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Saúde mental após imigrar: como cuidar e se adaptar

Última atualização do post:

Saúde mental após imigrar
Imagem: Canva

Cuidar da saúde mental após imigrar é importantíssimo para te garantir uma boa adaptação ao país novo. Quando saímos do Brasil em busca de um sonho, deixamos muita coisa para trás e vivemos muito em pouco tempo.

Eu nunca tinha parado para dar importância a isso antes de me tornar uma expatriada. Aprendi na marra que com saúde não se brinca e vi que a jornada de autoconhecimento que eu estava ia ser intensa.

Por isso uni nesse artigo algumas dicas super válidas que fazem total diferença no processo de adaptação, para que a sua mudança seja saudável e muito boa. Confira!

Saúde mental após imigrar
Imagem: Canva

Por que cuidar da saúde mental após imigrar?

Saúde é coisa séria! Claro que você já sabe disso, mas será que também dá a devida importância a sua saúde mental? Após imigrar, nós temos que nos adaptar a uma monte de coisa nova, nos arriscamos e estressamos bastante em prol de um sonho. A gente costuma se esforçar muito e se esquece de cuidar da gente mesma.

Mas ignorar aquilo que te está fazendo mal pode ser terrível. Engolir o choro pode ser pior do que desabafar. Uma hora você explode. Mas não tem que ser assim.

Uma má adaptação após a imigração pode resultar em inúmeros problemas de saúde.

Foi feito um estudo publicado pela Universidade NOVA de Lisboa em 2012 sobre a saúde mental dos imigrantes que vivem em Portugal. Dê uma olhada nos dados que a pesquisa mostrou sobre os imigrantes brasileiros:

  • 14,7% dos imigrantes brasileiros apresentou sintomas de depressão;
  • 41,9% dos imigrantes brasileiros apresentou sintomas de ansiedade;
  • Os índices de brasileiros com perturbações mentais em Portugal são superiores aos de imigrantes de origens africanas e do leste europeu.

Se esses resultados provam alguma coisa, é que nós subestimamos as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros que vivem em outros países.

Morar fora pode ser incrível, mas para isso temos que estar muito bem com nós mesmas. Conheça alguns hábitos e dicas excelentes para ficar bem estando longe do Brasil:

Procure se adaptar à nova cultura

Sim, eu sei, parece óbvio. Mas eu não estou falando para você passar a usar o sotaque de Portugal, nem para dizer que croissants são melhores que pães-de-queijo.

Se adaptar a um país novo é um processo complexo que envolve não só aceitar a nova cultura, mas também estar orgulhoso da sua própria origem.

Porém, você vai precisar fazer um esforço para se adaptar. Afinal, foi sua escolha sair de casa, não é mesmo? As coisas aqui são diferentes de onde você veio, e faz parte estranhar os costumes no início. Com o tempo, vai começar a entender como a vida funciona fora do Brasil e, quem sabe, fazê-los entender como é a cultura brasileira.

Não se isole de quem mora longe

Um dos maiores erros de quem sai do Brasil é esse. Achar que não precisa falar com os amigos antigos, ignorar as ligações da família. 

Procure manter contato com a família no Brasil
Procure manter contato com a família no Brasil | Imagem: Canva

Certamente eles não vão entender bem tudo que você está passando, só quem vive sabe. Mas é muito importante manter os seus laços com pessoas queridas, não importa onde estejam!

Faça vídeo-chamadas semanais, mande mensagens nas redes sociais, apresente seus filhos aos tios e avós pela internet. É tão bom que hoje podemos nos comunicar tão facilmente online. Use isso a seu favor!

Não se esqueça de onde veio

Vida nova num país novo é ótimo. Mas se nós só engolirmos o que é novo e esquecermos as nossas origens, não funciona. Nos sentimos sós, perdidas no mundo. Um peixe fora d’água.

Com todos os defeitos, cada um de nós ama o Brasil e a cidade de onde veio. Julgar que tudo que tinha no Brasil era péssimo é uma mentira. Além disso, o Brasil faz parte da nossa identidade, não importa de onde viemos.

É muito importante que continuemos celebrando a nossa cultura, a nossa língua, música, costumes, culinária, feriados, tudo! Dessa forma, fortalecemos o nosso ‘eu’ e nos sentimos um pouquinho mais em casa.

A comparação é o mau do século

Não adianta comparar o Brasil com o país novo o tempo todo. Todo imigrante passa por essa fase. Reclama do clima, da comida, da grosseria. Isso não ajuda em nada o seu processo de adaptação e integração.

Compreenda, você não está mais no Brasil e as coisas são diferentes mesmo. Mas o Brasil não é melhor nem pior do que seu país novo. Esteja ciente das diferenças, mas respeite cada cultura da mesma forma.

