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Sistema de saúde na Suécia: melhor não ficar doente?

Última atualização do post:

Sistema de saúde na Suécia
Imagem do Arquivo Pessoal

Tem curiosidade de saber como funciona o sistema de saúde na Suécia? Então acompanhe o artigo preparado pela nossa colaboradora Scheilla Ribeiro que é brasileira e vive na Suécia há muitos anos.

Como funciona o sistema de saúde na Suécia?

Na Suécia existe uma rede de atendimento pelo qual você tem que seguir uma ordem na hora da busca de assistência médica.

Os primeiros atendimentos são realizados nos postos ou centros de saúde (o Vårdcentral), clínicas de enfermagem e outros clínicos gerais de atendimento à família. Lá receberá ajuda de um enfermeiro ou clínico geral.

Geralmente os médicos que trabalham em centros de saúde tem formação em medicina geral e trabalham em conjunto com enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e conselheiros. Existem mais de 1000 centros de saúde na Suécia.

Quanto custa cada atendimento?

O sistema de saúde sueco é financiado pelos impostos regionais ou municipais. Ou seja, o paciente deverá pagar apenas uma taxa de atendimento por consulta médica que, na verdade, é uma pequena suma do custo real.

Atendimento no Sistema de Saúde na Suécia | Imagem do Arquivo Pessoal

A taxa de atendimento é de 200 SEK (coroas suecas), mas o máximo que você poderá atingir será o valor de 1000 SEK que pode equivaler (dependendo do tipo e região) a cinco atendimentos. Depois de atingir o valor de 1000 SEK, os próximos atendimentos serão gratuitos (ou melhor, livre de taxa de atendimento) dentro do período de 12 meses. Caso você perca o atendimento sem aviso prévio de no mínimo 24 horas, então pagará uma multa de 400 SEK.

O valor da taxa pode variar dependendo da região, mas geralmente está em torno do mesmo valor. Os valores apontados acima é equivalente ao valor da região de Estocolmo.

Observação
1 SEK = 0,12 USD
200 SEK = 24 USD
(valores referentes a setembro de 2021)

Isenção de taxa

Crianças e jovens abaixo dos 20 anos, assim também como adultos acima dos 85 anos, não pagam a taxa de atendimento. 

Exames como mamografia, atendimento em clínica de obstetrícia para gestantes, exames de célula ginecológica, vacinação ou até mesmo atendimento a um paciente com alguma doença altamente perigosa: não precisarão pagar taxa alguma.

Casos mais específicos

Para atendimento mais específico, dependendo da necessidade, o clínico geral irá encaminhar para a segunda etapa na rede de atendimento, a assistência médica oferecida pelo condado.

Mas, em caso de atendimento de emergência sem horário de atendimento marcado, uma taxa mais alta será cobrada (pode chegar a 600 SEK). Dependendo do grau da emergência, o clínico geral do posto de saúde do seu bairro poderá te atender ou diretamente te encaminhar para o hospital do condado.

Centro de saúde na Suécia | Imagem do Arquivo Pessoal

Os hospitais do condado têm experiência e equipamentos médicos que cobrem a maioria das áreas de doenças. Entretanto, são hospitais de porte menor e nem sempre possuem todas as especializações. Grande parte do serviço oferecido está relacionado a internação. A taxa de internação costuma ser de 100 SEK por dia. Se o paciente ficar internado por 30 dias, pagará um total de 1300 SEK. No total há cerca de 100 hospitais do condado no país.

Caso haja necessidade de tratamentos especiais em caso de doenças ou lesões mais complicadas, o paciente será encaminhado aos hospitais regionais. Os hospitais universitários é que oferecem a assistência regional, já que trabalham em colaboração com pesquisas da própria universidade. Existem 7 hospitais universitários na Suécia.

Há casos mais raros que exigem atendimento altamente especializado. Recursos públicos financiam esse tipo de atendimento, porém em apenas 5 hospitais do país.

