com uma vista linda, não desgrudamos mais. Foi tudo muito intenso! Mas ai já era hora de voltar ao Brasil. Ele ficaria ainda mais dois meses em Cape Town. Preciso dizer, para o francês não tem esse trem de ficar ficando, ou você está com a pessoa ou não está. E assim começamos um relacionamento a distância que durou um ano e meio, na ponte aérea França – Brasil.
Relacionamento a distância é desafiador, os dois precisam querer verdadeiramente estar juntos para fazer dar certo, porque tem ciúmes, saudades, ausência, as diferenças culturais que levam a reações diferentes diante da vida acontecendo. Mas é possível, basta querer. E a gente queria muito!
Me tornando expatriada na França
Depois de algum tempo decidimos morar juntos e começamos a conversar se faríamos isso no Brasil ou na França, mas por uma questão de qualidade de vida optamos pela França. Saí de um emprego de mais de dois anos em uma multinacional, me despedi da minha amada família e dos meus queridos amigos, deixei os receios de lado e desembarquei nos Alpes Franceses em setembro de 2018, sem falar francês (mas isso é assunto pra outro dia).
Foi um salto no desconhecido. Haviam muitos desafios, experimentar a vida a dois com um parceiro de outra nacionalidade, aprender um novo idioma, conhecer uma nova cultura bem diferente da nossa além de me reposicionar profissionalmente. Foi fácil? Não foi, ainda tem dias que não é. Imigrar é um processo de autoconhecimento constante, de adaptação e reinvenção, que muitas vezes pode ser doloroso e solitário. Mas posso te dizer uma coisa? Não me arrependo de ter dado essa chance pro amor, para o novo e para mim.
Se você estiver com medo sobre a vida de expatriada, pesquise, planeje, converse com pessoas que já estão no lugar onde você deseja ir, se organize. Não deixe o medo te paralisar, coloca ele no bolso e vai!
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Canceriana de 33 anos, psicóloga, mineirinha de coração e expatriada nos alpes franceses. Curiosa, gosto de descobrir lugares, culturas e novos sabores. Eu AMO o Carnaval! E adoro um bom papo, se for com vinho tinto melhor ainda! Por isso criei o insta @francesaquase para dividir as doçuras e agruras de uma expatriada na França.
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