Entenda que está tudo bem não se adaptar rápido

Passou um ano e você não se adaptou? Tudo bem, todo mundo tem seu tempo. Afinal, somos todos diferentes. Isso não significa que você deva desistir.

Está tudo bem não abaixar a cabeça para o preconceito. Você não tem que ‘ser grata’ por ter podido entrar num país desenvolvido. Afinal, você é livre para ir aonde quiser e ninguém tem o direito de te fazer sentir inferior.

A sua adaptação vem quando vier e pronto, ninguém tem nada a ver com isso. A única responsável é você mesma.

Faça amizades com pessoas perto de você

Outro erro que atrapalha a nossa saúde mental após imigrar é se fechar para novas amizades. Estamos num país novo provavelmente sem conhecer ninguém. Tudo bem que talvez você não fale a língua deles muito bem, ou que eles não sejam tão amigáveis quanto os brasileiros. Mas você não deve deixar o medo de falhar te impedir de tentar.

Eu mesma sofri muito com ansiedade social até encarar isso e me expor para fazer amizades. Vale a pena a gente se arriscar e conhecer gente nova, brasileiros ou não.

Fazer amizades e praticar hobbies fazem diferença na sua adaptação
Fazer amizades e praticar hobbies fazem diferença na sua adaptaçãofora do Brasil | Imagem: Canva

Amigos são muito importantes para fazer com que a gente se sinta aceito, feliz e parte de um grupo. Compartilhar experiências, dar gargalhadas e passar o tempo são ótimos para a nossa saúde. Entre num curso, faça uma aula diferente, saia com o pessoal do trabalho, dê bom dia aos vizinhos. Afinal, nunca se sabe quem pode te surpreender.

Não tenha vergonha de procurar ajuda

Eu só criei vergonha na cara e procurei uma psicóloga depois de 3 anos morando fora. E não é que eu fosse muito ocupada nem muito bem resolvida antes disso. Eu tinha vergonha de falar dos meus problemas, eu nunca tinha feito terapia e achava que era coisa de doido. 

Esse preconceito foi prejudicial à minha saúde. Morando em Portugal, eu me vi com crises de ansiedade que evoluíram para problemas respiratórios. E eu até estava decentemente integrada, mas, obviamente, não era perfeito.

Não deixe que isso aconteça com você também. Encontre um profissional da saúde mental para te acompanhar. Cuidar da saúde mental após imigrar é vital. Nós sempre podemos precisar de um apoio, mesmo sem reparar.

Dicas para cuidar da saúde mental após imigrar: a lista

Não basta ir à igreja e pecar, ou seja, não basta ir ao psicólogo e não se exercitar. Veja alguns exemplos de práticas benéficas à sua saúde mental e adaptação:

  • Esteja em paz com você e suas decisões;
  • Converse sobre seus sentimentos com pessoas de confiança;
  • Invista na sua saúde mental também: faça terapia (não basta só pagar academia);
  • Tenha hobbies para exercitar suas paixões: yoga, dança, corrida, leitura, plantas;
  • Use a escrita terapêutica como aliada ao autoconhecimento;
  • Tome decisões ativas para a sua adaptação positiva: não compare, respeite;
  • Seja amável com os outros e também com você mesma;
  • Invista na sua independência financeira.

E você, como cuida da sua saúde mental?

Ao contrário do que as pessoas pensam, ser imigrante ou expatriada não é fácil. Precisamos cuidar bem da nossa saúde mental para passar pelo processo de adaptação da melhor forma possível.

Assim como nos exercitamos para cuidar da saúde física, também precisamos exercitar a mente e entender as nossas emoções. Ainda mais se formos passar por experiências tão intensas quanto imigrar.

Eu espero que o seu processo migratório seja de sucesso e que você tenha sabedoria para superar qualquer problema!

Se você gostou do artigo, envie a uma amiga que precisa ler isso! Quem ama, cuida, e boa informação é uma prova de amor.

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Letícia Melo

Letícia Melo é uma redatora e gestora de conteúdo que em 2017 trocou Brasília por Portugal. Formada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Algarve e pós-graduanda em Saúde Mental pela PUC Minas, ela escreve sobre viagem e imigração e seus desafios. Leia seus trabalhos publicados em sites como o Diário de uma Expatriada, Euro Dicas, Viv Europe e muito mais.

5 respostas

  1. Muito bom! De fato, a autorresponsabilidade deve ser buscada como forma de promover a cura que se requer.

  2. Gostei, obrigada por compartilhar. Quem passa pelo processo de imigraçao tem que ter esse cuidado com a mente, eu diria ate mais, com o espirito tbm.

  3. Excelente texto! Tenho inúmeros relatos na minha clinica sobre esse tema. E realmente são excelentes dicas para manter a saúde mental!

    Se precisarem de apoio podem contar comigo INSTA @terapia_online_br_exterior

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