E quanto a odontologia?

No caso das consultas odontológicas, o paciente abaixo dos 23 anos, não paga.

Para maiores de 24 anos, existem 3 tipos de subsídio para assistência odontológica: o ATB – o governo ajudará com o valor entre 300 à 600 SEK (dependendo da idade).  STB – para preventivo de doenças que afete os dentes (no valor de 600 SEK por semestre). E o Seguro de Alto Custo, significa que se exceder 3000 SEK, o custo restante será abatido.

Estrangeiros podem usar o sistema de saúde na Suécia?

Se o paciente não for residente na Suécia, porém residente em outro país dentro da União Europeia e Suíça, deverá apresentar a carteira de seguro de saúde ou cartão EU e, assim, comprovar que você tem direito de receber os cuidados necessários ou emergenciais na Suécia. Logo, pagará a mesma taxa que um cidadão sueco.

Já no caso de pacientes residentes fora da União Europeia e Suíça ou pacientes da União Europeia sem carteira de seguro de saúde, deverá pagar o valor original do atendimento, ou seja, sem descontos.

Leia também o artigo Passaporte sueco: o caminho para a cidadania em terras Vikings.

Saúde na Suécia ou no Brasil?

Em relação a minha opinião pessoal sobre a experiência de passar pelo atendimento clínico e hospitalar sueco e comparando com o brasileiro, eu penso o seguinte: os dois tem seus prós e contras.

O procedimento na Suécia funciona de forma que você tem que seguir etapas: primeiro passar pelo clínico geral da sua região para depois ser encaminhando, caso o médico achar necessário e, diferente do Brasil, geralmente os médicos não passam exames se não for algo que eles acreditem ser grave. Nesse quesito, eu prefiro o atendimento brasileiro, pois me parece que se aplica melhor o sistema de investigação.

Em questão de custo e de disponibilidade a Suécia pode até levar vantagem. Já que a saúde pública brasileira pode gerar dificuldade na hora de encontrar horário de atendimento e vagas ou leitos em hospitais. Além disso, o custo é altíssimo em clínicas e hospitais particulares para as pessoas que não tem carteira de plano de saúde no Brasil.

O importante é cuidar da saúde

No final das contas, o melhor é sempre cuidar bastante da sua saúde para não ficar doente seja lá onde quer que esteja vivendo.

Como foi saber mais sobre o sistema de saúde na Suécia, gostou? Então acompanhe o trabalho da autora no blog e nas redes sociais para conhecer mais sobre a Suécia.

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Picture of Scheilla Ribeiro

Scheilla Ribeiro

Meu nome é Scheilla e sou natural de Salvador na Bahia. Em 2008 vim como intercambista à Estocolmo capital da Suécia. Após o término do período de intercâmbio, eu entrei para a universidade de Estocolmo, pela qual iniciei os estudos de Física com ênfase em Astronomia (Bacharelado). Faltando um ano para terminar, decidi trancar e tentar outra carreira (levando em consideração as circunstâncias em relação ao mercado de trabalho). Me formei em Desenvolvimento de Web e Gerenciamento de negócios na área de TI, porém nunca consegui esquecer minha paixão pelo universo e o sonho de me tornar astrônoma (quem sabe em futuro próximo?). Contudo, o corona não só afetou a saúde de muita gente, como também a economia e a carreira. A empresa em que eu trabalhava teve que deixar muita gente sair, inclusive eu. Para aproveitar meu tempo de forma útil, me conhecer melhor e explorar minha criatividade de forma a que venha favorecer o bem comunitário, estou dedicando meu tempo a tornar mais acessíveis as informações sobre a Suécia, publicando artigos constantemente dentro do Diário de uma Expatriada, compartilhando sugestões de livros no Instagram, vídeos peculiares no Youtube, escrevendo meu próprio livro e dividindo (em lives no Instagram) as experiências de pessoas incríveis. Bem-vindos ao meu mundo!

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